AH, SE TODOS FOSSEMOS INÚTEIS!!! (MEU DESESPERO!)

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Também me desesperei!

Se todos nós fôssemos inúteis

 “Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes foi ordenado, devem dizer: Somos servos inúteis, apenas cumprimos o

nosso dever.” – Evangelho de Lucas 17.10

Inútil, biblicamente falando, é quem só faz o mínimo, ou seja, a obrigação. Como Pastor, andei pensando se todos os membros da igreja realmente vivessem sua relação com a igreja pela lei do mínimo esforço (que é algo detestável, diga-se de passagem).

Estou certo de que não seríamos uma igreja enorme e nem mesmo um motivo para exemplo para qualquer outra igreja, mas, com certeza, seríamos capazes de fazer muito mais. Pense comigo, ou melhor, sonhe comigo.

Vamos começar pelos dízimos. Hoje temos uma pequena entrada média de R$ XXXX,00, creio que poderíamos aumentar em torno de R$ XXX,00 esta média se todos fossem fiéis. Seria um aumento da ordem de 30%. Daria, por exemplo, para sustentar o PEJI sem precisar cobrar mensalidade das crianças mantendo a mesma estrutura que temos hoje. Se esta fidelidade se refletisse também como ofertas voluntárias poderíamos até melhorar nossas condições.

Vamos pensar em culto nos lares durante a semana. Sei que você chega cansado do trabalho e das tarefas do dia-a-dia, mas isto vale para todo mundo. Certo? Vamos ser justos e excluir aqueles que vão a escola, trabalham à noite, chegam tarde por conta dos horários de trabalho e do trânsito. Pois bem, temos uma média de 10 pessoas por casa em cada culto incluindo crianças. O número nem pode ser maior porque as casas não abrigariam. No entanto, a cada noite de segunda, terça, quinta, sexta e sábado temos apenas 10 pessoas para ir aos cultos. Se todos que podem ir fossem, teríamos em torno de 46 irmãos no total, ou seja, poderíamos atender 4 casas de membros ou pessoas sendo evangelizadas a cada noite, que nos daria 20 casas diferentes por semana, contando com o sábado. Poderíamos até fazer um revezamento em que casa pessoa iria a apenas dois cultos nos lares durante a semana e poderíamos, ainda sim, atender 10 casas diferentes por semana pregando o evangelho e trabalhando para a edificação da igreja (se você acha que faltam casas está enganado, falta gente para ir a elas!). Este grupo de 46 irmãos exclui crianças e visitantes. Temos ainda oculto, outro detalhe importantíssimo que é a possibilidade dos núcleos familiares, algo que realmente traz crescimento a igreja em todos os sentidos. Estes grupos recebem nomes diferentes nas igrejas, nas quais já vi os seguintes nomes: NEB’s (núcleo de estudo bíblico), Koinonia (grupos de comunhão, gr.) Núcleo Familiar, Grupo Familiar, Células da Igreja. São importantes porque tornam cada vez mais pessoais os relacionamentos e cada vez mais profundos os laços entre os irmãos. Existe a possibilidade de um pastoreio mais próximo e a solução de dificuldades de modo mais rápido e eficiente. Levaríamos amor aos que precisam de amor.

A igreja tem um culto na semana que é de forma geral desprezado em todas as igrejas que conheço e que os tem: “O culto de oração da quarta-feira”. Se a tese de que quanto mais oração mais poder está certa, a impressão que tenho é de que a fraqueza espiritual nos agrada. Além disto o culto de quarta-feira nos dá a possibilidade de trabalharmos questões doutrinárias e de identificação cristã. Seria um trabalho de mais profundidade com o Pastor reagrupando o que acontece nos lares durante a semana. É óbvio, uma igreja uma língua. Teríamos os mesmos 46 irmãos e todos os visitantes que com certeza viriam juntos. Passaríamos dos míseros 10 a 15 irmãos nos cultos para 50 ou mais quem sabe. Isto se não pensarmos que a igreja pode crescer. Seriam resultados para se pensar em curtíssimo prazo. Tiraríamos muitos de frente da televisão, esta que nos afasta de presença de Deus com muita facilidade.

Vamos refletir em uma última questão e deixarei o restante para reflexão de vocês mesmos: o envolvimento com Missões. Missões é obra da igreja, ninguém mais pode ou deve priorizar tanto missões. Pois bem. Sabemos que temos um déficit enorme de missionários no campo. Sabemos também que o número de igreja batistas no Brasil e porque não dizer, em São Paulo, é pequeno. Isto se dá por vários motivos: culpa dos pastores em não dar tanta atenção para isto, igrejas dedicadas demais a si mesmas entre outros motivos. Quero aqui levantar outras questão: falta de vocacionados, ou seja, falta de gente que queira se preparar para ir ao campo. Quando falo campo não estou falando necessariamente em África, mas falo também do bairro do lado. Faltam homens e mulheres preparados para ir ao campo abrir novas igrejas ganhando novos discípulos de Cristo. Nossa igreja não é diferente. Onde estão nos nossos bancos, agora cadeiras, os chamados para o ministério Pastoral, para Missões, para Abertura de Novas Igrejas. Agora, não me procure se não quer encarar alguns anos de cadeira em um seminário Teológico, não me procure se não tem seriedade para expor a Palavra, nem me procure se seu trabalho na igreja tem sido pífio. Por mais que pareça que tais chamados sejam manifestações incomuns e especiais de Deus, são, no fundo manifestações comuns de Deus. Nós as reputamos como especais para não nos julgarmos dignos para tanto. O chamado é algo comum. Creia.

Se partirmos destes pontos veremos, por exemplo, a lógica ilógica da matemática divina. Se multiplica ao somar e dividir, se soma ao se dividir e subtrair.

Sei, que como Pastor, sou responsável pela visão. Mas quero que você saiba que o crescimento e caracterização de nossa igreja como cada vez mais importante para o Reino de Deus depende também de seu trabalho e visão.

Ah, se todos nós fôssemos inúteis fazendo somente nossa obrigação – tudo seria bem melhor!

Pastor Júnior

 30 de julho de 2006

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