5 DE NOVEMBRO DE 2017
Tese: aproveitando a semana da Reforma enfatizaremos o Solus Christus. O dia de Ceia nós rememoramos a morte do Senhor até que ele venha. O nome de Jesus é capaz de criar confusão. Em nossas conversas é possível perceber que o clima muda quando citamos o nome de Jesus. Mesmo assim há pessoas tentando difamar o nome de Jesus. A igreja recebeu dele a autoridade e autorização para falar em seu nome. No nome dele podemos orar. Esta autoridade vem também do fato que Jesus é profeta, ou seja, aquele que tem as palavras confiáveis e que se cumprirão. Jesus é também o sacerdote e a oferta queimada por nossos pecados, deste modo, nos livrou do pecado e nos colocou em condições de lutar contra o mal. Como rei, ele já governa sobre toda a Terra e virá em poder em grande glória para reivindicar sua posse.
Introdução
- Um dos cinco solas diz Somente Cristo.
- Hoje dia de Ceia nós colocamos nossas vidas diante dele.
- Hoje é possível conversar com alguém se diz cristão sem falar em Cristo uma única vez.
- Muitos questionam e zombam dizendo que os cristãos pouco ou nada se parecem com Cristo
- É possível ir a um culto em ele não é lembrado.
A) Um grande momento da igreja primitiva
- Começa no capítulo 3.
- Pedro e João curam um paralítico na entrada do templo
- Muitos vendo aquilo se reúnem ali maravilhados
- Pedro prega
- Juntam-se os líderes religiosos e eles são presos por uma noite
- Em função cura 5000 pessoas se convertem
- Pedro e João são soltos
- Aquela grande comunidade vive de modo maravilhoso e com grande comunhão
- Toda pregação de Pedro aponta para Cristo, a cura efetuada é em nome de Cristo
Durante a Idade Média a salvação é deslocada de Cristo é colocada sobre as obras, sobre o pagamento de indulgências e mesmo sobre o poder da igreja. Quanto à igreja é uma compreensão errada da doutrina ensina por Agostinho: a salvação está na igreja. Agostinho ensinou que a igreja é o meio porque ela tem a palavra, tem a tradição, tem a interpretação.
É urgente reafirmar a necessidade de Cristo para a igreja.
B) Solus Christus
- A teologia reformada afirma que a Escritura e sua doutrina sobre a graça e fé enfatizam que a salvação é solus Christus, “somente por Cristo”, isto é, Cristo é o único Salvador (Atos 4.12). B.B. Warfield escreveu: “O poder salvador da fé reside, portanto, não em si mesma, mas repousa no Salvador Todo Poderoso”.
- A centralidade de Cristo é o fundamento da fé protestante. Martinho Lutero disse que Jesus Cristo é o “centro e a circunferência da Bíblia” — isso significa que quem ele é e o que ele fez em sua morte e ressurreição são o conteúdo fundamental da Escritura. Ver João 5.39. Ulrich Zwingli disse: “Cristo é o Cabeça de todos os crentes, os quais são o seu corpo e, sem ele, o corpo está morto”. Todas estas afirmações são baseadas na Bíblia.
- Sem Cristo, nada podemos fazer; nele, podemos fazer todas as coisas (João 15:5; Filipenses 4.13). Somente Cristo pode trazer salvação. Paulo deixa claro em Romanos 1-2 que, embora haja uma auto-manifestação de Deus além da sua obra salvadora em Cristo, nenhuma porção de teologia natural pode unir Deus e o homem. A união com Cristo é o único caminho da salvação.
- Nós precisamos urgentemente ouvir solus Christus em nossos dias de teologia pluralista. Muitas pessoas hoje questionam a crença de que a salvação é somente pela fé em Cristo. Como Carl Braaten diz, eles “estão voltando à velha e falida forma de abordagem cristológica do século XIX, do liberalismo protestante, e chamando-a de “nova”, quando, na verdade, é pouco mais que uma “Jesusologia” superficial”. O resultado final é que, atualmente, muitas pessoas, como H.R. Niebuhr disse em sua famosa frase a respeito do liberalismo — proclamam e adoram “um Deus sem ira, o qual trouxe homens sem pecado para um reino sem julgamento por meio de ministrações de um Cristo sem a cruz”.
- Nossos antepassados reformados, aproveitando uma perspectiva que rastreia todo o caminho de volta aos escritos de Eusébio de Cesaréia, no século IV, acharam útil pensar a respeito de Cristo como Profeta, Sacerdote e Rei. A Confissão Batista de Londres de 1689, por exemplo, coloca isso da seguinte forma: “Cristo, e somente Cristo, está apto a ser o mediador entre Deus e o homem. Ele é o profeta, sacerdote e rei da igreja de Deus” (8.9). Observemos mais detalhadamente esses três ofícios.
C) Cristo, o Profeta
- Cristo é o Profeta que precisamos para nos instruir nas coisas de Deus, a fim de curar a nossa cegueira e ignorância. O Catecismo de Heidelberg o chama de “nosso principal Profeta e Mestre, que nos revelou totalmente o conselho secreto e a vontade de Deus a respeito da nossa redenção” (A. 31). “O Senhor, teu Deus”, Moisés declarou em Deuteronômio 18.15, “te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás”. Ele é o Filho de Deus, e Deus exige que nós o escutemos (Mateus 17:5).
- Durante seu ministério ele foi reconhecido por suas palavras respaldadas por seus milagres e por sua vida integra.
- Como o Profeta, Jesus é o único que pode revelar o que Deus tem planejado na história “desde a fundação do mundo”, e que pode ensinar e manifestar o real significado das “escrituras dos profetas” (o Antigo Testamento, ver Romanos 16:25-26). Podemos esperar progredir em nossa vida cristã apenas se dermos ouvidos à sua instrução e ensino.
D) Cristo, o Sacerdote
- Cristo é também o Sacerdote—nosso extremamente necessário Sumo Sacerdote que, como diz o Catecismo de Heidelberg: “pelo sacrifício de Seu corpo, nos redimiu, e faz contínua intercessão junto ao Pai por nós” (A. 31). Nas palavras da Confissão Batista de Londres de 1689 “por causa do nosso afastamento de Deus e da imperfeição de nossos melhores serviços, precisamos de seu ofício sacerdotal para nos reconciliar com Deus e nos tornar aceitáveis por ele” (8.10).
- A salvação está somente em Jesus Cristo, porque há duas condições que, não importa o quanto nos esforcemos, nunca poderemos satisfazer. No entanto, elas devem ser cumpridas se estamos para ser salvos. A primeira é satisfazer a justiça de Deus pela obediência à lei. A segunda é pagar o preço de nossos pecados. Nós não podemos cumprir nenhuma dessas condições, mas Cristo as cumpriu perfeitamente. Romanos 5:19 diz: “ por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos”. Romanos 5:10 diz: “nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho”. Não há outra maneira de entrar na presença de Deus a não ser por meio de Cristo somente.
- O sacrifício de Jesus ocorreu apenas uma vez, mas ele ainda continua sendo nosso grande Sumo Sacerdote, aquele através do qual toda a oração e louvor são feitos aceitáveis a Deus. Nos lugares celestiais, ele continua sendo nosso constante Intercessor e Advogado (Romanos 8:34; 1 João 2:1). Jó afirma que terá um advogado junto à Deus. Este advogado não é apenas um defensor, mas um conhecedor e alguém cujo coração se inclina para aquele que defende.
- Não é de se admirar, então, que Paulo diz que a glória deve ser dada a Deus “por meio de Jesus Cristo pelos séculos dos séculos” (Romanos 16:27). O gozo de achegarmo-nos a Deus pode crescer apenas por uma confiança profunda nele como nosso sacrifício e intercessor.
E) Cristo, o Rei
- Os judeus esperavam que Jesus já fosse em sua primeira vinda este rei, mas assumiu a forma de servo e começou um Reino que não é deste mundo. E, cerro sentido frustrou as expectativas iniciais.
- Finalmente, Cristo é o Rei, que reina sobre todas as coisas. Ele reina sobre sua Igreja por meio de seu Espírito Santo (Atos 2:30-33). Ele soberanamente dá o arrependimento ao impenitente e concede perdão ao culpado (Atos 5:31). Cristo é “o nosso Rei eterno que nos governa por sua Palavra e Espírito, e que defende e preserva-nos no gozo da salvação que ele adquiriu para nós” (O Catecismo de Heidelberg, P&R.31). Como o Herdeiro real da nova criação, ele nos levará a um reino de eterna luz e amor.
- Neste sentido, podemos concordar com João Calvino quando ele diz: “Nós podemos passar pacientemente por esta vida com sua miséria, frieza, desprezo, injúrias e outros problemas—satisfeitos com uma coisa: que o nosso Rei nunca nos deixará desamparados, mas suprirá as nossas necessidades, até que, ao terminar nossa luta, sejamos chamados para o triunfo”. Podemos crescer na vida cristã apenas se vivermos obedientemente sob o domínio de Cristo e pelo seu poder.
- Se você é um filho de Deus, Cristo em seu tríplice ofício como Profeta, Sacerdote e Rei significará tudo para você. Você ama solus Christus? Você o ama em sua pessoa, ofícios, naturezas e benefícios? Ele é o seu Profeta para ensinar-lhe; o seu Sacerdote para sacrificar e interceder por você e lhe abençoar, e o seu Rei para governá-lo e guiá-lo?
Concluindo
- Precisamos reafirmar Cristo em nosso culto – o que seria um culto cristocêntrico?
- Precisamos reafirmar a salvação por meio dele apenas e pele fé nele!
- Ele é também nosso único modelo seguro: profeta, sacerdote e rei.