Relaciona a falta de avanço de uma sociedade com o fato que as massas ainda se vendem as imposições culturais. A religião será superada pela razão já que o psiquismo também evoluiu. É um reducionismo característico desde sua época até hoje. O interlocutor sempre perde para o escritor do livro.
- Tais imposições limitantes da sociedade são encabeçadas pela religião, que exerce uma atração falsamente libertadora, portanto, ilusória
- A psique também evoluiu? Sim, mas interiorizando as imposições culturais
O indivíduo só é livre quando se liberta das tais imposições e do medo. - A religião, para Freud, é a ilusória suspensão das forças da natureza, que por si não poupa os homens, a partir de explicações infantis dos fenômenos naturais nas mãos de deuses – os milagres. A consecução da religião é o prêmio de desejos infantis e egoístas e o deus único uma concentração das virtudes de todos os outros deuses. Respostas e simplificações para uma vida que angustia o homem.
- Dado o desamparo, o homem se apegou ou fixou naquilo que lhe era proibido. Cria uma figura paterna que tenta agradar e de quem precisa da proteção. De criança a adulto é assim.
- Qual significado psicológico da religião?
Proposições sobre fatos doutra forma não explicáveis
Estive lá vi, não acredita vá lá ver
Segundo Freud a religião se sustenta no testemunho dos antigos, no creio porque é absurdo e na autoridade da religião em si. Ou seja, argumentou racionalmente. - Religião tem base psíquica e não racional a partir de dados
Põe na conta dos homens ignorantes do passado a criação das doutrinas religiosas
Admite que não discute as doutrinas religiosa. Seria um campo perigoso para sua investigação. - Afirma que religião sustenta a ordem e refreia instintos
Não há nada que se possa colocar no lugar dela, nem a ciência
A psicanálise é neutra para Freud
Prevê os ataques diante destas duras posições
Mas imagina um mundo sem religião
A religião jamais refreou a impiedade, mas sempre se sustentou nela pelo conceito de pecado
Não há grandeza no homem que não peca por causa do medo de punição - A religião já se mostrou falsa ao não cumprir suas ameaças (mas a história não acabou)
Ela apenas reveste se superioridade princípios culturais e universais
Ela tomou todos os espaços, mas as próprias religiões não se concordam e mostram os limites e mesquinhos atos humanos
Ela transforma o ato que seria da consciência cultural o produto a partir de uma neurose. Impulsos refreados por relações afetivas. Religião como neurose universal.
Religião como restrição e satisfação de desejos alhures – fenômeno social.
Da pra ver Dawkins e Dennet em Freud
A religião impede a reconciliação do homem com a cultura - Contradições irreconciliáveis
Recorda a Revolução Francesa que fracassou em tentar eliminar a religião pela razão – questiona o interlocutor
Religião debilita o cérebro
Segundo ele rouba potencial humano
Os crentes resistirão argumentos e proibições
Compara com uso de narcóticos. Nos EUA queriam proibir usando Deus… Para Freud da na mesma
Sem religião, para Freud, seriam crianças abandonadas
O homem suportará? Para ele sim, pela ciência. Será resignado no que não puder mudar.
O céu para os anjos e os pardais - Interlocutor pergunta: a raça humana dificilmente mudará. Se acontecer, por outro sistema com as bases da religião. O defeito é congênito. Como será? Levará muito tempo.
- A religião ainda sustenta e consola. Purifica os conceitos primitivos e ingênuos.
- Freud: talvez suas ideias são ilusórias também. Não há punição, pode corrigir o posicionamento. 1. A fraqueza de uma posição não fortalece a outra. A voz do intelecto é baixa, mas se cala. Chama Deus Razão.
Ele diz que a longo prazo nada resiste a razão e ciência – este argumento vai contra si mesmo. A religião está ai. 2. Ele se diz livre da servidão da necessidade de que a religião não seja ilusão. O Deus Razão não é onipotente. Segundo ele o religioso não tem Porto Firme. A religião é jovem, como resultado da evolução do homem. Esta jovialidade não lhe permitiu ainda prevalece - Será? Ele ignora que, sob seu aspecto, religião e ciência se sustentam nas mesmas bases: a humana. Coloca o aparelho psíquico como juiz da ciência também.