VIDA DE JUSTIÇA E CULTO A DEUS – LUCAS 18.9-14

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08/01/17 CULTO NOTURNO

1. Automaticamente pensamos nesta parábola como sobre uma oração correta e outra incorreta.
2. Ou mesmo sobre arrogância e humildade.
3. Correto, mas há mais.
4. Parábola passo a passo: provavelmente é um culto da tarde no templo quando as pessoas podem se achegar por volta das 15:00 ou em um horário matutino, ocorria duas vez no dia. O sacerdote já sacrificara o cordeiro e aspergira o sangue no altar, ao iniciar o ritual do incenso ele entrava no Santo e as pessoas podiam entrar para orar, neste momento os que não podiam estar ali ofereciam suas orações de onde estivessem, o incenso representava estas orações. Portanto, era uma momento de culto pessoal, de contrição e busca pela presença de Deus e seu perdão. Depois disto o sacerdote saia anunciando o perdão sobre Israel. Há um coro cantando, é possível ver o incenso subindo e um levita toca uma trombeta.
5. O fariseu, diz o texto, ora sozinho e separado dos outros e provavelmente para não se contaminar. Estas orações eram geralmente feitas em voz alta e neste momento ele aproveita para dar um sermão. Há um problema, três elementos são esperados nestas orações durante a oferta de incenso – confissão de pecados, graças pelas dádivas recebidas e petições para si mesmo e para outros. Mas ele não faz nada disto é pior, não compara as pessoas com as expectativas de Deus, mas com ele mesmo. Os fariseus ensinavam que as pessoas deviam exceder a lei, e cada uma de suas palavras mostra que ele estava acima em cada um dos detalhes. A lei exigia jejum apenas uma vez por ano no dia da expiação, quanto aos dízimos eram exigidos dos cereais, do azeite e do vinho, neste momento, quem o ouve está impressionado. E o publicano?
6. O publicano se afasta por se considerar cerimonialmente impuro. A postura para orara era cabeça baixa e braços cuzados. Ele bate no peito. Mulheres geralmente batem no peito, homens não. Lucas 23:48 é dos únicos momentos que narra isto é e na morte de Jesus. Ou seja, sua angústia é grande. Quando ele clama por misericórdia ele está na verdade assumindo que o que está acontecendo ali não lhe diz respeito e que ele está fora daquele culto e sua oração seria mais ou menos assim: Senhor, faz uma expiação por mim!
7. É o momento em que Jesus afirma que este sai justificado e chama o fariseu de “outro”.
8. Aquele que sai alegre acha que está justificado e o que sai triste de fato está. Isto mostra como Deus habita e tem comunhão com aquele que é humilde e que não procura justificar a si mesmo.
9. Todas as parábolas tem alguma relação com o Antigo Testamento e esta não podeis ser diferente, baseada em Isaias 66:1-6. Há semelhanças e diferenças, no tom mais brando da parábola que em Isaias, e outras questões.

Alguns ensinamentos

1. Sobre a justiça: a justiça vem do relacionamento com Deus e não só pelo cumprimento da lei. Pensar assim distorce nossa visão de nós mesmos. Pessoas com visão distorcida de si não são justificavas e nem tem seu culto ou vida aceita.
2. A graça que vem por meio da expiação não pode ser recebida por pessoas arrogantes e contentes consigo mesmas.
3. Nossa oração deve ser humilde. O fariseu acha que não há ninguém tão justo quanto ele. O publicando acha que não há pecador tão impuro quanto ele. Paulo dizia isto de si, dos pecadores eu sou o maior.
4. Ouvir e obedecer a voz de Deus está intimamente ligado em ser aceito por ele. Sempre.

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