VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA O FIM? – MATEUS 16.1-4

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 (Mensagem pregada na Igreja Batista em 

Vila das Belezas em 17 de fevereiro de 2013)

Introdução:

Há muitos que questionam como tudo começou e sobre como tudo vai acabar. Por um lado parece que o desejo pelo fim existe no coração de todo muitos. Talvez, bem no fundo, seja o desejo de começar de novo e ver tudo se tornando melhor. Ao longo da história muito se falou sobre isto e, baseados em profecias e profetas, certos períodos da história foram muito intensos nestes debates e referências, por exemplo:

  1. Para Israel durante e após o Exílio;
  2. Durante a Peste Negra na Europa;
  3. Baseados nas Profecias de Nostradamus;
  4. Nas profecias Maia;
  5. A própria Bíblia.
  6. Há, também, a presença constante de profetas apocalípticos, anunciadores do fim entre os quais o próprio Jesus, além de João Batista, em certo sentido, todos os apóstolos e porque não dizer cada um de nós que tem o oficio de pregar (em certa medida somos profetas ou pregadores do fim).

 

Muitos eventos nas últimas semanas nos levam a refletir sobre o assunto:

  1. O Fim do Mundo segundo o calendário Maia,
  2. O meteoro que caiu na Sibéria esta semana,
  3. A renúncia do Papa Joseph Ratzinger – O Bento XVI,
  4. O meteoro que passou perto da terra na altura do leste,
  5. O meteoro que foi visto e filmado nos EUA.
  6. Esta questão é tão forte e tão comentada que surgem até aqueles que se opõe a hipótese de um fim. Vi um pastor indiano pregando sobre isto e dizendo que há um complô americano para nos convencer do fim e nos fazer abandonar tudo mais, ou seja, nos damos a um certo descuido e eles se põe como nossos cuidadores. Outros sugerem que o adiamento da Vinda de Cristo, que nos assegura em certo grau um fim do mundo, é de fato uma mentira, já que os apóstolos a aguardavam ainda em sua geração.
  7. Bom, precisamos nos posicionar em meio a esta loucura toda, qual a melhor maneira de nos prepararmos, qual o nosso jeito de pensarmos isto:

 Desenvolvendo:

  1. Primeiramente, vivendo como se de fato fosse nosso último dia. Quem nunca ouviu isto? Eu já várias vezes. Mas quando pensamos assim, sempre pensamos em quantidade e intensidade e nunca em qualidade e, qualidade espiritual. O pensamento é: vou fazer tudo que nunca fiz, vou sair beijando e abraçando todo mundo, vou fazer isto ou aquilo, consertar o que está errado. Na verdade a perspectiva do fim deve impor sobre nós um conceito de finitude e não o contrário. O teólogo alemão Friedrich Schleiermacher diz em sua Apologia que os cristãos tem se esforçado tanto para criar um mundo aconchegante e melhor que muitos estão perdendo a perspectiva do Céu. Ou seja, a questão diante do fim é: estou preparado para a nova vida com Cristo no céu? A pergunta é pertinente: lembra das dez virgens? Lembra da festa das bodas do filho (Mateus 22)? Nossa existência aqui não é a final e apesar de importante, deve ser vivida do ponto de vista da vida de lá. Alguém já refletiu, por exemplo, quando Jesus diz que não devemos ajuntar tesouros na terra, mas no céu (ora, se não são materiais são espirituais: quantos trouxemos para o caminho de Deus, a maneira como fazemos nossas orações, o bem que fazemos a outros em segredo…)? Ou seja, tesouros no Céu: quais os valores do Céu, quais os valores que preparam alguém para o fim. Davi disse: ¨Quem poderá subir o Monte Santo do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar? Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura por deuses falsos.¨ Salmos 24: 3-4
  2. Uma outra forma de estarmos preparados é nos cuidando do excesso de credulidade. A gente fala muito de incredulidade, ou seja, as pessoas não crêem, mas vivemos um tempo onde parece que todo mundo acredita em tudo. A tarefa pastoral hoje em dia é intensificada exatamente por esta fragilidade racional das pessoas, ou seja, elas acreditam em tudo e se deixam levar por tudo: desde coisas simples como creme para emagrecer, curas miraculosas a tordo e a direito, loterias, etc. É sintoma de uma carência exagerada também. Não sejamos mais meninos inconstantes levados pelo vento de qualquer doutrina, sejam simples como pombas e astutos como serpentes, cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus foram alguns conselhos de Cristo e dos apóstolos. E por que esta preocupação? Porque podemos ser tomados por uma loucura ou uma histeria coletiva e perder nossa fé e nossa razão. O excesso de informações a que estamos sujeitos e nossa dificuldade de investigar tudo isto é um problema. Sobriedade e tranqüilidade são as palavras certas para nos prepararmos para o fim. Seja nossa escatologia pessoal seja nossa escatologia propriamente dita. Em todo lugar que vou conto o testemunho de um homem chamado José. 95 anos de idade, cego, frágil e sabidamente nos seus últimos dias. Morador de Avelino Lopes e membro fundador da Igreja Batista de lá. Me convidaram para visitá-lo quando fazia uma série de conferencias por lá. Quando cheguei a casa, uma das filhas disse: ¨Pai, o pastor de São Paulo está aqui!¨ Ele não me deu boa tarde, não perguntou meu nome nem nada, começou a cantar o Hino 188 do Cantor Cristão. Sem falar de morte, doença, fim, ele me contou sobre a igreja, sobre as pessoas evangelizadas, sobre os pastores. Ele morreu uma semana depois que eu o visitei. Em outubro de 1998. Aquele homem estava grandiosamente preparado para seu fim e com o coração apegado e crente em coisas verdadeiras. Alem disto, temos a antiga lição da filosofia, ou seja, perguntar: por que isto? Por que aquilo? Como assim? Não uma curiosidade pura e simples mas uma investigação da verdade.
  3. A outra forma de nos prepararmos para isto é falando sobre o fim. Acredito que o púlpito desta igreja cumpra bem esta função, mas duvido bastante que falemos sobre isto entre nós. Sabemos que quando uma mentira é contada diversas vezes ela se torna verdade e sua investigação se torna mais difícil, quanto mais uma verdade! Estamos sempre discutindo que nosso testemunho é mais eloquente que nossas palavras, é mais importante ser do que dizer, mas acho isto um engano diabólico, ser e falar são igualmente importantes. Paulo diz a Timóteo: Seja exemplo dos fiéis! Mas diz também: pregues a tempo e fora de tempo… (1 Timóteo 4: 9-16 e 2 Timóteo 4: 2-5). Temos medo de sermos inconvenientes e tidos como chatos, mas não há outro meio de fazer isto a não ser falando. Já testemunhei a profissão de fé de várias pessoas que agradeciam a Deus por sua conversão e por algum irmão que não teve medo de parecer chato: convidava, falava, insistia… Como Romanos 10: 14-15 e pregar sobre a Segunda Vinda e o fim dos tempos faz parte do pacote evangelístico.

Concluindo:

  1. Seja vivendo como se fosse o último dia, seja analisando as coisas com mais critério e paciência, seja falando de Cristo a todo o tempo, estamos agindo como quem se prepara para o fim e se preocupa com os outros, a respeito de como estarão no porvir.
  2. Falemos entre nós sobre isto, vivamos com mais inteligência e qualidade, seja o porvir nossa doce esperança.
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2 comentários
  1. Achei sua reflexão maravilhosa Pastor, eu vejo que hoje as igrejas não pregam mais sobre a volta de Cristo, nem faz menções á ela, faz-se necessário o resgate desse tema. Pois o Rei está voltando.

    Abraço e fique com Deus.

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