JESUS E OS PECADORES – MATEUS 9.10-13

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Mensagem pregada no dia 10 de janeiro durante a Campanha de Oração no dia dos Alcoólicos Anônimos

A Bíblia nos conta momentos incríveis da relação de Jesus com as pessoas que nos enchem de alegria e nos dão motivo de louvá-lo por tudo que fez. Todos são pecadores como conhecemos e isto nos garante, infelizmente uma série de problemas e dificuldades.

Neste dia Jesus estava na casa de Mateus para uma refeição e a Bíblia nos conta que pecadores e publicanos estavam com ele à mesa. Os fariseus, como não poderiam deixar de ser, estavam lá também para questionar as atitudes do mestre. Fica bem claro por suas declarações que queriam identificar Jesus como um pecador, da mesma forma como foi chamado de beberrão e comilão.

Parece-me claro por suas declarações que ele estava ali por um motivo bem claro: salvar aquelas pessoas sentadas à mesa com Ele. Ele estava enxergando o que ninguém mais via, ele planejava fazer naquele dia o que ninguém mais é capaz de fazer.

Em primeiro lugar, Jesus enxergava naquelas pessoas mal vista por outros, a possibilidade de uma vida além. Assim com já começara a fazer na vida dos discípulos, Jesus olhava para aqueles ali reunidos como pessoas nas quais ele poderia operar todo o seu poder de libertar, exortar, animar, transformar… Enquanto os fariseus enxergavam apenas pecadores e publicanos, Jesus enxergava pregadores, pastores, mestres, apóstolos, filhos de Deus, cidadãos dos Céus, homens e mulheres cheios da graça de Deus.

Em segundo lugar, como o próprio texto no afirma, aquelas pessoas eram apenas nomeadas de pecadores e publicanos pelos fariseus e pela comunidade de então. Eram pessoas conhecidas pelos seus erros e pecados. Assim como hoje, perceba que muitas pessoas são conhecidas pelas suas dificuldades e problemas, o que é um fato terrível. Desde o início Deus mudou nome de pessoas que entraram em relação com Ele. Lembre-se do caso de Abrão que se tornou Abraão, Sarai que se tornou Sara, Jacó que se tornou Israel. Jesus ali enxergava pessoas à mesa pela bênção que d’Ele receberiam.

Em terceiro lugar, enquanto os fariseus enxergavam apenas as infrações cometidas por aquelas pessoas, Jesus enxergava vidas com problemas e dificuldades a serem resolvidas. O modo de resolver de Jesus se faz notório: dar a paz. À sua volta encontravam-se pessoas atribuladas: problemas pessoais, familiares, demônios, isolamento social, etc. E assim, do mesmo modo que ordenara seus discípulos para dar a paz a todos que encontrasse, Ele estava pronto naquele momento a fazê-lo, a começar pela maneira como repreende os fariseus por tentar tumultuar aquela refeição.

Finalmente, fica clara a restituição ali a se estabelecer. O homem no pecado perde uma série de coisas como já vimos. Uma delas, com certeza, é a sua dignidade, ou seja, sua própria condição de cidadão. Talvez, para muitos daqueles reunidos naquela mesa fosse a sua primeira refeição de verdade, sentados à mesa e cercados da proteção, amor e perdão de Deus. Jesus é capaz de nos fazer sentir humanos e pessoas de verdade. Penso na reação à mesa quando ouviram Jesus defende-los naquele momento de seus maiores acusadores. Eu, se presente àquela mesa, teria sentido uma enorme alegria por ver alguém me defendendo e me guardando de uma situação tão vergonhosa ainda que, como talvez a maioria dos ali presentes, já estivesse acostumado.

As drogas, o álcool, os vícios e as compulsões tiram de nós tudo o que parece razoável a um ser humano normal, ou seja, a capacidade de enxergar a vida, mudam nosso nome para o problema que carregamos, levam embora nossa paz e roubam nossa dignidade. Todas estas coisas Jesus é capaz de mudar.

Ele nos devolve a capacidade de sonhar e, sobretudo, nossa capacidade de realizar. Muda o nome que recebemos dos outros daquele que, por exemplo, era “bêbado” para “filho de Deus”, para “o Pastor”, para “aquele cuja família vai unida à igreja”. Jesus restitui nossa paz, nos permitindo vier além das acusações e perseguições, além das imposições naturais a que pecadores sem a graça de Deus estão sujeitos. A devolução de nossa dignidade enquanto pessoas e cidadãos está inclusa, desde a simples possibilidade de ter uma refeição tranquila até mesmo de galgar situações mais honrosas no ambiente onde vivemos.

Com certeza estas coisas acompanham a salvação que Cristo nos traz. Com certeza, faz parte da nossa mensagem, anunciar o que Cristo é capaz de fazer por aquele que se converte e entrega sua vida a Ele. São estas coisas que já vivemos, que nos alegram na presença d’Ele.

Vamos pregar ao mundo que Ele veio para os pecadores, que ele veio libertar os cativos, que Ele acredita e deposita seu poder em quem já parece não ter mais jeito.

Jesus é esperança e salvação de todo aquele que se sentar à mesa com Ele.

Pastor José Martins Júnior

Janeiro de 2007

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