- Irmão do Senhor e apóstolo
- Carta rejeitada por Lutero, mas amada por Kierkegaard
- Escrita antes da controvérsia judaizante de 48 ou 49
- Estilo ortodoxo
- Cita pelo menos 22 livros do Antigo Testamento
1. 1.1 – Tiago, irmão do Senhor, se converte e se denomina servo
2. 1.2-8 – Somente quem tem o sentido real da vida é capaz de encontrar sentido no sofrimento, o sofrimento pode ser um caminho para a felicidade, nem sempre é produto do pecado, espera-se confiança no desenvolvimento da via cristã, perseverança, aperfeiçoamento, integridade, de nada tendo falta, as críticas fazem o papel das dores (pg 20).
3. 1.5-8 – A saída para os imaturos é pedir sabedoria a Deus, agir como Jó, a fé é o primeiro passo para a maturidade (fé como confiança inabalável e como conhecimento doutrinário), a sabedoria é algo que vem do céu como reconhecimento do que Ele é, sabedoria leva ao temor de Deus. a) vida sem problemas cria passividade, b) o sofrimento produz maturidade e sabedoria, c) sem ela sofremos por causa da estupidez, d) a verdadeira sabedoria gera paciência e gratidão (p. 28-29).
4. 1.9-11 – Pobres e ricos – a provação em Tiago pode estar relacionada a pobreza, mas no texto a riqueza também pode ser causa de provação. Pobres e ricos devem aprender a ter sua vida e riqueza em Deus. Tiago não exalta a pobreza como forma de privilégio ou de salvação diante de Deus, mas foca na riqueza de qualquer homem, pobre ou rico, que está em Cristo.
5. 1.12 – Provações e tentações – as provas e tentações são muito democráticas porque afetam a todos, o segredo parece ser a perseverança, feliz é quem persevera, 2 Timóteo 4.8 é a coroa da justiça aos que perseveram, o ensino que de crentes não adoecem e não sofrem é muito pernicioso.
6. 1.13-15 – Tentações – contra a tendência a culpar alguém por nossos problemas, muito menos a Deus. Eva e Adão são um exemplo do contrário. A tentação vem com nossos próprios desejos. Somos arrastados por eles. Jesus não cedeu a tentação. A tentação arrasta, seduz e o pecado é concebido no coração! (p. 50 – ver Provérbios 7). Homens são muito tentados sexualmente. A tentação vem pela alimentação de ideias erradas, pode vir pela influência do meio (outros fazem!).
7. 1.16-18 – Contrastes e paralelos entre tentação e santificação – Deus pode até mandar algumas provas aos crentes, mas é um Deus provedor de toda sua criação, vida na carne x vida no Espírito, nossa gratidão se expressa em algumas formas de sacrifício (é prática).
8. 1.19-20 – Ouvindo e agindo conforme a Palavra – ouvir é mais importante, lembrar o Shemá (Dt 6.4), quem tem ouvidos para ouvir ouça, digerir informações nos faz sábios, fala demais quem não tem nada a dizer (p 59).
9. 1.21 – Santidade – vivemos um processo entre muitas tensões, estamos sempre mantidos por Deus com o pescoço fora da água, receber a Palavra completamente sem cortar qualquer de suas partes, viver de acordo com o que recebemos, livrar das vestes lembra a reação do homem do AT diante de seu próprio pecado.
10.1.22-25 – Praticantes da Palavra – receber a Palavra e praticar imediatamente. o que passa pela cabeça quando ouvimos a Palavra? O quanto seria boa para os outros? Lembrar Jeremias 31.31-34 – Palavra no coração gravada por Deus.
11.1.26-27 – Religião Verdadeira – mesmo países muito religiosos vivem misérias muito grandes porque a religião é falsa ou mal-entendida ou praticada. Várias vezes um povo religioso foi rejeitado ou punido por Deus (Is 58) os fariseus em Mateus 23, por exemplo. Por um lado, é uma preocupação social e pelo outro um cuidado com si mesmo contra o pecado. Boas obras devem vir acompanhadas de vida moral e ética, e vice-versa. Não mostre aos outros o que faz para Deus.
1. 2.1-13 – Acepção de pessoas – em função dos valores adotados por cristãos, diferenciar as pessoas não faz sentido. Não há ricos ou pobres, nem mesmo homem ou mulher (Gl 3.8). Paulo também teve este problema em Corinto. Cristo se fez pobre por nós. Três pecados em Tiago: desprezar os pobres, arrastá-los para tribunais, blasfemar do Senhor por estes atos. É uma quebra dos mandamentos e ignorar que somos todos descendentes de um só.
2. 2.14-26 – Fé e Obras – fé e obras tem uma relação intima e necessária. Fé sem obras é resultado de Graça Barata (Bonhoeffer). Billy Graham e o congresso de 1966 (p 88), o Bom Samaritano, o Evangelho tem poder para mudar o coração do homem, coisa que mais nada tem poder de fazer. ¨Por isto, esse tipo de fé é tão descomprometida e impessoal quanto à fé dos próprios demônios¨ (p. 92). A fé é aperfeiçoada e completada pelas obras (p. 93).
1. 3.1-6 – O perigo da língua descontrolada – isto pode estar muito ligado ao ensino e ao poder de falar na igreja. Os que ensinam serão julgados porque o que ensina o cristão tem a ver com a vida prática, nossa vida ou reflete ou não reflete o que ensinamos. Infelizmente, as ovelhas aceitam o que o líder ensina como valor do céu! (p. 100). Três coisas que não voltam: palavra falada, flecha lançada e oportunidade perdida. As palavras ditas e escritas por Marx, Hitler, Mussolini e outros destruíram muitos povos e pessoas.
2. 3.7-8 – O domínio da língua – ¨mas a língua ninguém consegue domar sem o poder sobrenatural do Espírito¨ (p. 105).
3. 3.9-12 – Incoerência no emprego da língua – incoerência não colabora com a santidade. Palavras tem consequências. Precisamos ser perfeitos em tudo. Precisamos cuidar das nossas palavras. Devemos jorrar benção e coisas boas de nossas palavras. A língua é um medidor de espiritualidade (p. 110).
4. 3.13-18 – É possível identificar a qualidade da sabedoria pela sua fonte – conduta que reflete a natureza e a vontade de Deus. Faltam aos sábios deste mundo a humildade e a sabedoria divinas. A ausência da mansidão necessária para a vida é feita por Tiago: inveja, ambição, se glorias das divisões, não podemos apenas pecar como os ímpios com intensidade menor, mas não pecar.
5. 3.17 – Sabedoria que vem do alto – esta sabedoria tem a ver com a forma de Deus pensar: pura (não se contamina com ideias deste mundo), pacífica (age para produzir a paz), amável, compreensiva (tolera as idiossincrasias da nossa comunidade), misericordiosa, cheia de frutos, imparcial e sincera.
6. 3.18 – Conclusão – a sabedoria vem como um presente de Deus. Tiago apresenta uma forma de diagnosticar a sabedoria ou falta dela em cada um. Uma vida produz conforme o seu coração.
1. 4.1-3: perguntas feitas a crentes, se a igreja se torna amiga do mundo é o fim do Evangelho (Kierkegaard, PG 125). Soluções: não ser conivente e inerte, buscar a perfeição e oração constante.
2. 4.4-6: afirma que não precisamos conhecer o mal e culturas mundanas, questiona Barth, Stott e o seminarista. Contra o perigo da falsa humildade. Quem assume esta postura cai em orgulho ainda maior.
3. 4.7-10: Submissão a Deus e resistência ao diabo são alicerces da vida espiritual. Jesus venceu o diabo. Lutar contra o pecado faz parte do processo. Quebrantamento e humilhação são destaques no texto.
4. 4.11-12: a maledicência é nossa visão do veredicto da espiritualidade e destino eterno de alguém (pg 144). Temer que pode matar o corpo e destinar a alma.
5. 4.13-17: planejamento é importante e competência cada vez mais num mercado competitivo. Estes citados não são chamados irmãos, mas provavelmente não praticantes. Planos futuros sem Deus são afrontosos (pg 149). Reconhecer que, em todos os aspectos, somos frágeis.
1. 5.1-6: quatro acusações contra os ricos – confiar na inutilidade dos bens materiais, defraudar trabalhadores, vida luxuosa, assassinato (porque agem de forma brutal, narcisista e indulgente pg 161).
2. 5.7-11: a atitude dos cristão perseguidos e maltratados é de paciência, lembrar que a volta de jesus está próxima, ser constante, contar com a misericórdia de Deus.
3. 5.12: não jurem
5.13-19: oração acalma o espírito, a prioridade da oração sobre a unção com óleo, cobrir multidão de pecados