UM MISTÉRIO ASSOMBROSO – LUCAS 1.26-38

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Pregada na IBVB em 16.12.18 no culto da manhã
Introdução
  1. Estamos em dezembro e nele falamos do nascimento de Jesus
  2. Estamos refletindo muito no relato de Lucas porque possui muitos detalhes, incluindo os cânticos de Isabel, Maria, etc.
  3. Trataremos de mistérios inexplicáveis até agora.
Explicando o texto

1.     v. 26 – no sexto do mês da gravidez de Isabel, aquela que era estéril.

2.     V.27 – desposada significa mais do que noiva e menos do que casada. Na cultura judaica era a promessa do noivo de se casar. Se por acaso ele desistisse dava-se inicio ao processo de divórcio, mesmo antes do casamento formal.

3.     v.28 e 30 – o texto não diz Ave Maria Cheia de Graça, mas Salve agraciada. A teologia católica identifica nesta saudação que Maria poderia conferir graça como Cristo faz, mas na verdade apenas diz que ela foi abençoada por Deus.

4.     v.31 – o nome de Jesus assemelha-se ao nome de Josué e Oséias que significa Deus Salva.

5.     v.32-33 – ele terá um trono eterno sobre o trono de Davi, seu pai. José era da descendência de Davi e Maria podia ser parte da descendência de Arão e de Davi.

6.     v.34-38 – aqui o ponto mais importante porque trata do nascimento virginal de Jesus:

  • Ideia era estranha aquele contexto. Na cultura grega havia a ideia de deuses e seres humanos criando seres híbridos, mas gerado miraculosamente sem contato e preservando a humanidade e a divindade era totalmente novo.
  • Foi um milagre operado por e sem explicação lógica e formal.
  • Jesus era um ser especial e gerado de forma especial. Este assunto foi tabu na teologia de alguns pais da igreja e de difícil explicação a ponto de muitos fugirem do assunto em muitos momentos da história. Lembro sempre dos primeiros versos de Êxodo 3.6-9 que diz: Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus. E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquele terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel,; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu. e agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.
  • Ao contrário do que ensinam Maria não permaneceu virgem. Casou-se e teve filhos e filhas. Ver Mateus 13.55 e Marcos 6.3. Este último em especial porque fala inclusive das filhas de Maria.
Conclusões e aplicações

1.     No nascimento de Cristo mais uma vez nos lembramos da Graça de Deus que faz milagres e o principal deles é nos salvar.

2.      Na teologia temos a expressão ¨já e não ainda¨ e ela diz que o Reino de Deus já está entre nós, mas não completamente. Como na parábola do grão de mostarda o reino vai se desenvolvendo pouco a pouco até tomar tudo.

3.     No nascimento de Jesus aprendemos com Maria a servir e aceitar a vontade de Deus, mas não por resignação, mas pela compreensão da vontade de Deus como boa, perfeita e agradável. Deus é bom e sempre sabe o que faz.

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