- ¨Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e de barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. Se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra¨. – NVI
- ¨Ora numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra e outros, porem, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda a boa obra¨ – Almeida Revista e Corrigida.
- ¨Numa casa grande não existem somente vasilhas de ouro e de prata, mas também de madeira e barro. Algumas são para ocasiões especiais, e outras, para todos os dias. Quem se purificar de todos estes erros de que tenho falado será usado para fins especiais porque é dedicado e útil ao seu Mestre e está pronto para fazer tudo o que é bom.¨ – NTLH
- ¨Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro, uns para honra, outros, porem para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.¨ – Edição Contemporânea.
- ¨Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e barro. Alguns, para honra, outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensilio para a honra; outros porem, para desonra.¨ Revista e Atualizada no Brasil.
- ¨Numa casa grande, não há somente vasos de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns são para uso nobre, outros para uso comum. Aquele que se purificar desses erros será vaso nobre, santificado, útil para o seu dono e preparado para toda boa obra.¨ – Edição Pastoral (Católica)
- ¨Numa grande casa não há somente vasos de ouro e de prata; há também de madeira e de barro; alguns para uso nobre, outros para uso vulgar. Aquele, pois, que que se purificar destes erros será uma vaso nobre, santificado, útil para o seu possuidor, preparado para toda boa obra.¨ – Bíblia de Jerusalém
Entendendo trecho por trecho pelo contexto total
- Numa grande casa – poderia ser apenas uma afirmação do ponto de vista comparativo no qual o apóstolo compara a igreja, o mundo e tudo mais a uma casa. O detalhe é que ele diz uma casa grande. Deste modo, pelos dizeres a frente, podemos dizer que ele está falando do mundo de uma forma geral onde há todo tipo de pessoa, incluindo aqueles que não se purificam e vão por todos os caminhos errôneos e pecaminosos, como aquelas que se purificam de todas as coisas. Se ele está falando da igreja, faz todo sentido também, porque nela há os meninos, os carnais, os que são sempre ensinados e que nunca aprendem, há o joio, e toda a sorte de coisas pequenas, tropeços e desonras. Neste sentido podemos pensar nas pessoas, donas de casa, que tem seu afazeres diários e neles fazem uso de toda sorte de vasilhas, desde colocar lixo até usar em jantares especiais para convidados também especiais.
- Há vasos não apenas de ouro e prata – tais meta is entram constantemente na comparação entre estilos de vida. O apostolo Paulo faz este uso constante. Ele, com certeza, observa as pessoas nas suas mais diversas características e percebia diferenças gritantes entre as pessoas, seja no seu comportamento, na sua espiritualidade, na sua fé, no seu jeito de lidar com as dificuldades. Via, assim que alguns eram mais nobres, mais fortes, mais robustos enquanto outros não. Estes mais fortes e honrosos, por fim acabam gozando de algumas vantagens e privilégios no seu uso. Enfatizando que é no seu uso e não necessariamente vantagens de qualquer natureza que possam desfrutar (Paulo era um vaso escolhido para sofrer pelo nome de Jesus). Entendamos aqui que, privilegio, não significa de forma alguma posto mais elevado, mais remunerado, porque na maioria das vezes é exatamente o contrário disto, mas de alguma forma era usados por Deus no pelotão da frente, anunciando as coisas mais nobres, exercendo liderança, por exemplo. Faz lembrar a dona de casa que tem os mais diversos utensilio e que separa os melhores para datas, festas e pessoas especiais.
- Mas de madeira e barro – madeira e barro são uteis na casa, mas não tão mais nobres, servem aos propósitos mais comuns do dia a dia. Acredito que Deus quer de todos os seus, uso mais nobre, o texto, no entanto, parece no desanimar neste sentido, ou seja, nem todos chegarão lá, o mesmo verso e o seguinte dizem porque. Lembro-me do armário vermelho da minha mãe que possuía copos bonitos que ela nunca nos deixava usar, até que um dia alguém que nos visitava pegou um e eu adverti que minha mãe não deixava usar, mas esta pessoa podia, na verdade eram para estas ocasiões os copos da minha mãe. Mais uma vez, lembrando o que Paulo diz em I Coríntios 3, parece que sempre que ele usa estas referencias de metais e outras coisa da natureza, ele não está falando de uma questão de aprovação diante de Deus ou não, o que me parece perfeitamente consonante com a salvação pela fé e não pelas obras, mas para uma questão de uso e qualidade de vida diante de Deus de cada um de nós. Ora, vasos de madeira e barro são uteis, mas se prestam a fins menos nobres. Aliás, devemos lembrar-nos do verso 15 longo anteriormente que diz: ¨como obreiro aprovado que não tem do que se envergonhar¨. Sempre pensamos em termos salvíficos, mas nos esquecemos da questão de que também devemos ter qualidade de vida diante de Deus.
- Alguns para fins honrosos – fins honrosos pode nos indicar a principio coisas grandes e maravilhosas, ir a presença de reis, governar países, ter riquezas, mas se pensamos do ponto de vista da vida do próprio Apostolo Paulo, lembramos que já no seu chamado estava explicita a ideia de que seria uma vida e um ministério com sofrimento incluso. Analisando do ponto de vista de seu dia a dia, tanto os seus infortúnios, perseguições, debates e lutas. Não podemos nos esquecer, obviamente dos milagres, sinais e maravilhas e de suas visões, e também não nos esquecer de que ele não deveria se orgulhar disto de forma alguma. Fim honroso pode significar simplesmente a certeza de ser usado por Deus para seus fins e propósitos e que esta honra pode ser conferida ao crente mesmo quando ele não está nos melhores lugares e nem mesmo nas melhores condições, uma vez que, lembrando-se do próprio Apostolo, muitas vezes ele afirma que passou necessidades e dificuldades.
- Outros para fins desonrosos – neste caso podemos apelas para duas questões. A primeira é que o fim desonroso esteja ligado aos falatórios inúteis e problemas de natureza interpretativa. Por outro lado, tais sejam os hereges por si só. De qualquer maneira, quando interpretamos que os utensílios estão na casa, sabemos que na igreja há pessoas boas e más, bons crentes maus crentes e que de alguma forma, seria muito bom que todos fossem bons, fugindo das questões que nos tornam maus vasos.
- Se alguém se purificar destas coisas – que coisas? Uma primeira interpretação seria a partir do verso 14 até 26: discussão sobre palavras e seus significados; conversas inúteis e profanas; heresias, desejos da juventude; controvérsias; brigas. Parece, e de fato é, um mandamento a que se foque naquilo que realmente interessa: sã doutrina, aconselhamento, apego a Palavra, disciplina e correção, fuga das armadilhas do Diabo. Uma segunda interpretação seria a de que se purificar de tais coisas compreenderia o afastamento dos vasos desonrosos, no caso os crentes ou pessoas ruins.
- Será vaso para a honra – uma conclusão natural do produto do esforço de cada um em se purificar.
- Santificado – separado para o uso de Deus, além de um vaso honroso, também um vaso exclusivo .
- Útil para o Senhor – os utensílios para serem usado devem, evidentemente estar prontos. Mas como não estamos falando de coisas, mas de pessoas, é bom que seja feito um comentário especifico a este respeito, ou seja, Deus vai usar quem estiver preparado. Note, também, que isto não diz respeito a alguém que chega a igreja e que deve vir na maneira como está para que seja transformada. O texto fala de pessoas já crentes que devem no exercício diário da vida, do serviço e a vida devocional buscar crescimento espiritual e preparo.
- Preparado para toda boa obra – obra especial e especifica. Deve se notar também que falamos de pessoas preparadas para tarefas especiais e especificas. É falsa, a partir desta interpretação, que podemos fazer o que seja na obra, contando apenas com a ajuda do Espirito (Ele não usa quem é vazio).
Comentários a respeito das versões comparadas
- Todas falam de uma grande casa.
- Falam diferentemente de vasos, vasilhas e utensílios.
- Algumas falam madeira e outras pau.
- Fins honrosos e desonrosos e outros para honra e desonra. A mais gritante é a que traz não a ideia de honroso ou fim honroso, mas de uso comum, o que é muito diferente porque um parece ser sujo, improprio e indesejável a outra versão, no entanto, apenas sem muita importância.
- ¨Se alguém se purificar¨, parece impor uma duvida quando a possibilidade de se purificar ou não, outras trazem ¨quem se purificar¨ que traz a mesma dúvida, mas pode ser interpretado com a ideia de quem alguns poucos realmente conseguirão tal prodígio.
- Santificado e útil x santificado e idôneo x santificado e dedicado.
- Toda boa obra x tudo que é bom.
O Sermão
Haveria algo que Deus teria preparado para alguns que fosse negado para outros? Paulo parece dizer que algumas coisas são para poucos. Ele fala, por exemplo, que devemos ser como corredores que correm e vencem em I Coríntios 9: 24 – 27; afirmações como a que diz que a fé é para poucos, muitos chamados e poucos escolhidos, a parábola das sementes, e muitas mais. Ou seja, acredito que todas estas virtudes e vitórias estejam à disposição de todos, mas que poucos alcancem.
Todo mundo quer ser especial e exclusivo, ou seja, até se paga por isto, em um mundo massificado como o nosso, ter certas coisas nos fazem especiais e diferentes. Os grandes fabricantes de roupas, artigos esportivos, brindes, chegam a ofertar exclusividades. A gente vê isso no dia a dia: você sabe com quem você está falando? Eu sou isso sou aquilo? Pessoas com carros melhores nas ruas não acham que devem ficar paradas em congestionamentos e semáforos e se acham no direito de furar a fila. Nem mesmo na igreja é diferente, ainda privilegiamos o status e aparência, ainda pensamos em exclusividade. Pessoas até procuram certas igrejas e a companhia de certos pastores porque isto lhes confere algum valor especial. Tenho certeza de que este não é o caminho. Há muita coisa para se fazer nos lugares mais impensáveis, e nisto dou muito valor aos missionários, sobretudo que se destinam a lugares muito sofridos, pobres e afastados.
No Reino de Deus não somos especiais pelo ato declaratório de Deus como a Justificação ou a própria Salvação, mas pelo cuidado consigo mesmo e pelo zelo com que levamos nossa vida e realizamos o trabalho que nos é dado pela Igreja e por Deus. Ele declara tudo isto no próprio texto: evitando falatórios inúteis, conhecendo a Palavra de Deus com profundidade e inteireza que é a capacidade de pô-la em prática, crendo nos fundamentos da Verdade como a Ressurreição de Cristo, afastando-se da iniquidade, seguindo a justiça, a fé, a bondade e a paz, sendo perseverante na pregação da verdade e no resgate das pessoas das mãos do Diabo.
Outra coisa que é clara é que não somos nós mesmo que escolhemos o uso que Deus fará de nós, mas Ele como nosso proprietário é quem decide o que fazer de nós. De modo que há aqueles que insistem em ser o que não sendo, conseguindo ser aquilo que querem, mas sem glorificar a Deus e até aqueles que insistem em não querer ser aquilo que de fato são, glorificando a Deus mesmo assim. Um caso, eu penso, seja Judas. Outro caso, eu penso, seja Jonas.
Não podemos nunca nos esquecer que, como autor do texto, Paulo, enquanto obreiro alcançou isto que propõe do texto e as lutas, dores, sofrimento, perseguições, foram parte integrante deste preparo. Ou seja, devemos entender que Deus nos molda pela dor e sofrimento, que passar por dificuldades e lutas fazem parte do processo de lapidação do vaso honroso.
Há uma mania de grandeza na igreja evangélica atual, um desejo de status, o que não faz o mínimo sentido do ponto de vista cristão. Maior é o menor e servo de todos. Só que mais uma vez: o juízo é de Deus. No entanto, existem obras que parecem grandes e especiais que exigirão pessoas preparadas, pessoas a altura da tarefa: nisto reside mais uma questão, pouco querem se preparar de verdade, dizem, camuflando sua preguiça, que serão guiados pelo Espirito. É muito bonitinho de se ouvir, mas muito perigoso. O preparo não envolve apenas Teologia, e sou daqueles que defende a ideia de que os pastores devem ter pelo menos Teologia Básica, mas um testemunho de conversão e chamado muito concreto, uma intensa vida cristã de serviço e devoção a Cristo, deve ter passeado no Reino e na Igreja, experimentando diversas experiências e tarefas, deve ter aceitação de pelo menos parte da igreja e da liderança, deve ter vida de integridade familiar e financeira. Isto tudo não apenas para ser pastor, mas seja o que vier a ser na igreja: diácono, missionário, mestre, administrador.
Concluindo
- A Salvação e a justificação nos veem como um ato puro e simples de Deus, mas sermos vasos honrosos depende de nosso trabalho e dedicação.
- Deus é quem decide nos usar de modo honroso a partir do material que produzimos em nossa vida, as marcas disto são espirituais e invisíveis a olhos humanos.
- Temos na Palavra de Deus, de modo minucioso o caminho que devemos andar e sobre o que fazer para cuidar de nossas vidas.
- Quem muito escolhe acaba ficando sem nada, às vezes somos chamados para tarefas estranhas e pouco garbosas, é Deus nos moldando.
- Não há dor e sofrimento sem proposito na vida do crente, mas mesmo antes de querer produzir algo grandioso e maravilhoso já serve para nos colocar nosso lugar para aprendermos a confiar em Deus.
- Algumas tarefas são para aqueles que estão prontos, e nem todos estão prontos, se cuide para que esteja e possa dizer: eis-me aqui, faz de mim um vaso para sua honra!
Pastor Junior Martins
Outubro de 2013
1 comentário
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