NÃO REJEITE CRISTO – MARCOS 6.1-13

0 Ações
0
0
0

Mensagem pregada no culto matutino IBVB de 26 de setembro de 2021

INTRODUÇÃO

  1. Lidar com a rejeição é um problema sério. Isto sempre foi um problema e não é nenhuma novidade, mas parece que cada nova geração é ainda mais sensível a isto. Como as redes sociais e os recursos tecnológicos aproximaram muito as pessoas, a aceitação e a rejeição ficaram ainda mais evidentes. Uma expressão que ficou popularizada e é muito pesada são os haters. Hate é ódio, raiva. Então seriam os odiosos e os raivosos.
  2. Não é possível realmente justificar o ódio porque Deus não nos fez para odiar, mas para amar. O ódio e a rejeição são sentimentos estranhos e por isto causam tanto mal. E, obviamente, fazem mal principalmente para aqueles que alimentam a rejeição e o ódio dentro de si. São sentimentos que aprisionam quem rejeita e a pessoa não consegue nunca se ver livre daquilo que rejeita. Eu acho que foi algo muito sábio que Deus colocou em nós: ninguém esquece aquilo rejeita enquanto não para de alimentar a rejeição.          
  3. O nosso problema aqui hoje não é como lidar com a rejeição do outros, mas em relação ao que decidimos rejeitar.
  4. Jesus foi uma novidade para seu povo em seu tempo. E foi uma novidade muito grande. O que fazia assustava, mas também causou inveja e confrontava a vida de pecados e falsidades dos seus contemporâneos. O mesmo acontece conosco em contato com Ele: causa estranhamento, é exigente, toca nas feridas, nos coloca em dilemas que devem ser resolvidos, exige uma posição ao seu lado.   

O TEXTO

  1. Jesus quer ser conhecido de uma forma que os homens muitas vezes rejeitam: 1E, partindo dali, chegou à sua terra, e os seus discípulos o seguiram.  – Jesus já tinha andando por Cafarnaum, outras cidade judias e até em cidade gentias. Agora decide ir para sua cidade onde sua fama, palavras e feitos ainda não tinham chegado apesar se ser bem conhecido ali. Ele era conhecido em Nazaré, mas não como queria que fosse. Há uma forma como Jesus quer ser lembrado e referido? Sim, há. Hoje há muitas versões de Jesus por aí, mas só uma é verdadeira. Não é possível saber se houve algum diálogo entre ele e os discípulos que tratasse das expectativas da recepção de Jesus entre os seus, mas era de supor que fossem bem recebidos. Há uma falsa literatura que afirma que Jesus já operava milagres e curas antes de iniciar seu ministério com 30 anos. O que Jesus fora em seus muitos anos em Nazaré foi um cidadão perfeito, um filho perfeito, um trabalhador perfeito, um irmão mais velho perfeito, mas não tinha uma fama diferenciada apesar de tudo isto.   
  2. Por mais estranho que pareça o homem se acostuma com o que é falso e parcial – a verdade quase nunca é agradável:E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele. – Jesus vai direto para a sinagoga onde com pouco tempo surpreende a todos. Mas a surpresa com seus ensinos e milagres e ofuscada por desprezo. Aquelas pessoas tinham nos seus ouvidos a pura Palavra de Deus como jamais explicada. Sabiam que a origem daquilo só podia ser divina. Estavam vendo milagres que nunca tinham visto e podiam comprovar a veracidade deles porque Jesus fazia a olhos vistos e na vida de pessoas que todos conheciam. Mas por ser alguém simples e membro de uma família muito conhecida resolvem fechar ouvidos, olhos e o coração para tudo. Até a forma como se dirigem a ele: carpinteiro, é uma forma de desprezar. É bom recordar que, como judeus, eles oravam diariamente para a manifestação do Messias e estudavam isto com cuidado semanalmente na sinagoga. Agora diz a ARC, estavam escandalizados. Neste caso, eles estavam ofendidos com a presença de Jesus e estavam dando as costas para ele porque ele falava a verdade.           
  3. A rejeição de Jesus é a maior manifestação da dureza de um coração que impressionava até Jesus:E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando. – Jesus responde a incredulidade com um provérbio que todos conheciam e que fazia referência aos profetas antigos já rejeitados pelo seu povo. Aquela rejeição foi a causa de muitas derrotas de Israel e até do Exílio. A incredulidade daquelas pessoas não limitou o poder de Jesus. Ele continuava o mesmo tanto que curou alguns ali que creram. Isto nos leva a compreender que o poder que Cristo demonstrava estava a serviço do conhecimento que as pessoas deviam ter dele. Não era um fim em sim mesmo. O alvo de Jesus era que as pessoas o reconhecessem como o Filho de Davi, O Messias, o Salvador. Mostra também que, apesar dos milagres e curas, corações duros não se convertem de verdade. Esta dureza causou espanto no próprio Jesus.      
  4. A rejeição de uns não é impeditivo para o Evangelho, ele continua seguindo em frente: 7 Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de dois a dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, e ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto; mas que calçassem sandálias e que não vestissem duas túnicas. 10 E dizia-lhes: Na casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali. 11 E, quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do que para os daquela cidade. – até aqui os discípulos viram e aprenderam muitas coisas através dos atos e palavras de Jesus, ouviram ensinos e o viram reagir a diferentes situações. Agora é hoje de colocar em prática. O ministério dos discípulos não é independente do ministério de Jesus, mas uma extensão dele. Ele antecipa que serão recebidos numa casa de deverão ficar ali e não ficar pulando de casa em casa. Antecipou que seriam rejeitados e não deviam insistir, mas sacudir o pó em juízo contra aquela cidade. Os discípulos tinham que fazer a missão e aprender a conviver com a rejeição das pessoas e povoados. Mais uma vez, não era só um teste, a missão era para valer. Os discípulos de Cristo são forjados na obra e na vida. A fé dos discípulos ainda é fraca e é a primeira vez que ficarão longe de Jesus. Os pertences que levariam, a simplicidade com que agiriam era um complemento necessário da sua mensagem e para que aprendessem que sua provisão vem de Cristo e não do seu esforço pessoal. Ainda disse que Sodoma e Gomorra não seriam tão penalizadas pelos seus pecados como aquelas cidade pela recusa dos discípulos de Cristo.       
  5. A partir da aceitação de Cristo tudo acontece e nada acontece antes disto: 12 E, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse. 13 E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam. – a missão parece que foi bem-sucedida, principalmente quando comparada com o que aconteceu em Nazaré. Mateus 10 e Lucas 9.1-6 narram a mesma história e mostram como aquela missão era importante para as cidades que seriam visitadas e para os próprios discípulos: eles seriam cuidados e a salvação de Deus estaria sobre aqueles que os recebessem, mas a condenação para os que os rejeitassem. Jesus agora definiria definitivamente quem estava ao seu lado e quem não estava.

CONCLUSÕES

  1. Aceitar Jesus é recebe-lo como Senhor e Salvador, mas também conhece-lo conforme ele mesmo se apresenta na Bíblia. Não existem versões de Jesus. Há apenas uma e ela pode às vezes nos desagradar.
  2. A caminhada com Cristo é uma caminhada de choques e mudanças. Não é um caminho suave.
  3. Quem se nega a conhecer Jesus está submetido à maior dureza possível do seu coração. Ou seja, não há coração mais duro do que aquele que rejeita conhecer Jesus.
  4. O Evangelho é um apelo ao coração do homem, mas se o homem o recusa e não fará de tudo para conquista-lo.
    Simplesmente seguirá em frente. Portanto, temos que aproveitar a oportunidade que nos é dada hoje.
  5. Nada acontece na nossa relação com Deus antes que o nosso coração saia a rejeição para a aceitação.
0 Ações
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você Também Pode Gostar