TÔ DESANIMADO – 2 CORÍNTIOS 4.8

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“Perplexos, mas não desanimados”

O desânimo é algo bastante comum nas nossas vidas e no dia-a-dia. Quem jamais se sentiu desanimado? Com certeza em um ou outro momento todos já se sentiram assim. Desânimo é, em tese, falta de alma, falta de motivação, falta de vontade. Quando nossa visão não está indo além dos que os nossos olhos podem ver.

As causas do desânimo me parecem muitas, do físico ao espiritual. Geralmente, quando estamos doentes, ficamos desanimados. Estas ondas de resfriado e gripe que São Paulo vem sofrendo, por exemplo, ilustram bem esta afirmação. Depois de uma grande perda também nos sentimos desanimados. Sentimos-nos desanimados até mesmo quando acabamos de passar por uma grande vitória, sobretudo porque nos desgastamos muito e por um tempo ficamos sem forças, ou sem observar um objetivo grandioso à frente. O desânimo pode ser causa de problemas espirituais, como pecado, por exemplo. O Espírito Santo sinaliza no nosso coração com tristeza quando pecamos e podemos, também neste caso, nos desanimar. Podemos desanimar por conta de nossa incapacidade de alcançar nossos anseios espirituais. Podemos nos desanimar, também, por conta da obra do Inimigo. Ele pode nos fustigar com perseguições, nos pondo em situações embaraçosas, confrontando nossa fé insistentemente até que nossas forças se percam e baixemos a guarda. As pessoas ao nosso redor podem também nos desanimar, exigindo demais de nós, nos depreciando, nos afrontando, nos desprezando. Nós podemos gerar nosso próprio desânimo, deixando de cuidar de nossa alma, deixando de lutar, racionalizando demais nossa própria existência ignorando nossos sentimentos mais profundos.

O desânimo em si jamais foi ou será bom. No entanto, alguns momentos de ritmo desacelerado ou mais lento podem nos ajudar. Isto por um motivo bem simples: temos limites, não podemos tudo, somos limitados, um projeto de Deus para ir até certo ponto. Assim, deduzo que o melhor remédio para o desânimo não é combatê-lo, mas, conhecermos a nós mesmo um pouco melhor.

A maior verdade da Bíblia a nosso respeito é: Somos Pecadores. Ou seja, sujeitos a todo mal, e não somente isto, desejosos por ele. Buscar andar na verdade, tendo fé em nós mesmos, reconhecendo que somos capazes de fazer coisas piores que os “piores pecadores” que já passaram pelo mundo, pode nos ajudar.

Uma segunda coisa importante e, que deriva da primeira, é que estamos cercados de pecadores também. Ou seja, as pessoas ao nosso redor falham bastante também. Logo, podem ser fonte de desânimo para nós. Quando somos conscientes disto nos desapontamos menos com as pessoas e por consequência nos desanimamos menos.

Uma terceira questão é que vivemos em um mundo caído, portanto, desordenado. Ele segue uma lógica que nos desagrada. É comum termos sensações de desconforto, enquanto vivemos aqui e, diria até que, é bom que seja assim, porque não concordamos com ele. As injustiças daqui nos desanimam bastante. Devemos crer na justiça e na providência de Deus que jamais falham a favor dos seus.

Temos, também, um inimigo mortal. Podemos querer ignorar sua existência, mas muitas coisas não parecem ter outra explicação mais racional. Somos cercados das hostes do mal, encarregadas de por desordem no mundo criado por Deus. Cabe, como tarefa aos tais, criar confusão, gerar desentendimento, apossar-se dos desavisados, derrubar os que estão de pé. Temos que viver em constante combate espiritual.

Devemos considerar também que por diversas interferências de toda natureza nem todos os nossos projetos deverão dar certo. Teremos três opções: a obstinação, malhando em ferro frio e insistindo no que fracassou. Podemos nos desanimar totalmente e desistir. Ou, que parece mais justo, analisar friamente, pensar, refletir, orar e reiniciar nossa tarefa.

Quero adverti-lo para crises de desânimo muito prolongadas. Quero adverti-lo para sentimento de autodepreciação. Quero adverti-lo em relação às diversas inconformidades que nos cercam.

Pense um pouco, deixe seu desânimo. Tome uma atitude. Ame mais a si mesmo e se empenhe no caminho de amar a Deus e ao próximo também. Descubra o motivo e a razão da sua vida. Ninguém é inútil ou completamente incapaz. Você não é um fracasso. Talvez esteja, apenas, amplificando seus problemas.

Deus te abençoe.

Pastor José Martins Júnior

Setembro de 2006

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