COLCHA DE RETALHOS

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Ainda que pensar no futuro seja algo quase que necessário, uma preocupação exagerada e doentia com o mesmo é desaconselhável e, para um cristão, chega a ser mesmo desobediência. Cada dia traz o seu mal. É realmente importante viver o agora de verdade porque ele faz a ponte para o amanhã. Não seja, no entanto, inconsequente, porque viver o dia de hoje como se fosse o último não é dar vazão ao que a carne quer, pelo contrário, no nosso caso, é dar vazão ao que o Espírito quer (Mateus 6:34; I Coríntios 15:32).

Enquanto houver inveja, fofoca, maledicência, falso testemunho e, enquanto nos julgarmos uns aos outros por nossas diferenças, jamais poderemos nos julgar espirituais. De fato, ainda não teremos dados sequer o primeiro passo para andar no Espírito (I Coríntios 3:1-9).

Fazer a obra de Deus de modo relaxado pode ser algo, ao final, terrível para nós. Muitos a fazem por vaidade, fazem por mera obrigação, fazem sem saber exatamente o que estão fazendo. Devemos ser mais cuidadosos, carinhosos, mais decididos e sérios em qualquer coisa que fizermos, sobretudo quando fazemos a obra de Deus. Faça com toda a tua força o que te vier à mão para fazer, faça com toda técnica e conhecimento que puder adquirir, se aperfeiçoe estudando cada vez mais, gaste tempo e se desgaste também. Não tenha pena de si mesmo porque você pode fazer o melhor para Deus. Isto, se você se entregar (Jeremias 48:10)

Cada um de nós é parte da igreja. A igreja acontece com o trabalho de cada um de nós. Vivemos o tempo das megaigrejas e dos megaministérios que possuem suas figuras centrais com suas visões particulares da obra. Isto está tirando de nós o “sentimento do trabalho do formigueiro”, no qual a manutenção do mesmo depende do trabalho de cada um. Aprenda a dizer comigo: “Minha Igreja”, “Meu ministério”, “Meus irmãos”, “Minhas obrigações”.  Precisamos ser novamente tomados de um sentimento mais particular pelo lugar onde vivemos, crescemos, somos ajudados e edificados e, o ponto do qual começamos ou vamos continuando nossa caminhada rumo ao céu (Hebreus 10: 25).

Devemos ter mais cuidado com nossas palavras. Quanta precipitação há em falar. É melhor refletirmos um pouco antes de pronunciarmos qualquer coisa que seja. Além de magoarmos as pessoas, caímos em descrédito e vergonha também. A Bíblia deixa de modo muito claro que seremos julgados pelo que dissermos, por isto, devemos ter muito cuidado.  Podemos até dizer que somos extremamente sinceros ao falar, que as pessoas tem o dever de ouvir nossos pronunciamentos e que, em última instância devem nos compreender e aceitar. No entanto, não se esqueça que seu interlocutor é alguém exatamente igual a você e que, nem sempre, está preparado para ser questionado, ofendido, ou para ouvir o que você diz. Perceba também que, nossas palavras, são o motivo do ímpio se aproximar ou de se afastar de nós e que, boa parte do que fazemos de bom ou de ruim, vem daquilo que falamos. A impressão que as pessoas guardam de nós são, em parte, pela nossa aparência e hábitos, mas, em grande parte, da maneira como falamos e do que falamos. Tomemos mais cuidados com nossas palavras (Mateus 12:36-37).

Ser mal agradecido é uma questão de problemas na área espiritual. Consigo imaginar que aquele que não sabe agradecer padece de algum mal espiritual. Talvez pense ter recebido algo que lhe eram obrigados a dar, que esteja em condição meritória, que chegou seu momento de ser afortunado, que trabalhou muito por aquilo, ou coisa parecida. Não estou aqui desmerecendo o mérito humano nem a força do trabalho. Longe de mim tal coisa. Penso que, mesmo que mereçamos de uma ou de outra maneira uma bênção recebida, a sincera gratidão por tudo, ainda pelas coisas mais simples, deva ser uma constante na nossa vida. Na Bíblia aprendemos, até mesmo, a agradecer pelas lutas e problemas nos julgando bem-aventurados por passarmos por elas. Isto se passarmos por elas como cristãos (Filipenses 4:6).

Fervor espiritual não pode se resumir a uma expressão mais exaltada no culto público. Traduz-se em uma expressão mais guerreira de vida, mais determinada em realizar o que se tem pela frente, na coragem de encarar o mais diversos desafios, principalmente aqueles que tangem nossa própria incapacidade de ter fervor. O fervoroso ama de verdade, trabalha duro, louva com todas as forças, chora com todas as lágrimas, sorri com todo seu corpo, lê a Palavra com toda fome, se alegra nas pequenas coisas, sonha com que de mais elevado é possível alcançar, tem aversão a tudo que não vem de Deus, vive com liberdade e tem segurança em si mesmo não se pautando pela vida e nem pela opinião dos outros. Deixe de ser apenas um projeto de Deus, seja uma obra dele.

Pastor José Martins Junior

Abril de 2007

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