NÃO TÃO LONGE DO REINO – MARCOS 12.28-34

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Mensagem originalmente pregada no culto noturno IBVB em 27 de novembro de 2022. Culto não foi gravado.

INTRODUÇÃO

  1. Muitos de nós conhecemos pessoas que parecem muito perto do Evangelho por causa das suas ideias e comportamento. É verdadeira a percepção de que há pessoas fora da igreja e do Evangelho que tem uma vida mais reta e honesta do que muitos crentes. É lamentável, mas é verdade.
  2. Entretanto, isto não garante que estas pessoas herdem a vida eterna. Para a salvação vale mais um crente em Cristo cheio de dificuldades do que um incrédulo muito reto em atitudes e palavras.
  3. Nossa passagem de hoje trata de um destes homens que estavam mais perto da verdade do que todos os que procuraram Jesus anteriormente.
  4. Vale recordar rapidamente os três encontros anteriores.

O TEXTO

  1. Aquelas disputas entre Jesus e os fariseus, escribas, herodianos e saduceus estavam sendo acompanhadas de perto por muitas pessoas do povo e autoridades.
  2. Como vimos, estavam no templo, um lugar onde o ensina também acontecia. Naquelas conversas com Jesus, como nesta, foram colocadas as questões mais importantes da religião, da política e da economia de então. Com certeza, Jesus teria respostas muito assertivas para todos os problemas que vivemos hoje. Aquelas respostas formam uma base muito sólida para responder as questões que temos hoje sobre assuntos muito parecidos.
  3. Aquele homem era um escriba. Ou seja, um doutor da Lei. Um homem com muito conhecimento, mas também com dúvidas e dilemas. Parte do seu trabalho era copiar as Escrituras, outra parte era ensinar o conteúdo da Lei e outra parte era discutir incessantemente com seus contemporâneos sobre o conteúdo essencial da Lei. Passados séculos de reflexão, ainda havia dúvidas quanto ao valor dos sacrifícios, a obediência a Lei, etc. Havia muita divisão.
  4. Como Marcos se refere aquele homem? Alguém que estava próximo e assistiu de perto Jesus respondendo com sabedoria incomum cada problema levantado. Desta vez não é alguém querendo colocar Jesus numa situação difícil, mas um homem com uma dúvida importa e sincera. Na verdade, percebemos que aquele homem tinha a verdade em seu coração, mas não estava muito seguro.
  5. A pergunta é simples: qual o primeiro mandamento? Ou seja, qual o principal, qual exige mais dedicação, qual centraliza as nossas ações, qual indica que estamos corretos ou incorretos? Não eram questões de importância intelectual apenas, mas que diziam respeito a vida, a salvação e a obediência a Deus.
  6. Jesus responde sem enigmas, sem fazer novas perguntas. Ele responde diretamente a quem se dirige a ele com sinceridade.
  7. Ele cita Deuteronômio 6.4-5: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. São palavras do sermão de Moisés na entrada da Terra Prometida que deveriam ser gravadas e guardadas. Protegeriam o povo da idolatria, dos falsos deuses, do mau comportamento dos povos canaanitas, da apostasia, etc. ou seja, formavam a base da religião, da vida, da política, da economia, da ciência, da sociedade do seu povo. Moisés não ensinou que o povo devia carregar apenas um sentimento de amor para com Deus, mas que o amor a Deus seria a base de toda a construção da nação. Isto é o que muitas vezes nos escapa na leitura do texto.
  8. Jesus complementa com o que está explicito nos mandamentos e na Lei. Desde o quarto mandamento até o último está o dever de cuidar, preservar e defender aquilo que é do outro. Principalmente, cita passagens como Levíticos 19.17-18: Não guardem ódio contra o seu irmão no coração; antes repreendam com franqueza o seu próximo para que, por causa dele, não so­fram as consequências de um pecado. Não procurem vingança nem guar­dem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor.
  9. Diante da resposta de Jesus, o escriba reconhece que Jesus é um verdadeiro mestre, que há um único Deus, que devemos amá-lo e amar nossos semelhantes. Ou seja, um resumo da lei. Paulo reafirma isto em Romanos 13.8 quando diz que a ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Ou até como em Gálatas 6.2 quando diz que levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.
  10. Jesus se admirou daquele homem e percebeu que estava diante de alguém que, ao contrário do outros, estava bem mais perto da verdade. Esta afirmação é ao mesmo tempo boa e estranha. Boa porque aquele homem estava perto da verdade, mas ruim porque era um homem que vivia com as Escrituras nas mãos mais ainda cego para o fundamental. O que faltava a este homem: seguir Jesus.

CONCLUSÕES

  1. Mesmo não estando sob a mesma pressão das outras vezes, Jesus não deixou de ensinar com muita coragem o que é mais importante. Os ensinos do Evangelho sempre são assim, respostas diretas ao que mais importa para a salvação do homem.
  2. Estamos cercados de pessoas que tem necessidades verdadeiras e dúvidas sinceras e importantes. Como Jesus, devemos ter estas respostas certeiras quando forem necessárias.
  3. Finalmente, não estar longe do Reino não é suficiente, é preciso estar nele. Não é suficiente falar como um cristão, é preciso andar com Cristo. Não é suficiente ter uma família cristã, é preciso andar com Cristo. Não é suficiente frequentar uma igreja, é preciso andar com Cristo. Tudo será pouco ou nada se não seguirmos Cristo.        
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