Mensagem pregada no culto matutino IBVB em 20.06.2021
INTRODUÇÃO
- Cada tempo na vida reserva seus desafios. Como vimos na quarta-feira, por exemplo, toda fase tem suas virtudes e desafios, suas possibilidades e desafios. Quando se é criança, adolescente, jovem, jovem adulto, meia idade, idoso… Ao que tudo indica, a sabedoria e um certo grau de felicidade está em aceitar corajosamente e passivamente cada fase da vida. Nem antecipar e nem atrasar.
- No Evangelho de Marcos também vemos como a vida de Jesus seria vivida sob críticas, perseguições e as sugestões sobre o que é certo. Viver com gente pegando no pé o tempo todo não é fácil, mas Jesus lidou bem com isto porque sabia bem quem era, o que devia fazer e onde estava.
- Além disto, a história de hoje revela um debate implícito sobre quem era mais ou menos espiritual, quem seguia melhor a lei, quem obedecia mais a Deus.
O TEXTO
- Jesus tinha sido acusado de comer com pecadores e agora é criticado por não deixar de comer. É impossível agradar quem não quer se agradada e é impossível convencer da verdade quem não quer saber da verdade.
- João já havia sido morto e seus discípulos jejuavam e provavelmente alguns deles também se tornaram críticos de Jesus porque a vida dele parecia mais fácil e festiva do que dos discípulos de João de do próprio João. Uma confusão que o próprio João não fez.
- Os fariseus os discípulos de João depois de sua morte eram conhecidos por uma rigidez muito grande, mas que não fazia sentido e era desconectada da vontade de Deus. Jejuavam toda as segundas e quintas-feiras, tinham cara de espiritualidade elevada, mas no fundo não eram isto. E ficaram irritados vendo Jesus participando de banquetes, cercado de gente e fazendo milagres e trazendo ensinos que estavam alegrando aquele lugar.
- O problema dos fariseus não era exatamente o jejum, mas considerando-se defensores da lei, queriam atacar Jesus, mas Jesus não estava quebrando nenhuma Lei Divina.
- Jesus responde a pergunta com outra: Podem jejuar enquanto estão com o noivo?
- A resposta de Jesus afirma que o procedimento dos discípulos é adequado diante de algo novo, ou de ALGUÉM NOVO.
- Jesus tira a conversa do centro do comer ou não comer, e coloca sobre si mesmo o foco. Ou seja, Jesus é o centro das alegrias e lamentos de seus discípulos que se alegram com sua presença, e lamentam sua ausência.
- Jesus lembra que durante uma festa de casamento não é normal, viável ou aconselhável se fazer jejum. Pelo contrário, é hora do banquete. Neste sentido, é uma afirmação de que ele é uma alegria e bênção na vida dos seus discípulos.
- Entretanto, lembra que será entregue através da morte na Cruz e aquilo será duro para todos, mas também a redenção.
- A metáfora da costura e do vinho devem ser bem entendidas. Na verdade, o que ele propõe é facilmente entendido por uma costureira e quem entende de vinhos. O pano velho não tem estrutura para suportar o tecido novo. O odre velho não suporta a fermentação do vinho novo e também rompe.
- Jesus não está dizendo que a Lei é velha e ultrapassada, mas o contrário, que a Lei antiga é ao mesmo tempo sempre nova, só faz sentido em vidas novas e transformadas. Num certo sentido, é quase a afirmação de que o tecido velho e o odre velho eram os próprios fariseus e até de alguns discípulos de João. Ou ainda, que os tempos envelhecidos pelo pecado precisam ser renovados para comportar a bênção da presença do Reino e de Jesus.
CONCLUSÕES E APLICAÇÕES
- Jesus revela que nosso tempo é de vigilância e oração na expectativa da sua volta porque estamos cercados de desafios espirituais. Uma boa leitura do tempo sempre é fundamental para o Evangelho. O pecado ainda é nosso desafio, as influências do inimigo no mundo ainda são fortes, e declaradamente ou dissimuladamente, os cristãos continuem sendo perseguidos, calados e mortos.
- As pessoas podem confundir a vontade o seu trabalho, mas você não! Jesus não se deixou levar pela confusão do seu tempo, mas manteve o foco na vontade de Deus. Nosso tempo é totalmente favorável a Cristo e a sua mensagem.
- Remendo novo em veste nova, vinho novo em odre novo. O crente firmado em Cristo se renova pela palavra e pela presença de Jesus e não se deixa levar pelos ventos contrários e também não se assusta com desafios porque está firmado em princípios eternos. Para aqueles que pensam na irrelevância do Evangelho de Jesus nos dias de hoje, a verdade é que o mundo continua o mesmo, imerso no pecado, enquanto a Palavra de Deus continua viva e eficaz.
QUE TEMPOS SÃO ESTES?
Os mesmos, mas em Cristo somos renovados e fortalecidos.
2 comentários
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