INTRODUÇÃO
- A história do jovem rico é uma história sobre prioridades, sobre o que domina o nosso coração e nossa mente e sobre as nossas falsas pretensões e avaliações.
- Quem nunca fez uma brincadeira com a expressão primeiros e últimos numa fila de acampamento, numa colocação nos bancos da igreja, numa competição entre nós?
- Uma coisa não podemos nos enganar porque aconteceu com um jovem porque a história traz reflexões para todas as idades. O momento seguinte da conversa, que foi assistida com atenção pelos discípulos gerou uma conversa profunda com Jesus com aqueles adultos que deixaram tudo para segui-lo.
- A história do jovem rico também vai nos ajudar a compreender o quanto é importante confiar apenas em Jesus porque vivemos num tempo que cristãos estão se apoiando em mais em doutrinas e nas próprias obras do que em Cristo. Um paradoxo do nosso tempo.
PENSANDO NAS ATITUDES DAQUELE JOVEM
- Ele se aproxima de Jesus cheio de confiança e de bajulação. Apesar de dizer a verdade quanto a Jesus, a sua intenção é ser aprovado por Jesus e não louvá-lo por sua bondade. Ele pensava que seria elogiado e veria Jesus afirmar que ele tinha a Vida Eterna.
- Jesus recusa aquele elogio e diz que somente Deus é bom. Não é falsa humildade, mas Jesus aponta para o Pai que é bom e justo.
- Jesus, sabendo que aquele jovem apoiava-se em si mesmo para conseguir a vida eterna, o desafia nos mandamentos. Nem todos são citados, mas a ideia é de que todos estão sendo cobrados.
- O jovem diz que fez tudo, mas está enganado mais uma vez.
- Jesus o desafia na perfeição: deixa tudo e me segue! O que está sendo exigido ali: amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo.
- Mas ele não pode porque ama mais as riquezas que tem do que servir a Deus plenamente. Em outras palavras, não entra no céu quem não seguir Jesus porque ele é o caminho. Uma coisa que sempre me inquieta, mas que o contexto resolve é: será que se aquele jovem soubesse das promessas para aqueles que seguem Jesus incondicionalmente, ele teria agido diferente? Jesus não contou para ele o que contou para os discípulos porque sabia que ele tinha apenas interesse nos ganhos e na bajulação e não nele mesmo. O contrário dos verdadeiros discípulos.
PENSANDO NAS ATITUDES DOS DISCÍPULOS
- Como sempre, Jesus aproveita oportunidade para ensinar mais uma vez falando sobre a dificuldade de entrar no Reino para aqueles que confiam nas riquezas.
- O susto dos discípulos é porque eles, ao olharem aquele jovem tão perfeito e obediente, e olhando para si mesmo, duvidaram de que poderiam entrar no Reino.
- E perguntam: Então, quem poderá se salvar? Jesus responde que ao homem é impossível. É possível apenas para Deus.
- O porta-voz Pedro diz que deixaram tudo para segui-lo e o que teriam?
- Jesus respondeu: serão juízes de Israel, receberão multiplicado o que deixaram por cem nesta vida e depois a Vida Eterna, mas não porque fizeram algo, mas porque seguiram Jesus exclusivamente.
- Vem então a frase derradeira e importante: muitos primeiros serão os últimos, uma referência ao jovem rico que parecia justo, mas não era. E muitos últimos serão os primeiros, como uma referência aos discípulos que pareciam ter perdido tudo, mas não perderam.
APLICANDO
- A história do jovem rico mostra que não podemos ter mais de uma prioridade, senão apenas o Reino de Deus. Esta semana eu ouvi esta frase: quem tem duas ou mais prioridades não tem nenhuma.
- A história do jovem rico mostra o quanto nosso coração pode se enganar quando avaliamos a nossa própria vida. Jesus toca naquilo que mais nos orgulha ou domina para transformar nossas vidas. Se a entrega não é total não é entrega.
- Um dos princípios inabaláveis da nossa fé é a segurança da nossa salvação. Mas esta segurança nunca pode estar em nós mesmos, mas sempre em Cristo. Quem não olha apenas para Cristo vai tropeçar, falhar e desistir.
- Nossos olhos se enganam muito também. Talvez o que pareça perfeito para nós não seja para Deus. Precisamos ajustar nosso entendimento e nossa fé. Os discípulos ficaram espantados quando aquele rapaz perfeito foi embora e quando olharam para eles mesmos. Deus vê muito além da aparência. Ele vê o coração. Os critérios de Deus são a pureza do coração, a fidelidade, o caráter inabalável e o compromisso inegociável com Cristo.
- E, finalmente, que o juízo pertence a Cristo e até aos seus segundo os seus critérios.