NOSSOS RELACIONAMENTOS COMO UM DESAFIO PARA A ESPIRITUALIDADE – 1 CORÍNTIOS 7

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Mensagem pregada no CONGRESSO DE ESPIRITUALIDADE DA SUDOCAP no dia 17 de junho de 2022

INTRODUÇÃO

Leitura selecionada: 1-3, 7-8, 10, 24-26, 29-31, 38-40.

Minha parte é propor uma revisão da maneira como enxergamos a sexualidade, o casamento, o divórcio, a solteirice, a virgindade e a viuvez.   

Nosso propósito é propor perguntas como fizeram os coríntios imersos numa cultura pagã e promíscua em que havia muita prostituição cultual, havia uma visão do corpo como algo inferior e, por isto, desprezível, o cristianismo mal compreendido estava dando margem a distorções e o radicalismo de alguns ascetas intensificavam ainda mais os desafios.    

OS CORÍNTOS TINHAM DÚVIDAS

  1. Os casados deveriam continuar tendo relações sexuais?
  2. O sexo fora do casamento prejudica o casamento?
  3. Se meu cônjuge não é crente eu não deveria deixá-lo?
  4. Até que ponto eu tenho que lutar para preservar meu casamento?
  5. Não seria melhor ser como Paulo e não casar?
  6. Os viúvos e viúvas podem ou não podem se casar de novo?
  7. E os divorciados?
  8. Há algum valor na virgindade e no celibato?
  9. De onde subtraio os valores que vão condicionar minha vida daqui para a frente?

ESTAS PERGUNTAS PODEM SER ATUALIZADAS PORQUE, ASSIM COMO OS CORÍNTIOS, A IGREJA CONTEMPORÂNEA TAMBÉM VIVE DIFICULDADES QUE AFETAM AS ESTRUTURAS FAMILIARES? POR EXEMPLO

  1. Ainda vale a pena casar? Um problema de conhecimento bíblico e relacional).
  2. Vale a pena ter filhos hoje em dia? Um problema quanto ao propósito do casamento e de visão da vida.
  3. Qual a melhor idade para se casar e quais as condições para isto? – Um problema de maturidade, de planejamento a vida, de responsabilidades.
  4. Vale a pena preservar a virgindade? Uma dúvida em relação ao valor da pureza, da castidade e do propósito do casamento. 
  5. Como lidar com pessoas que estão envelhecendo na igreja e não encontram os amores da vida? Um problema social que faz a pessoas descartáveis, mas também um problema de muitos que não enxergam como as coisas funcionam.
  6. Fazemos ou não o casamento de divorciados? Um problema de conhecimento bíblico e de valor da família.
  7. O que fazer quando um casal membro da igreja de divorcia? Um questão de ordem na igreja e de propósito da própria igreja.
  8. Como lidar com os inúmeros problemas sexuais dos casais cristãos? Um desafio que afeta a intimidade e que pode trazer muitos problemas. 
  9. E o jugo desigual? Um problema da fé daqueles que o fazem.
  10. Devemos aderir às novas estruturas familiares e aceita-las sem nenhuma resistência? Um problema de compreensão da ordem da criação.  

Em outras palavras, nossa visão do relacionamento conjugal em todas as suas variáveis é um fator fundamental da nossa Espiritualidade e da saúde da igreja. Quanto melhor os casais compreenderem seus papéis, quanto melhor viverem os solteiros e os viúvos, melhor a igreja de desenvolverá. Isto significa que Pastores e as lideranças devem ter, como Paulo, ensinos claros e objetivos para a Igreja.

O TEXTO

Três partes:

  1. Os relacionamentos conjugais (vs. 1-9),
  2. O divórcio (vs. 10-24)
  3. As virgens (vs. 25-40).

RELACIONAMENTOS CONJUGAIS (7.1-9) – A BÊNÇÃO DA SEXUALIDADE

  1. A sexualidade é sadia quando exercida dentro de um relacionamento de casamento. O sexo também é divino e espiritual e pode ser interrompido por pouco tempo quando o casal decide orar por alguma causa específica, mas não deve demorar muito.
  2. O casamento é uma condição divina desejável, mas há vantagens na solteirice para as quais nem todos são idôneos. Ou seja, impor o celibato era um absurdo.
  3. O bom casamento protege da imoralidade e das tentações.
  4. Além disto, alguns quando se tornam viúvos devem se casar de novo principalmente se forem jovens.    

CONTRA O DIVÓRCIO (7.10-24) – A MANUTENÇÃO DO CASAMENTO

  • Talvez poucas pessoas saibam, mas a legalização do divórcio no Brasil é relativamente nova, de 1977, mas foi abraçado de forma rápida. Em Malaquias está escrito que Deus odeia o divórcio. O divórcio é permitido por Jesus apenas quando há infidelidade conjugal, mas o novo casamento permanece proibido. Uma regra dura? Talvez. O que devemos focar não é no impedimento do novo casamento, mas na luta espiritual pela manutenção do casamento original.
  • Paulo incentivava um marido ou esposa casados com um não crente que permanecessem, mas que permitissem que estes fossem embora se quisessem, mas ficariam presos até a morte do cônjuge não crente (v 39).
  • Até num casamento assim os membros não crentes são santificados pelo crente: por suas atitudes e decisões e pelas benesse. Os termos traduzidos como “santificado” e “santos” têm origem na mesma família de palavras. Embora sejam utilizados com frequência para indicar a salvação, mediante a fé, daqueles escolhidos por Deus, esses termos também indicam o relacionamento de aliança com Deus que pode resultar em salvação e bênçãos (p. ex., 2Ts 1.6-10), ou incredulidade e maldição (p. ex., Hb 6.4-10; 10.29).

VIRGENS, PUREZA E CASTIDADE (7.25-40) – SOLTEIRICE PARA SERVIR COMO SINAL DE URGÊNCIA E SANTIDADE AO SENHOR

  1. Paulo parece se referir a problemas específicos de Corinto para desencorajar os que pudessem ficar solteiros a casar, mas é mais provável que ele afirme isto à luz da vinda iminente de Cristo.
  2. Ele defende algo que parece óbvio: solteiros tem mais tempo e disponibilidade. Podem usar todos os seus recursos no Reino. Os casados tem que equilibrar bem as coisas se não terão prejuízos, conjugais e familiares.
  3. Hoje temos o fenômeno da solteirice estendida por questões sociais muito particulares que tem inviabilizado os relacionamentos cada vez mais.

ALGUMAS CONCLUSÕES E PROVOCAÇÕES POSSÍVEIS

  1. Precisamos falar mais e de forma sadia sobre a sexualidade e a bênção do casamento. Os casamentos continuam ruindo por falta de conhecimento.
  2. Não podemos normalizar ou normatizar o que Deus condena como o divórcio, por exemplo. Estamos aceitando a cosmovisão do mundo e combatendo dentro do seu campo de atuação. Este é um perigo que devemos evitar. Temos nosso campo de atuação, nosso vocabulário e nossa referência, que é a Bíblia.
  3. Temos problemas sérios a serem resolvidos de cosmovisão e forte influência secularizante. A sexualização é precoce não está rendendo bons frutos, a solidão em nosso meio tem aumentado, a famílias estão cada vez menores e casais cristãos já estão optando por não ter filhos: dão trabalho, custam caro, limitam a vida do casal, o mundo é muito perigoso.
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