A PALAVRA ALIMENTA – MARCOS 8.1-9

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Mensagem pregada no culto matutino em 05 de dezembro de 2021

Mensagem não foi filmada neste culto

INTRODUÇÃO

  1. Mais uma vez estamos diante de um milagre de Jesus que tem motivos e propósitos muito bem definidos. O destaque desta manhã é a persistência de um grupo de 4.000 homens no deserto sem comer durante três dias para ouvir as palavras de Jesus.
  2. Hoje é um dia de Ceia e, a semelhança do que aconteceu naquela dia, a refeição com Jesus, por fazermos parte do seu reiuno, é resultado da atenção e amor que cada um de nós tem em sua Palavra. Pelo menos deveria ser assim.
  3. A pregação simples e direta da Palavra de Deus está cada vez mais rara. Há vários motivos para isto. a) Como previu o apóstolo Paulo, muitos simplesmente resistem a ouvir a verdade por causa do pecado e do egoísmo; b) Cada vez há menos pessoas realmente preparadas para simplesmente entender os ensinos de Cristo e transmiti-los sem alterações; c) A criatividade, persistência e sedução do mundo tem tirado das pessoas a atenção e o tempo que precisariam para ouvir a voz de Deus; d) E, obviamente, o coração idólatra do homem o impede de se render ao Deus Verdadeiro em Cristo e dar ouvidos a sua voz.
  4. Uma igreja, um pastor ou um crente que quiserem realmente conhecer a vontade de Deus para seguir a sua voz deve aprender a amar sua Palavra e gastar (ou investir) tempo ouvindo o que Cristo tem a dizer. Isto pode significar que uma igreja pode crescer e atrair pessoas, que um pastor pode ter um ministério muito produtivo e um crente pode ter uma vida cheia de frutos. Mas também pode significar que uma igreja pode perder membros, um pastor pode ser isolado, criticado e perseguido, e que um crente pode perder seus amigos e até irmãos.       

TEXTO

A passagem de hoje é muito interessante e guarda semelhança a uma série de eventos bíblicos importantes como o maná no deserto e a Ceia do Senhor. Quando comparamos com a primeira multiplicação há algumas diferenças: na primeira é um dia na segunda dois dias, na primeira foram 5.000 homens e na segunda 4.000, na primeira Jesus ordena aos discípulos para que organizem a multidão e na segunda ele mesmo dá ordens. Na primeira são 5 pães e na segunda 7. Na primeira sobram doze cestos e na segunda sete cestos. Entretanto, nosso foco não deve ser uma comparação matemática dos que aconteceu nas duas para concluir qual milagre foi maior, mas qual o ensino espiritual e o que aprendemos sobre o próprio Cristo em cada uma delas.    

  1. 1 Naqueles dias, havendo mui grande multidão e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos e disse-lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo e não têm o que comer. E, se os deixar ir em jejum para casa, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe. – NÃO consigo resistir a comparação com os Congressos que existem hoje. Não tenho nada contra, mas a comparação é inevitável até com os nossos próprios eventos e acampamentos de um passado não muito distante onde o encontro com Cristo era a prioridade, quando íamos para aprender mais a Palavra levávamos visitantes para se converter e irmãos afastados para reconciliação. No caso da multiplicação dos pães temos o seguinte: Data do evento: agora; local: deserto; refeições programadas; nenhuma, jejum; tempo de preleção: indeterminado; instalações e quartos: nenhum; sistema de ar condicionado: inexistente, mas são 45 graus de dia e 0 graus a noite, etc. Mas um evento como aquele tem suas contrapartidas: Pregador: Cristo; Conteúdo da mensagem: a verdade de Deus sem corrupção, bajulações e medo. Resultado desejado: o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus.     
  2. E os seus discípulos responderam-lhe: Donde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto? E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete. E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães e tendo dado graças, partiu-os e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles; e puseram-nos diante da multidão. Tinham também uns poucos peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante. E comeram e saciaram-se; e, dos pedaços que sobejaram, levantaram sete cestos. E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os. – MAIS uma vez é a compaixão de Jesus que o faz operar um milagre pela multidão. Temos uma tendência de condenar aquelas multidões porque nos lembramos que no julgamento de Jesus uma massa de pessoas colaborou para sua condenação, mas não podemos misturar as coisas. Não eram estes que estavam lá. Esta multidão era composta de judeus e gentios, mulheres, idosos, gente do povo comum. No julgamento de Jesus há judeus do povo, mas o grupo é formado por maioria de religiosos e pessoas manipuladas por eles. Aqui também não é possível esquecer do maná no deserto quando Deus alimentou seu povo que peregrinava a até Canaã, mas há algumas diferenças fundamentais. O maná era diário e as sobras não podiam ser guardadas. O maná era um alimento predominantemente físico para manutenção do corpo. O maná também podia e devia ser comido por todos protegidos pela nuvem e pela coluna de fogo. O que acontece agora é diferente e muito maior: as sobras são sinal de presença e da vida abundante prometida por Deus; é uma oferta aos que tem fé e se dispõem a ouvir a Palavra de coração aberto; e, a maior de todas elas, é que Cristo, o próprio Deus, está reunido com aquele povo ali no deserto.   

APLICAÇÕES

As aplicações hoje serão muito diretas e compreensíveis. Espero!

  1. O que uma pessoa realmente sedenta pela Palavra de Deus procura é o Evangelho puro e simples que lhe mostre a verdade e não que lhe massageie o ego ou lhe dê as respostas que procura. – Um crente não diz: eu acho (até porque quem acha não tem certeza de nada!). Mas diz: a Palavra de Deus diz assim e assim!
  2. A Palavra de Deus verdadeira conflita com nossos desejos e pensamentos nos colocando, quase sempre, em situação de tomada de decisões, em humildade e confiança. – Um crente verdadeiro em Cristo sempre estará tomando decisões difíceis e fazendo coisas que contrariam este mundo, mas sempre colherá os frutos espirituais da sua fé porque o que Cristo exige ele também garante.
  3.  A verdadeira Palavra de Deus é aquela que diz: sente-se ao pés de Cristo e deixe que ele faça o resto. – isto não é um convite a preguiça e comodismo, mas um convite de fé porque as coisas do Reino são espirituais. Alimento físico, como pães e peixes, é algo espiritual.  
  4. A Palavra de Deus é algo muito maior e mais poderosa do que a maioria de nós está experimentando por não ter entendido direito o que ela é e por não estar procurando no lugar certo.  – é uma dura constatação, mas é verdade. Gente correndo para lá e para cá, ouvindo e vendo tudo que está disponível e ainda morrendo de fome e de sede. Se está assim ainda considere a forma e o lugar onde busca alimento espiritual.
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