SEJA UM DISCÍPULO E FAÇA OUTRO – MATEUS 28.18-20

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Mensagem pregada no aniversário de 16 anos da Igreja Batista em Jardim Salete em 28 de agosto de 2022

Mateus 28.18-20: Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.

INTRODUÇÃO

  1. Este texto tem sido importante para a vida da igreja, de missões e evangelistas em todo o tempo. Foi ele que inaugurou, no coração do missionário batista inglês Willian Carey, o desejo de ir para a Índia e pregar o Evangelho. Ele foi tocado por um dos verbos: Ide! Ele foi, pregou, fez discípulos, mudou parte da cultura indiana, mudou a forma como igrejas e agências missionárias pensam e fazem seu trabalho de levar o Evangelho pelo mundo.
  2. Discipulado é um desafio e quase ninguém sabe muito bem como fazer isto: estudar uma lição específica semanalmente numa sala, incluir alguém em ministérios da igreja, enviar para cursos ou seminário, deixar com que cada uma trilhe seu próprio caminho crescendo e fazendo descobertas, ou fazer um pouco de tudo.
  3. Ao longo do tempo tem surgido igrejas e seitas que tem foco no discipulado, mas feito isto de forma desequilibrada, suspeita e perigosa. Há alguns anos tive contato com uma destas seitas que tinha um discipulado sufocante. Poucos meses atrás tive uma ovelha sufocada por um grupo com as mesmas ideias.
  4. Uma coisa que tem acontecido comigo com certa frequência são pessoas procurando por mentoria teológica, acadêmica e até de vida. Pessoas que querem sentar e discutir a própria vida, ideias e etc. É um processo complicado e na maioria dos casos não vai muito longe.
  5. O fato é que muitos querem mudar, crescer e aprender, além de encontrar um propósito para a vida e uma forma mais adequada de alcançar toda esta realização.
  6. De tempos em tempos surge um modelo de administração da igreja, de crescimento ou de evangelização. Eu me lembro do PROGRAMA DE ADENSAMENTO, NEBS, REDE MINISTERIAL, IGREJA COM PROPÓSITO.
  7. Eu mesmo fui formado com forte preocupação com o papel social da igreja (pastoreei uma igreja com Escola para crianças, o AA funcionava em nossa dependências, o posto de saúde do bairro utilizava uma das nossa salas com frequência, tivemos uma biblioteca pública pequena com orientadores).
  8. Mais recentemente tenho visto uma preocupação com plantação de igrejas. Curiosamente, os modelos passam, mas os princípios permanecem.    

O TEXTO

  1. Entre os estudiosos tem se formado um consenso sobre a intepretação de Mateus 28.18-20 sobre qual destes princípios se impõe sobre os outros: é a AUTORIDADE TOTAL DE JESUS, é o IDE, é o FAZEI DISCÍPULOS, é o BATIZANDO-OS, o ENSINANDO-OS A OBEDECER, é a certeza da PRESENÇA DE JESUS. Parte do desafio nasce porque os verbos estão todos na voz imperativa como um mandamento. Não é uma decisão fácil determinar qual é o verbo que rege a fala de Jesus.
  2. A discussão seja salutar e tem dado muitos frutos para a igreja. Uma forma equilibrada de ler as palavras de Jesus dá conta de um processo complexo, intrincado onde todas as partes são dependentes umas das outras. Ou seja, Jesus, tendo recebido autoridade e a transferiu, num certo nível a nós. E qual é esta autoridade: fazer discípulos de todas as nações batizando (que é algo pontual), mas que estabelece uma comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ensinando, dia a dia, a sua vontade sob seus cuidados e expectativa da sua volta. Assim cada parte é importante e merece análise.
  3. Portanto, a primeira coisa ao pensar em discipulado é na autoridade conquistada por Jesus nos céus e na terra. Autoridade é sinônimo de poder, de domínio, de controle e de plenos direitos. Como isto nos afeta? Pr. Joel Wright em sua primeira aula no seminário perguntou: Por que devemos fazer missões? Por que o dono do Universo nos ordenou isto. 
  4. Uma segunda coisa é vão e façam discípulos. Aqui, muitos até dividem em duas ações: Ir e Fazer discípulos. A) O Evangelho e a Igreja são caracterizados por ação e movimento. Algo apresentado de forma direta par o qual Jesus é o modelo: viajando cidades judias, samaritanas (a mulher samaritana) e gentias (Tiro e Sidom onde encontrou a mulher sírio-fenícia).  B) Como ele chamou e conquistou os seus discípulos? Muitos foram chamados, passaram a segui-lo e somente muito tempo depois começaram a entender o que estava acontecendo. Nós sentimos uma pressão muito grande pelo decisão de alguém e às vezes o caminho é muito mais longo e sinuoso. Atrair pessoas e criar condições para o diálogo é importante. É como pescaria ou caça. Ninguém que queira pescar fará coisas que espantam os peixes.
  5. Batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Focamos no batismo nas águas e é fundamental (Quem crer e for batizado serão salvo – Marcos 16.15-18). Mas e o aspecto trinitariano do batismo? Temos pai, um salvador, e um consolador que talvez distribui dons, o fruto do Espírito e nos conduz a uma plenitude espiritual. O discipulado é também a inclusão de pessoas na família divina e na igreja local através de uma rica relação espiritual. Pessoas e igrejas que são ricas espiritualmente atraem e formam verdadeiros discípulos. O que é esta riqueza espiritual?
  6. Ensinando a obedecer ou a guardar? As palavras são sinônimas. Somos o povo da tradição oral, do ensino, etc. E, para ensinar, é preciso conhecer bem e saber como transmitir o que se sabe. Aqui fica uma dura advertência sobre como temos esvaziado a experiência cristã negando às pessoas o conhecimento necessário para que cresçam. Ensino bíblico forte e consistente. Perseverança nisto.
  7. E, quando Jesus afirma que estaria conosco até o fim dos tempos, temos um princípio igualmente fundamental para a igreja e para cada crente: não estamos sós, não estamos desamparados e nem enfraquecidos. Jesus, quando enviou os 70 discípulos em pares para as cidades para analisar antecipadamente quais cidades o receberia e quais os rejeitaria, revestiu seus discípulos da sua presença e poder espiritual. É diferente hoje? Não é de forma alguma. Com isto, ele espera que sejamos corajosos, destemidos e diria até atrevidos. Sem coragem, destemor e atrevimento não há missões, não evangelização, não há conversões, não crescimento da igreja, não crescimento de ministérios, não há nada.       

CONCLUSÃO

Algumas perguntas para conclusão

  1. O quando mexe com você saber que recebeu uma ordem direta de ganhar o mundo para Cristo?
  2. Evangelho é movimento e ação. Fazer algo é sempre importante. Você está agindo? Está em movimento? 
  3. Você está envolvido com a pregação, salvação ou formação de alguém?
  4. Com quantas pessoas você tem comunhão espiritual? Nota: espiritual!
  5. E o aprendizado constante?
  6. Cadê a coragem, destemor e atrevimento?
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