AÍ DOS QUE CAUSAM ESCÂNDALOS! – MATEUS 18.7-8

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Ainda vemos irmãos incrédulos comentando sobre os absurdos feitos por outros. Parecem que não conhecem a história e não se dão conta de que, como consequência do pecado, o homem é por natureza mau e não bom, procura o mal e não o bem.
Escândalo ou escandalizar é criar barreiras, obstáculos, dificuldades, vergonha, impedimentos, confusão na vida de pessoas mais frágeis, indefesas ou mesmo pessoas fortes, mas maldosamente envolvidas em questões minuciosamente embaraçosas e impeditivas. Segundo a Bíblia, Jesus se coloca ao lado dos seus pequeninos. Estes pequeninos não são apenas crianças, mas todo aquele que pertence a ele e a quem ele quer proteger. Neste sentido, escandalizar é sinônimo de colocar pedras de tropeço no caminho daqueles que seguem a Cristo.
É, infelizmente, muito comum vermos pessoas em funções de liderança, ministério pastoral, grandes evangelistas e pregadores caírem em algum tipo de pecado como adultério, roubo, heresia ou mesmo o orgulho que torna homens muito populares a sentirem-se acima do bem e do mal cometendo toda sorte de absurdos. Mas não são apenas estas pessoas grandiosas, populares, poderosas e influentes que podem escandalizar ou por tropeço para os pequeninos de Jesus. Semana após semana em nossas igrejas isto acontece também. Pessoas preteridas por suas mais variadas condições, pessoas mal lideradas, pessoas privadas do verdadeiro conhecimento bíblico e espiritual, pessoas sem voz, pessoas esquecidas e negligenciadas são, também, igualmente pessoas escandalizadas.
A verdade é que não podemos esperar muito do ser humano, ainda que, paradoxalmente, possamos esperar muito da igreja, igualmente composta de seres humanos. Ainda veremos e testemunharemos muitos escândalos, pecados e quedas. Infelizmente, ainda que a tecnologia evolua sem limites e a uma velocidade incrível, nossa sociedade não acompanha este crescimento do ponto de vista moral, ético e espiritual. Parece-nos que o contrário é verdade: o avanço tecnológico parece fomentar ainda mais a imoralidade. Aliás, outro assunto importante: como a tecnologia tem turbinado os pecados!
Olhando o texto que sugerimos acima, ou seja, Mateus 18.7-8 temos um cadeia de pensamentos propostos por Jesus que nos orientam quanto aos escândalos.
Ai do mundo, por causa dos escândalos é assim que Jesus começa este ensino. Os Ais de Jesus são muitos e podemos ver alguns em relação aos religiosos em Mateus 23. Ai é sinônimo de dor, mas nesta sentença tem peso de ameaça, ou seja, aqueles que causam escândalo se verão com Cristo. Esta imagem de um Deus que se vinga e faz justiça está muito longe deste Deus condescendente e permissivo que se prega por aí. Sua justiça impede que ele feche os olhos para o mal e não o pune à altura. Esquecemo-nos que mesmo nós que cremos, somos na verdade aqueles que estão livres de uma condenação merecida.
A ira de Deus foi desviada de nós e isto é amor também. Temos que entender que não impunidade no Reino Espiritual e que a maldade do mundo, ainda que a consideremos grande, está sob controle e no devido tempo será punida. Ou seja, a vingança não cabe a nós, mas ao próprio Deus. Ele está vendo todo o mal que se faz sobre a Terra. Nenhuma maldade será esquecida (se não apenas aquelas feitas pelos seus devidamente confessadas e perdoadas) assim como nenhuma bondade.
Porque é mister que venham escândalos, ou seja, é necessário e inevitável que o mal e os escândalos venham, não podem ser evitados, pelo menos agora. Não podemos nos iludir com a ideia de que somos protegidos de todo o mal e que à nossa volta haverá sempre bênçãos e prosperidade. A ilusão de muitas teologias falsas e nada bíblicas por ai. Cristãos sofrem, podem estar em ambientes ruins e cercados de pessoas ruins e de maldade, quando não são estas próprias pessoas! Jesus mesmo disse que não queria que Deus nos tirasse do mundo, mas que nos livrasse do mal em João 17.15. Uma igreja madura, vivida e experiente, bíblica e missionária pode ser surpreendida por um pecado a qualquer momento. Em nossos círculos de amizade podemos ser surpreendidos com o tropeço de alguém. Podemos ser mal compreendidos, isolados, perseguidos. Podemos ser tomados por profundas tristezas e momentos de baixíssima operosidade e produtividade por causa de uma situação que conhecemos ou que nos aflige diretamente. Mas Deus nos guardará do (no) mal! Nunca houve uma palavra sequer de Jesus que pudesse nos dar a ideia de que seria fácil.
Mas ai daquele homem por quem o escândalo vem, ou seja, existe uma atenção especial de Jesus com pessoas que provocam o escândalo. Esquecemos, também, que quando tratamos da maneira como Deus vê pecados nunca é da forma genérica como os vemos. Deus vê o coração, vê a mente, sabe das intenções do coração de todas as pessoas. Sabe o nome, endereço e como encontrar cada um – é impossível fugir aos seus olhares e conhecimento. Ele se mostra terrível com aqueles que são idólatras, desobedientes, com aqueles que colocam tropeços nas vidas dos seus. Ninguém encontrará argumentos que justifiquem a maldade no coração quando estiverem diante de Deus porque ele julga o coração conforme vemos em Romanos 2.12-16 quando será revelado o que pensamos e sentimos. Assim para toda a humanidade.
Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. Já houve quem dissesse que isto deve ser feito literalmente, talvez não seja o caso, mas esta figura de linguagem deixa claro que o que Jesus está tratando é da máxima seriedade. Não dá para brincar com isto e nem esperar impunidade. Ser lançado no fogo eterno não é em hipótese alguma algo bom, muito pelo contrário. É a sentença para quem causa escândalos. É a sentença para quem coloca tropeços para os pequeninos de Jesus.
Não deveríamos nos assustar quando vemos um pecado sendo cometido, quando líderes tropeçam, quando pessoas e ministério caem e quando vemos injustiças e pecados dentro de nossas igrejas e no seu dia a dia. Não deveríamos nos assustar quando vemos o nível tão baixo de vida de pessoas que se dizem cristãs, mas têm o pecado e os vícios como modo de vida. Não deveríamos nos assustar nem mesmo quando as pessoas ofendidas e diretamente prejudicadas somos nós mesmos. E não temos, muitas vezes, como evitar isto.
O que temos que fazer é evitar ao máximo estas amizades e de sermos fiadores dos pecados alheios. O que temos que fazer é cuidar para que não sejamos nós mesmos os causadores de escândalos e de colocar tropeços na vida de pequeninos de Jesus.
A vingança e a punição também não caberão a nós, pertencem a Deus. Não podemos fazer justiça com as próprias mãos. Não conhecemos o coração dos homens, portanto nosso juízo é sempre imperfeito. Sempre que for o caso a justiça dos homens será devidamente acionada e, dentro dos seus limitados recursos, feita. Temos que, definitivamente, crer na justiça divina.
Os escândalos vêm, mas permaneçamos firmes!
Pr Júnior Martins
20.10.17
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