TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS – MALAQUIAS 3.10

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A questão do dízimo tem se tornado um tabu entre nós. Por que? Há vários motivos.

O primeiro e talvez o mais gritante é o da ideia que se tem de que o dinheiro levantado nas igrejas serve a fins pessoais de lideranças mercantilistas. Quem jamais ouviu a expressão: “Vai entregar o dízimo para o Pastor…” Infelizmente a gente sabe que isto acontece mesmo.

Um segundo motivo é que sempre que alguém toca no assunto com mais insistência é porque as coisas no caixa da igreja andam de mal a pior. Até mesmos os programas de televisão evangélicos quando começam a insistir muito na questão, sabemos que se dá porque as coisas não vão bem mesmo.

Um terceiro motivo é porque a fé das pessoas é muito mais emocional e sazonal do que racional e por obediência, ou seja, fazemos o que é necessário quando o nosso coração pede, escondemos assim nossos pecados e inconstância atrás de um coração que no momento não pede que aquilo seja feito.

Um outro motivo é o desapego que as pessoas tem com suas igrejas e comunidades e a constante visão que estamos na igreja para sermos servidos e não para servir. Há quem use o dízimo, inclusive, como forma de alcançar seus anseios na vida da igreja, ameaçando não dá-lo se porventura for contrariado.

Outro problema sério é o desajuste financeiro que muitas pessoas vivem. Sempre endividadas, sempre sonhando além do que podem alcançar, nunca planejando, nunca poupando. A consequência natural já sabemos: o dízimo não sai mesmo.

Há inclusive quem pregue e, obviamente, muitos que sigam o pensamento também, de que o dízimo não consta das obrigações dos crentes na igreja moderna tendo, inclusive, sido ignorado pelo próprio Jesus nas suas orientações. Tem gente precisando ler mais a Bíblia.

A conivência de Deus em aceitar nossas falhas também entra na fila das desculpas. Quais desculpas? Que meus ganhos são insuficientes, que tenho dívidas a pagar, etc Aí sou obrigado a pregar que Deus entende os vícios, entende o divórcio, a fornicação e uma outra série de pecados. Compreendendo aqui que “entender” signifique aceitar.

Tem gente que ache que 10% seja muito e igrejas ensinando valores maiores como 15% ou 20%. A confusão está generalizada.

De qualquer maneira o que me preocupa nesta pastoral é perceber que na nossa igreja pelo menos um destes erros se faz presente na vida de muitos. O momento é bom para cobrar porque as coisas estão tranquilas. Como crente sempre fui dizimista desde meus primeiros momentos na vida da igreja. Sempre encarei a questão com muita tranquilidade e, em muitos momentos dei muito mais do que seriam os 10%. Mas, longe de querer ser exemplo fiel para qualquer um, ainda que me caiba esta obrigação como Pastor do Rebanho de Deus, sugiro que você seja um dizimista fiel.

As pessoas que são dizimistas fiéis conforme a Bíblia, demonstram algumas características que me parecem importantes a um cristão: geralmente são obedientes e bem sucedidas em outras áreas também, costumam contribuir para a paz e comunhão da igreja ao invés de transtorná-la, são bastante envolvidas com a causa de Cristo, tem para dar e raramente necessitam de ajuda, não costumam fugir de outras obrigações, prosperam financeiramente e materialmente e vivem milagres como coisa natural, geralmente compõe um grupo que sustenta espiritualmente a igreja e, por aí vai. Vai parecer um absurdo o que escrevo agora, mas, é possível saber com quem contar e ver quem será bênção para a igreja olhando a regularidade e fidelidade com que dá seu dízimo… Uma simples demonstração de obediência, fé, consciência, amor pela igreja e, porque não dizer, até de maturidade.

Se dá para entender bem o que digo, vejo, por trás da infidelidade nos dízimos, uma série de outros problemas de natureza espiritual, emocional e financeira. E, imagino que os mesmo problemas que geram as desculpas e infidelidade nos dízimos provoquem outros desajustes em outras áreas da vida também.

Minha preocupação é muito mais generalizada do que parece ser. Toda doença tem uma forma de manifestação visível, sempre dá um sinal mais cedo ou mais tarde.

Hoje eu sei quem são e quem não são os dizimista da igreja, não vou mentir dizendo ignorar o fato que sempre me preocupou. Quero sua reflexão e sei que corro o risco de que muitos não dizimistas sequer leiam o que escrevo aqui. E vai dar para entender o porquê.

Pastor José Martins Júnior

Julho de 2007

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