A AUTORIDADE DE JESUS – MARCOS 11.27-33

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Mensagem pregada no culto matutino de 23 de outubro de 2022

INTRODUÇÃO

  1. Esta é uma das histórias da Bíblia que sempre leio com alguma alegria no coração. Jesus era, além de tudo, um homem arguto e inteligente. O clima da conversa era tenso, mas a vitória de Jesus naquele debate gera um alegria muito grande em que o segue.  
  2. E qual a questão que está em jogo naquela conversa? Na parte final do ministério de Jesus a questão fundamental a ser discutida e sobre a sua autoridade. 
  3. O conceito de autoridade é um dos mais discutidos hoje. De modo geral, há uma tendência a rejeitar todo tipo de autoridade. E dá para entender por quê. A natureza pecaminosa humana leva alguns a abusos de autoridade e outros a desobediência. O pecado de Adão, por exemplo, também foi uma recusa da autoridade divina que exigia que eles não tocassem no fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal. Hoje, há questionamento da autoridade de juízes, políticos, pastores, padres e dos pais. Desobedecer e desonrar é a regra, é a norma.    
  4. Há, de modo geral, dois tipos de autoridade. Aquela recebida como parte de uma função e aquela conquistada. Um delegado de polícia, por exemplo, tem autoridade pelo simples fato de ocupar o posto. Quando chegamos a uma delegacia, por exemplo, mesmo não conhecendo o delegado, nosso tratamento com ele deve considerar sua autoridade policial. Além da autoridade recebida, temos a conquistada, aquela que a pessoa desenvolve por causa do seu trabalho, postura e das suas conquistas. Vamos deixar claro o seguinte: uma não é melhor do que a outra. São necessárias e se complementam. 
  5. Entretanto, Jesus tem a duas autoridades no mais amplo sentido de cada uma delas. Ele é o Deus Eterno entre nós e o que viveu de modo digno e sofredor. 
  6. Portanto, o que analisamos aqui hoje é a nossa percepção e postura diante da autoridade de Jesus. Ou seja, qual a autoridade ele tem sobre as nossas vidas.

O TEXTO

  1. A AUTORIDADE DE JESUS SE BASEIA NA SUA VERDADE E TOTAL TRANSPARÊNCIA – Jesus andava pelo templo no mesmo lugar que os rabinos ensinavam no templo. Lugar permitido para todos. Havia lugares que eram destinados apenas aos sacerdotes. Ou seja, Jesus está livre e corajosamente entre o povo e diante dos sacerdotes. Fácil de ser visto, encontrado e pronto para responder perguntas. Jesus não era inacessível a ninguém, nem mesmo a samaritanos e outros estrangeiros. Enquanto os líderes da época eram inacessíveis, a autoridade de Jesus era reforçada pela facilidade com que as pessoas podiam se aproximar dele. Por que? Porque visto de perto ele era admirável, justo, santo, poderoso. Ao contrário dos demais líderes que eram homens frágeis e comuns e queriam esconder isto a todo custo.  
  2. A AUTORIDADE DE JESUS SE BASEIA NA SUA CORAGEM DIANTE DOS INIMIGOS – A reação dos religiosos após as ações de Jesus no tempo foram quase imediatas. Eles com certeza conversaram entre si e decidiram que iriam intimidá-lo no templo. Se reuniram em grupo e foram certos de que colocariam Jesus numa condição difícil. Jesus era um problema para eles, mas eles não eram um problema para Jesus. Jesus estava no campo deles brilhando com toda a sua autoridade. 
  3. A AUTORIDADE DE JESUS SE BASEIA NO SEU ZELO PELAS COISAS DE DEUS – Por outro lado, a delegação que se aproxima de Jesus o faz discretamente porque poderia alvoroçar o povo contra eles porque ainda gozava de popularidade e apoio do povo. Uma coisa salta aos olhos. Eles não demonstraram respeito pelo Templo mais uma vez porque estavam dispostos a brigar e discutir num lugar santo. Jesus tinha demonstrado seu zelo pelo Templo quando expulsou os vendilhões. Estes não estavam dispostos. 
  4. A AUTORIDADE DE JESUS SE BASEIA NA SUA OBEDIÊNCIA À PALAVRA DE DEUS – Aqueles homens tinham rejeitado as profecias de Isaías e Jeremias. Agora, rejeitavam o próprio Deus entre eles. A autoridade daqueles líderes estava sob risco caso a verdade fosse dita e a Palavra de Deus fosse seguida. Este é um problema muito grave. Sua autoridade se baseava em mentiras, em ocultação da verdade e na ignorância do povo. A autoridade de Jesus se sustenta e se fortalece ainda mais quando a verdade é declarada. 
  5. A AUTORIDADE DE JESUS SE BASEIA NA SUA CLAREZA A RESPEITO DA SUA MISSÃO E TAREFA – Fazem duas perguntas: Com que autoridade e quem te deu esta autoridade. Ou seja, quem é você e quem te enviou. Jesus é enviado de Deus o filho de Deus sem pecado e sem mácula que recebe autoridade por sua justiça, santidade e poder. Mas ele não poderia responder isto porque seria um confronto direto. E o faz como o fazem os rabinos: faz outra pergunta. A pergunta pode parecer uma evasiva de Jesus, mas demonstra um sabedoria muito grande. Afirmar a autoridade divina do batismo de João também seria uma confirmação da sua autoridade. Lembremos que João testemunhou que Cristo era o Cordeiro de Deus e o Messias. A pergunta de Jesus tem ainda outro peso: eles deveriam dar uma resposta direta à pergunta. Os líderes religiosos tomaram uma decisão de não ficar do lado da verdade. Ou seja, uma fraqueza moral de ficar do lado da verdade.
  6. A AUTORIDADE DE JESUS SE BASEIA NA VONTADE DIVINA – apesar da pergunta não ter sido respondida, fica claro qual a resposta: a autoridade vem de Deus e não dos homens. Curiosamente, este é um dos momentos em que o povo tem razão porque afirmavam que o batismo de João era do céu. Ou seja, os líderes religiosos estavam pressionados a admitir que viera do alto, de Deus. Não havia alternativa. Todo o Evangelho é assim: exige um posicionamento. Isto inquieta muita gente. Gostamos de laços mais frouxos porque podemos fugir quando não nos agradar. Mas Jesus ensinou que quem não está contra ele é a favor dele, mas também que quem com ele não ajunta, espalha. Pode parecer simples demais, mas de fato é: ou estamos ou não estamos ao seu lado. Para o tema de hoje: ou estamos ou não estamos sob sua autoridade.  

CONCLUSÃO

É perigoso e ambíguo quando não reconhecemos a autoridade de Cristo sobre a nossa vida. Se afirmamos que Ele é Senhor e não vivemos assim, nossa afirmação perde todo o seu valor. Do mesmo modo, devemos escolher o que e quem vai governar nosso coração. Escolha Cristo. 

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