UM POUCO SOBRE JESUS E A FÉ CORAJOSA – MARCOS 10.46-52

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Mensagem pregada na IBVB culto matutino de 24.03.19
 

1. Uma história bem conhecia, curta e muito rica.

2. Aparece em Mateus 20.29-34 é Lucas 18.35-43: é uma história que tem a controvérsia sobre se era um ou dois cegos, e se Jesus estava entrando ou saindo. No Evangelho de Marcos é apenas um, Jesus saindo e o nome do personagem é dito. A questão é que um dos evangelistas cita só um porque talvez fosse o mais conhecido e que permaneceu seguindo Jesus, e a porta de saída é também a de entrada, depende da referência.

3. Jesus estava em Jericó, importante cidade, passou por lá antes de ir para Jerusalém, Jericó foi conquistada por Josué na queda do muro. Ali a fé dos hebreus do deserto foi testada quando rodearam a cidade em torno de seus muros altos por 7 dias e viram os muros caindo pela vontade de Deus. 

4. Um pouco antes desta visita a Jericó, João e Tiago pediram a Jesus que se assentassem ao lado do seu trono na glória e Jesus disse que isto não lhe dizia respeito, mas que eles deveriam sofrer por ele. Este pedido desagradou os outros discípulos e precipitou uma briga entre entre eles. Jesus ali ensina que entre nós não deveria haver isto, mas que todos deveriam servir. Ele conclui com o verso 10.45 que para muitos é o principal verso de Marcos. 

5. Saindo de Jericó Jesus é seguido por grande multidão. É ainda seu tempo de grande popularidade. Os ensinos sobre sua morte e a dificuldade de segui-lo ainda não afastaram a multidão. 

6. Na saída da cidade está um cego mendigo. Bar significa filho, Timeu o nome do pai, ou seja, Bartimeu – filho de Timeu. Como toda sociedade, sempre há pobres e doentes. Este era um caso clássico de um desprezado. O AT tem regras para cuidados dos pobres e doentes. A sociedade devia cuidar levantando ofertas, permitindo que colhessem do que caísse no chão. Eles não eram contados entre os que vão para a guerra e eram impedidos de realizar alguns trabalhos nos templo em virtude de suas limitações. Casos de doenças contagiosas eram isolados e cuidados e voltavam quando curados. Muitos acham que Jesus amava os doentes quando o AT os desprezar, mas isto é falta de uma simples leitura. 

7. Bartimeu não tinha condição de ver Jesus, mas ouvia muito bem. Alguém deve ter comentado perto dele que aquela movimentação era por causa de Jesus Nazareno. Esta referencia a Jesus Nazareno me parece muito propícia porque Nazaré é uma cidade pequena, pobre e irrelevante. Isto cria uma sintonia entre o caso de Bartimeu e Jesus. É importante notar que em apenas 8 versículos, Jesus é clamado de Filho do Homem, Jesus Nazareno, Filho de Davi é Mestre. 

8. Os versos 46-47 narram algo interessante. Ele começa a clamar. Bartimeu deve ter começado a falar já em tom elevado. Há barulho em volta e ele não sabe a que distância Jesus está. E, quando começaram a tentar impedi-lo de falar, foi que ele começou a gritar mais alto. Esta semana aprendi que a expressão Aba Pai soa mais com um grito de socorro do que como uma expressão de carinho. 

9. Bartimeu sabe que aquele pode ser a sua última ou única chance. Ele tem referências e sabe que Jesus pode ajudá-lo. O pedido dele é fantástico: tem misericórdia de mim. E é curioso porque o evangelista diz que é um mendigo cego. E ele só pede a Jesus que posa ver novamente. Ver é importante. A primeira pessoa/coisa que Bartimeu viu foi Jesus.

10. Jesus para e manda chamá-lo. Não fica claro se Jesus ouviu Bartimeu ou ouviu aqueles que queriam que ele calasse a boca, ou ambos. A atitude daqueles que mandavam que ele se calasse muda. Passam inclusive a ser cuidadosos e animadores com Bartimeu: tem bom ânimo, levanta-te, Ele te chama. 

11. Bartimeu mostrou bom ânimo, saltou rapidamente e foi em direção de Jesus, muito provavelmente guiado pelo povo. Nada tinha mudado ainda, mas saber que Jesus lhe era favorável o animou. Ele levanta daquela miséria, daquela condição ruim e vai na direção do mestre sem saber o que vai acontecer, apenas que será algo bom. 

12. Jesus sabe do que todos nós precisamos e sabia das necessidades de Bartimeu, mesmo assim perguntou. Isto é um princípio da oração, por exemplo, mesmo sabendo que Deus sabe o que precisamos, temos que pedir. 

13. Jesus, sem bom-dia, sem bajulações, sem perguntas introdutórias, sem fazer ficha, sem analisar a situação melhor, pergunta de cara: o que você quer? Não foi a primeira vez e nem a última. Esta pergunta continua no ar: o que queremos de Jesus? O que acreditamos que ele seja capaz de fazer por nós. Esta pergunta pode determinar o tamanho da nossa fé e o quanto conhecemos Jesus. 

14. Bartimeu pediu que tornasse a ver e Jesus concedeu isto a ele. 

15. O verso 52 trás um jogo de palavras que achei interessante. Jesus diz “vai, a tia e te salvou”, ou seja, não apenas curou, mas lhe deu salvação, e, apesar de Jesus ter dito – vai – a Bíblia diz que Bartimeu o seguiu a partir de então. 

 
Conclusões 

1. Jesus é o Filho do Homem, o Nazareno, Filho de Davi é nosso mestre. Como Filho do Homem é aquele que virá nas nuvens com poder e glória e devemos esperar esta manifestação. Como Nazareno é aquele que se compadece das nossas fraquezas e por isto podemos orar a ele e confiar porque ele conhece nossas lutas. Como Filho de Davi é nosso eterno rei e já fazemos parte do seu Reino. Como mestre é aquele que sempre tem algo para nós ensinar e devemos ser bons alunos nesta escola. 

2. A maior pobreza e o maior problema do homem é não ver Jesus, a cegueira espiritual. Além de não ser capaz de segui-lo. Bartimeu ao ser curado, usa sua visão restaurada para seguir Jesus. Muitos de nós já fomos curados dos males que nos afastavam de Cristo, o que temos feito com a nossa saúde? 

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