Talvez pouco se deem conta de que o mal também está no cotidiano como algo banal, acontecendo sempre e sempre através de enganos, pequenos esquecimentos, pensamentos, etc.
Também é notório que todo ser humano despido de suas proteções sociais, morais e religiosas é um ser que tem pouco ou nada para se gabar.
Humanamente falando, tolerância só existe quando nenhum dos lados consegue, por quaisquer motivos, se impor sobre os outros.
A liberdade é um atributo relacional. Em última instância, significa estar isento e protegido da agressividade do outro. Numa sociedade civilizada, a falta de liberdade é mascarada pela objetificação do outro através de opressão, manipulação, relacionamentos líquidos, etc
A crise de autoridade atual não resvala apenas no esforço de inutilizá-la por sua irrelevância ou porque toda e qualquer autoridade é ilegítima, mas também pela ideia de que qualquer um pode ocupá-la.
Uma vida muito cara pode não satisfazer à altura. Ainda assim é mais desejável do que limitar-se por falta de opção.
Uma vez que há uma rotinização do novo, na qual não há nenhuma novidade no que é novo, pode ser que encontrar as coisas como estavam tenha alguma importância.
Uma questão importante sobre o papel do intelectual é se ele deve ou se colocar como porta-voz de uma parte da sociedade. Na verdade, é exatamente onde os problemas começam: quando não há uma interlocução verdadeira.
Uma verdadeira cosmovisão é aquela que dê respostas às questões de todos os tempos, incluindo os anteriores a ela caso seja isto, ou seja uma coluna suficientemente forte para sustentar qualquer outro pensamento a respeito da realidade sem se contradizer.
É preciso prestar muita atenção aos intelectuais e pensadores porque, muitos deles munidos de um coração rancoroso e desesperançoso, chafurdam ainda mais a já tão indeterminada existência.
A capacidade de compreensão e síntese de muitos pensadores modernos é notável, mas pecam gravemente quando se referem ao cristianismo porque não se aprofundaram nele o suficiente. Em alguns casos este problema é grave porque o cristianismo é o contraponto das suas teses. Infelizmente, muitos compraram uma versão adulterada sem analisar o livro base do cristianismo que é a Bíblia. Se o fizessem ficariam espantados com algumas coisas como. Por exemplo, perceberiam que o Decálogo não é apenas um conjunto de proibições, mas um sistema equilibrado e protetivo para um sociedade que pretende transcender, ou seja, ir além de si com o amparo e condução divina e criar coisas e valores. Perceberiam também, que no pecado original a Bíblia contempla a solidariedade do casal na Queda com iguais prejuízos e responsabilidades – todos caíram. Perceberiam também, que a regras para as mulheres as protegiam no período da menstruação; durante a gravidez, parto e primeiros anos do bebê; eram protegidas nas guerras; e que foram colocadas em lugar de honra no ministério de Jesus sendo curadas, elogiadas, participativas e reconhecidas em suas virtudes e necessidades. E estes são apenas alguns erros.
Um desafio da vida cristã é que devemos nos tornar aquilo que conhecemos apenas conceitualmente. Ou seja, sem saber o que o é na prática.
