DE QUAL LADO ESTAMOS? – MARCOS 3.20-30

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Mensagem pregada no culto noturno de 11 de julho de 2021 na IBVB

INTRODUÇÃO

  1. É preciso tomar partido ao lado de Jesus e compreender as suas palavras e atos. Fico imaginando Jesus vivendo nosso tempo a quantidade de ataques que sofreria: além da família e de religiosos, da mídia e dos políticos.
  2. Esta fase da vida de Jesus é muito elucidativa quanto aos compromissos que envolvem a vida cristã e a liderança cristã. As pressões são muitas, as armadilhas são muito sinuosas e embaraçosas, os inimigos são implacáveis. Por isto, é tão necessário instruir e ensinar muito bem o povo que chega a igreja, ter paciência para “não impor as mãos precipitadamenteˮ porque somente quem está de fato do lado de Jesus é capaz de suportar e seguir em frente.        
  3. Vemos claramente que nem Jesus esteve completamente livre os problemas familiares. Mesmo Maria acompanhando de perto seu crescimento e sabendo que Jesus não era apenas mais um ser humano, ainda lhe causou algumas dificuldades. Tiago e Judas, que se tornaram bispos e pastores fundamentais para o Evangelho no primeiro século, também demoraram para entender a natureza da vida e ministério de Jesus.
  4. Os ataques dos escribas aprofundam-se. Jesus foi acusado de descumprir a Lei por causa do sábado, de ser blasfemo por dizer que perdoava pecados, mas agora eles avançam um pouco mais e podemos afirmar que passaram de todos limites.
  5. As acusações da família de Jesus e dos escribas têm o mesmo fundamento: uma tentativa de explicar porque ele é como é e age como age, mas em nenhuma das duas há uma atenção devida ao que ele diz e às explicações que Ele mesmo dá. A família o chama de louco porque não cuida de si mesmo e não poderia cuidar dos outros, e os escribas agora o acusam de ser endemoniado. Era tentativas claras de desviá-lo dos propósitos de Deus. Seja porque o enfadavam com mentiras e questões irrelevantes, seja querendo impedir que ele agisse como deveria.

O TEXTO

  1. Os detalhes do texto são importantes.
  2. Primeiramente, a própria família viu que ele estava sem comer e trabalhando excessivamente. Dá para imaginar a conversa de Maria e seus outros filhos: se não fizermos algo ele morre! Ele está nos envergonhando! Quem ele pensa que é? Enlouqueceu de vez! Jesus já experimentava a verdade de que um profeta não tem honra na própria pátria, ou que os que é dos outros é sempre melhor. Em quantos de nós não doeria profundamente saber que pensam assim de nós. E acontece, muitos ao se converterem e experimentarem a vida cristã são acusados de fanáticos, de loucos, de mau caráter, de falsos, de ficarem infurnados na igreja, de só darem atenção para os irmãos, até de terem engatado algum caso na igreja. Todas são acusações muitos pesadas e que balançam os mais fracos. Mas Jesus não se abalou.
  3. Os escribas que acusaram Jesus vieram de Jerusalém especialmente para confrontá-lo e acusá-lo. Ou seja, um grupo de elite da religiosidade da época para dar um fim nas obras de Jesus. As consequências da acusação seriam muito sérias para Jesus, desde um exorcismo ali, prisão, vergonha pública, suas obras e palavras passadas seriam invalidadas, responderia pela quebra da lei e de blasfemo. Ou seja, pena de morte. Os inimigos do Evangelho querem sempre a plena destruição de Jesus até hoje.
  4. Jesus, mais uma vez, responde com precisão e pressão a provocação falsa dos escribas. A resposta está em três frente e são muito didáticas:
    1. Nenhum reino, casa ou o próprio Satanás divididos podem permanecer de pé: Em outras palavras, Jesus estava empreendendo baixas no exército inimigo porque estava lutando contra ele e não ao seu lado. Este ensino de Jesus é ampliado para reino e casa, mostrando que a única forma de subsistirmos e vivermos é se estivermos unidos, mas também eliminando tudo que nos divide. É um operação de guerra.
    1. Conta uma parábola que mostra que suas obras são um sinal de que ele luta contra as obras de Satanás. Na parábola Jesus mostra que só é possível saquear a casa de um homem valente se ele primeiramente for detido. A palavra que ele usa é Belzebu que pode ser traduzido como senhor da casa. Por mais pesada que seja a metáfora, ele está dizendo que expulsa os demônios das pessoas para que elas passem a segui-lo. Um endemoniado, ou alguém que vive para pecado, não pode viver para Jesus.
    1. As palavras de Jesus avançam fazendo uma séria acusação aos escribas. Afirma que toda blasfêmia seria perdoada, mesmo uma: atribuir a Satanás as obras de Deus. Ou seja, acusar Jesus de trabalhar e fazer milagres pelo poder de Satanás. É tal a aversão de Deus pelo reino das trevas que ele não aceita nem mesmo associações mentais e verbais das pessoas. Ele diz que serão réus do inferno. Em outras palavras, jamais confunda os lados da guerra porque pode ser fatal. E, principalmente, porque tão acusação era uma forma de negar o poder de Deus.

CONCLUSÕES

  1. O que seria da vida e do ministério de Jesus se ele aceitasse as acusações dos escribas e a pressão da família? O que seria, ou o que são as nossas vidas, diante das pressões não suportadas para viver para Cristo? Um desafio para todo crente é romper as barreiras que o impedem de seguir firme com Jesus. E são muitas. Cada um tem seus desafios. Sua cruz para carregar diariamente.   
  2. Quem comigo não ajunta espalha, por acaso podem andar juntos se não concordarem em entre si? É preciso tomar partido. Existe um clima belicoso implantando no mundo contra os cristãos. A gente nem precisa fazer muita força para arrumar confusão. Está muito fácil. Mas o desafio não é sair vitorioso do embates, mas manter nossa vida e a nossa fé vivas em Cristo numa sociedade que, se pudesse, já teria nos eliminado a todos. Um crente fiel, firme, igrejeiro, trabalhador, evangelista, leitor da Bíblia, de oração já desfere golpes suficientes no inimigo.  
  3. Aceitar andar com Jesus traz inimigos Por isto, ele disse que quem amar mais a família do que ele não é digno dele. Por isto ele disse que veio para colocar filhos contra pais e vice-versa. Jesus quer o fim da família? De jeito nenhum, mas o foco das nossas perseguições podem acontecer mais próximos de nós do que imaginamos.  
  4. Finalmente, e algo que é muito perigoso, é resistir a obra que Cristo quer operar em nós. Se ele não dominar completamente nossa vida, nada, ou muito pouco, pode ser feito. O que mais fazemos na nossa vida é ficar brigando com Cristo, negando sua obra, rejeitando sua palavra, resistindo à maneira como ele nos conduz. É preciso observar bem estas resistências que oferecemos a Cristo.
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  1. Estou impressionado com a profundidade deste texto!
    Abordagem perspicaz e informações valiosas tornam a
    leitura envolvente. Parabéns pela qualidade excepcional do
    conteúdo apresentado. Este artigo é uma verdadeira fonte
    de inspiração e conhecimento.

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