O MUNDO, A CARNE E O DIABO – RUSSEL P. SHEDD

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SHEDD, Russel P. O mundo, a carne e o diabo. São Paulo: Vida Nova, 1995. 126 p.

A igreja está num campo de batalha e precisa lutar e se defender

Prefácio

  1. O mundo está identificado com o secularismo
  2. A carne com a natureza caída
  3. O diabo como nosso arqui-inimigo

Introdução

  1. A cultura é um desafio para a igreja

Cap. 1 – Mundo: Criação e inimigo

  1. O mundo e o cristianismo são inimigos
  2. O mundo tem conotações diferentes na Bíblia: terra, criação, este século
  3. Deus também amou o mundo para salvá-lo
  4. Chamou os discípulos para estarem no mundo fazendo sua vontade

Cap. 2 – O mundo e o século

  1. O secularismo é o ateísmo prático e teórico
  2. Começou com os movimentos de emancipação humana fortalecido pela erradicação dos meios de comunicação
  3. O conceito de mundo vem do cativeiro em contraste com a astronomia e astrologia babilônica e, posteriormente, com a expansão do cristianismo o contraste se intensificou
  4. Esta luta é evidente pelo monasticismo e Cidade de Deus de Agostinho
  5. O papado parece ter sido um movimento contrário a isto
  6. A Renascença marco o auge deste período de emancipação de pensamento e decisão
  7. Com Galileu Galilei se estabelece o conflito entre religião e ciência, passando por Feuerbach, Voltaire e chegando a Marx com o determinismo materialista, Nietzsche com certa zombaria sobre a existência divina, e Freud
  8. Entretanto, o princípio idolatra do coração humano permanece e seitas e religiões estranhas ainda surgem e a idolatria por ideologias, capitalismo, ciência, etc.
  9. O próprio cristianismo pode gerar a cristandade, esta apoiada em princípios divinos
  10. Os resultados mais básicos disto são: sujeitar tudo ao simples escrutínio da razão e justificar toda sorte de pecados e desvios pela razão e avanços da ciência e civilização

Cap. 3 – O mundo: A Rede que nos prende

  1. O mundo é uma fonte inesgotável de aflições
  2. O mundo também é fonte de ansiedade, distração e angústia, mas o crente não pode se enganar achando que por ter vencido estas coisas ou ainda ser perfeitos em suas ações religiosas está livre dos males do mundo porque pode ser orgulhoso e idólatra (seu pequenos deuses do dia a dia)
  3. Até uma posição extremamente ascética pode ser uma resposta equivocada do crente porque luta contra o que Deus pode não ter exigido lutar, orgulha-se de si mesmo, cria outros deuses e demônios diferentes para reverenciar ou lutar contra,
  4. Como vencer o mundo? Fugir da vontade da maioria, firmar-se na cruz, não se conformar a este mundo, amando a Deus e vivendo em comunhão com a igreja
  5. Manifestações do mundanismo na igreja: ficar bem quando outros sofrem, ter preferência pelos abastados, achar-se dono da igreja porque a fundou ou trabalha mais, tirar Deus do centro, buscar apenas o que é bom para si

Cap. 4 – A carne

  1. Basar no hebraico e sarx no grego
  2. É o corpo criado, mas também o meio pelo qual fazemos contato interpessoal
  3. Paulo é quem fala dos problemas gerados pela carne, ou o pecado que opera por meio dela
  4. Nada pode ser mediado sem a carne, como acontece na mediação espírita, por exemplo

Cap. 5 – As marcas da carne

  1. A natureza da carne: autojustificação; prazer nas falhas dos irmãos; independência, individualismo, presunção; fuga da culpa; rebelião contra Deus; podridão, decomposição e corrupção.
  2. As obras da carne: ver Gálatas 5.19-21 comparar com Mateus 15.19 e Marcos 7.21: prostituição e adultério; impureza e lascívia (propensão para a luxúria, sensualidade exagerada; lubricidade); idolatria e feitiçarias; inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas; bebedices e glutonarias.

Cap. 6 – Como lutar para vencer a carne

  1. Coisas a não esquecer: que a carne é fraca, que a boa consciência deve dirigir a vida do crente, que é necessário buscar ajuda externa para vencer a carne como o Espírito Santo em nós.
  2. Para vencer a carne é preciso eliminar as fontes que alimentam o pecado, mortificar a carne subtraindo suas fontes de alimento, afastar-se das paixões, despojar-se da carne
  3. Agostinho considerava que o orgulho e sensualidade alimentavam a carne, para Lutero a incredulidade, Kierkegaard, Niebuhr e Tillich diziam que a ansiedade alimenta muito a nossa pecaminosidade

Cap. 7 – Satanás: O inimigo destruidor do cristão

  1. Um inimigo real
  2. Os reis de Tiro e Babilônia o representam (Isaías 14, Ezequiel 28)
  3. Chamado por principados, príncipe deste mundo, poder, domínio, dominador deste mundo, etc.
  4. Seus nomes: satanás (adversário), diabo (acusador), tentador, Belzebu (deus das moscas), belial (marginais, salafrários e marotos estão identificados com o nome), antiga serpente, grande dragão, leão que ruge, deus deste mundo, maligno, apoliom (ou abadom, vem de perecer donde deriva filho da perdição), príncipe deste mundo e potestade do ar, assassino mentiroso, pai (dos fariseus mentirosos Jo 8.44).

Cap. 8 – As estratégias satânicas

  1. Sempre inteligente, sedutor e deturpador. Os crentes devem aprender a discernir tudo que ouvem e veem por que ele dissimula o mal com o bem
  2. Ele investe a ignorância e cegueira do homens que se julgam autossuficientes, ou são inocentes, presunçosos e neófitos
  3. Investe no engano, ilusão e valores invertidos como aconteceu no Eden e com Ananias e Safira
  4. Ele também distorce as Escrituras como tentou com Cristo no deserto e, quanto mais, crentes que têm pouco conhecimento. A Parábola do Semeador contempla este problema também
  5. As armadilhas dos prodígios, do poder e da prosperidade também são fortes. Neste sentido, o homem é seu próprio inimigo porque se permite se seduzido por estas coisas. O dons de línguas no passado, o legalismo, a prosperidade hoje, etc., são ferramentas que o diabo usa para afastar o homem de Deus

Cap. 9 – O ataque e a defesa do cristão

  1. Armar o homem forte contra o inimigo, no caso do crente é sua filiação a Deus e a proteção de Cristo
  2. Não dar lugar ao diabo com a ira, por exemplo, mas também com atitudes que são próprias do diabo
  3. Reivindicar a união com Cristo através da sua obra na cruz
  4. Vestir toda armadura de Deus
  5. Cingir-se com a verdade
  6. Usar a couraça da justiça (aqui ele lembra de Lutero e a justificação, o grande tema da Reforma)
  7. Os pés calçados com a preparação do Evangelho da Paz que é uma arma de ataque contra o diabo
  8. O escudo da fé para se proteger dos ataques constantes do diabo externamente. O coração e a mente ficam protegidos
  9. O capacete da salvação – neste caso para proteger de um ataque que podia ser fatal porque é na cabeça
  10. A espada do Espírito que protege o homem de Deus de ter sua fé destroçada e sua mente confundida
  11. A oração no Espírito

Cap. 10 – Conclusão: o mundo, a carne e o diabo

  1. O mundo é sedutor e granjeia muitos adeptos
  2. A aparente rigidez dos “nãos” evangélicos, escondem a verdadeira batalha pela santidade e alma humana
  3. Muitos cristãos ainda têm um comportamento excessivamente infantil e crédulo (acreditam e temem tudo)
  4. O primeiro amor dever se mantido ou resgatado
  5. O Espírito deve dominar as nossas vidas
  6. Uma excessiva preocupação com o diabo (hipersensibilidade), assim como desprezo são ruins para os crentes
  7. Crentes devem ter espírito profético e amor para se levantar com luz e sal do mundo numa mobilização intensa e integrada como povo de Deus porque os movimentos contrários do mal também agem de forma integrada e crescente
  8. O crescimento da igreja no último milênio e sua força no Brasil hoje mascaram o fato de que esta não está realmente engajada nas verdadeiras lutas contra o mundo, a carne e o diabo
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