Tão importante quanto ignorada… A luta da Carne contra o Espírito.
“Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário a carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis”
Entre as muitas coisas que devemos saber como crentes e filhos de Deus é que nossa carne luta contra o espírito. Esta é uma luta das mais cruéis e incessantes da qual temos notícia. Travada no interior de cada crente na face da terra, é uma luta na qual sempre haverá um vencedor. Não há empates, não há acordos possíveis, não há protelação, não há bandeira branca. Uma luta para massacrar e dominar o coração de alguém. No nosso intimo sempre há um desconforto, seja grande, seja pequeno, quase imperceptível.
Tanto a carne quanto o espírito lutam por ocupar seu espaço. A carne usa os olhos e nossas necessidades naturais como arma de conquista. Quando temos fome temos que comer, mas a carne nos chama a gula. Quando temos necessidade de alguém para conviver a carne nos conclama a dominação, ao ciúme, a inveja. Quando temos que trabalhar para sobreviver, a carne nos chama para o ativismo, a ganância, a avareza. Quando temos habilidades para com elas abençoar vidas a carne nos chama para o exibicionismo, para a vanglória, para exaltação. O espírito por sua vez não faz esforço no sentido de equalizar as coisas, ele quer, também, o domínio da situação. Razão, reflexão, Bíblia são suas armas. À gula o jejum, à dominação o amor, ao ativismo trabalhar pela comida que não perece, às habilidades especiais o edificar os outros.
De fato, uma luta pela sobrevivência que se acaba com a morte. A nossa morte define o vencedor de tal batalha. Diferentemente de alguém que um dia se gabou por ter nascido no Evangelho, gabe-se aquele que morrer nele. Posso ignorar tais forças operando em mim, mas fatalmente terei que viver a eternidade sob o efeito decisivo da vitória de um ou de outro sobre mim. Fatalismo derrotista? Não. Opção que cada um de nós tem para enfrentar a vida e a realidade. Mas, já que estamos tratando de nós mesmos que nos preparemos.
O Espírito vence em mim quando me alimento daquilo que o alimenta, ou seja, a Palavra e a Verdade de Deus. Mas do que um esforço para entender o Reino de Deus deve haver um esforço para estar nele. Uma vez nascido de novo que se aprenda como uma Nova Criatura vive. Do que ela se alimenta? Como aguarda o seu dia? O que prioriza? Contra o que luta?
O Espírito vence em mim quando reconheço sua presença em mim e quando aprendo a distingui-lo de outras coisas. A blasfêmia contra o Espírito é imperdoável, porque se atribui a ele obras do Maligno, por que o ignora. Ele está em nós como Selo e Penhor de Deus e como agente do Poder de Deus em nós. Não apenas para nos preparar para o Reino, mas para garantir que de fato chegaremos lá.
Ele também vence quando faz sucumbir outros desejos, impulsos e vontades em nós. Ele se entristece e pode até se extinguir dentro de nós e, obviamente não o faz por si mesmo. Ele vem para tomar espaços e conquistar o interior. Para isto fala dentro de nós, gera sentimentos, conduz as situações, opera situações diferenciadas e inusitadas. Quando percebo e me entrego, estou no caminho.
Vence também porque cria entre nós e Deus um vínculo que de outra forma não se dá. O homem natural só reconhece o que é própria da natureza carnal. Coisa esta que acontece diferentemente no homem espiritual. Estamos ligados a Deus por meio dele. Significando que posso falar e ser ouvido assim como posso ouvi-lo falando. A proximidade é tal que podemos afirmar andar com Ele. Atinge a profundidade que nos põe em status familiar com Deus, nosso Pai.
Não é uma decisão difícil de ser tomada no campo das ideias, mas com certeza no dia-a-dia. Deus nos ajude a entender a importância de tal batalha.
Pastor José Martins Júnior
Agosto de 2008
1 comentário
Aqui é a Karina Da Silva, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.