A GRANDEZA DO REINO – MARCOS 4.30-34

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Mensagem pregada na IBVB no culto matutino de 29 de agosto de 2021

INTRODUÇÃO

  1. A compreensão dos mistérios do Reino de Deus é uma tarefa importante para a igreja e para os crentes.
  2. Jesus poderia simplesmente não ter dito nada aos seus discípulos e deixar que as coisas acontecessem.
  3. Ontem nós ouvimos uma mensagem que dizia que o Evangelho é cheio de Graça e isto é a grande verdade esquecida. Jesus usava palavras poderosas e ricas de imagens e símbolos para mostrar verdades profundas, rica e encantadoras.
  4. Os crentes são pessoas convocadas por Cristo para imergir nas realidades do Reino e para fazerem parte de algo muito grande.
  5. Não sei se você já foi convidado a participar de algo muito grande: um projeto, um emprego, um ministério na igreja, dar uma palestra, tocar numa banda, fazer uma apresentação especial. Sentimentos de muita alegria e grande responsabilidade com um pouco de ansiedade se misturam.
  6. Eu não duvido que Jesus tenha contato esta parábola para causar estes sentimentos e pensamentos em seus discípulos: vocês, em mim, fazer parte de algo grandioso e único, não visto, não percebido, que começa pequeno e tomará tudo. Preparem-se, observem, participem ativamente, vejam e participem dos planos que Deus está desenvolvendo no mundo e que não pode ser parado e impedido. Como se Jesus perguntasse: Vocês realmente estão entendendo o que está acontecendo?

O TEXTO

  1. 30 E dizia: A que assemelharemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? – Jesus está consciente e procurando conectar seus ouvintes com algo que escapa ao seu entendimento por ser naquele momento
  2. MUITO PEQUENO (as manias de grandeza humanas são desprezadas aqui);
  3. DISCRETO (sem as pompas e circunstâncias que reis humanos tanto apreciam), algo
  4. PARA O FUTURO (todo imediatismo também é desprezível)
  5. QUE PASSARIA POR MOMENTOS EM QUE PARECERIA DESTRUÍDO (todo triunfalismo é desprezado aqui) e;
  6. ALGO ESPIRITUAL (tudo que carnal e meramente terreno também é desprezado aqui).
  7. O REINO DE DEUS. Os discípulos podem ter se decepcionado porque a compreensão de um Reino Davídico parecia totalmente contrário ao que a parábola afirmava.
  8. 31 É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra – naquele ambiente era a menor e talvez a mais imperceptível, mas difícil de ver, mais difícil de segurar e a que, à primeira vista, não poderia esperar-se muito dela. Esta referência aponta para muitos detalhes da vida de Jesus e seu ministério: Nazaré, filho de José e Maria, com diz Isaías alguém de quem os homens escondem o rosto, reunidos com homens humildes, proscritos, doentes, ex endemoninhados, cercado de um multidão, desprezado pelos maiorais.
  9. 32 mas, tendo sido semeado, cresce, e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra – a princípio, quando uma árvore é plantada, é para dar comida e benefícios aos seu dono e sua família. Mas Jesus compara op Reino de Deus à semente de mostarda porque seus benefícios vão muito além daqueles primeiros beneficiados. Sem forçar a interpretação, esta parábola aponta que o Reino iria muito além das pretensões e compreensões daqueles judeus, mas tomaria o mundo todo. O apóstolo Paulo em Romanos 11 usa outra metáfora, a oliveira, para falar do ramos enxertados. Obviamente, a parábola, mais uma vez, fala de pessoas, de crentes, da igreja, informando o quanto são fortes em sua fraqueza, o quanto são grandes em suas pequenezas, e o quanto são eternos em suas limitações. 
  10. 33 E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender. 34 E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos – a estratégia de Jesus para formar seu Reino é evidenciada nas últimas palavras deste trecho. Ou seja, ele procura comunicar suas verdades àqueles espiritualmente capacitados por Ele de entender. Ou seja, ele não confiaria o crescimento e expansão do seu Reino a desinteressados. E mostra, também, como o crescimento do Reino é surpreendente porque não segue as regras e normas humanas de crescimento e desenvolvimento.

CONCLUSÕES

  1. Como é perigoso se deixar levar pelas aparências! Como a pressa pode ser inimiga do Reino de Deus! Como os desejos por grandezas pode nos afastar do Reino! Mas acima de tudo, como é perigoso não estar consciente daquilo do qual fazemos parte e isto muitos não se dão conta. Igreja e o Reino não é apenas sobre relacionamentos e grandes eventos humanos, mas acima de tudo sobre salvação, sobre a obra do Espírito Santo, sobre mudar a realidade de pessoas e de povos inteiros, sobre vencer o mal, sobre tirar as vendas dos olhos humanos e dar luz ao olhar dos homens.
  2. Com Cristo nós aprendemos que há valor nas coisas humildes e simples, o que incluiu pessoas e atos. O verdadeiro Evangelho está acontecendo agora longe das redes sociais, dos holofotes, dos shows. Acontece nas casas quando um homem vira um marido e um pai de verdade, quando um filho é liberto do mal e passas a amar o bem, quando um viciado encontra cura em Cristo, quando um avarento aprende a ser generoso, quando um ladrão para de roubar, quando um mentiroso para de mentir, tudo isto pela ação de Cristo no seu coração.
  3. Mais uma vez, o Evangelho é sempre sobre o que acontece na vida de pessoas e não sobre eventos, conquistas materiais e honras deste mundo. É possível estar em muita evidência no circuito evangélico e não estar produzindo na de verdade no Reino. Mas isto não está pedindo o Reino de crescer. Podemos ficar tranquilo. Longe dos olhos humanos Cristo continua edificando seu Reino.
  4. Ficar de fora do Reino pode ser mais fácil do que parece. As luzes deste mundo são muito encantadoras e sedutoras e facilmente somos levados por elas. O Evangelho está naquela aula de EBD com aquele irmão que você conhece há dez, vinte, trinta anos, está naquele culto que você reclama do vídeo e do áudio, está naquela conversa sincera com um irmão pelo telefone ou pelo WhatsApp, naquele bate papo na porta da igreja. Quem enxerga estas coisas está mais no Evangelho do que os que buscam nos encantos luminosos deste mundo.
  5. Quer a grandeza do Evangelho? Busque aquilo que é mais simples, mais demorado, mas real, verdadeiro e constante.

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