OUVIDOS E LÁBIOS SE ABRIRÃO – MARCOS 7.31-37

0 Ações
0
0
0

Mensagem pregada originalmente no culto matutino de 21 de novembro de 2021

INTRODUÇÃO

  1. Coisas que são difíceis para o homem: admitir seu pecado e seus pecados, admitir suas fraquezas e medos, abrir o coração de verdade, admitir que precisa aprender todos os dias, ajudar outros de forma desinteressada. E reconhecer que somente Cristo pode nos ajudar e livrar de tudo isto. Todas estas coisas estão presentes na passagem de hoje. 
  2. Isaías 35.4-6 estava sendo cumprido. O texto é uma evidência de que o que fora prometido aos profetas estava acontecendo. Ou seja, que através de Jesus o pecado seria perdoado e a haveria reversão de seus efeitos nocivos na vida das pessoas transformadas por ele. “Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará. Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará, porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo”.

TEXTO

  1. 31 E ele, tornando a sair dos territórios de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galileia, pelos confins de Decápolis. – Novamente Jesus está no território de onde foi expulso após expulsar legião de demônios de um homem. Em Marcos 5.20, Marcos relata que aquele homem percorreu Decápolis anunciando o que Jesus lhe fizera. Aqui há várias coisas a dizer: Jesus não se intimidou com as ameaças e a expulsão que recebeu, Jesus não desistiu daquele território extenso e daquele povo, Sua fama ficou notória naquela região e o ex endemoninhado fez bem o seu papel de anunciar o Evangelho porque quando Jesus retornou à região as pessoas já sabiam quem ele era.     
  2. 32 E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente, e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele. – Hoje falamos muito de inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência. Aquelas pessoas se importavam com aquele homem e por isto o levaram a Jesus. Não é possível saber o quando este homem sabia de Jesus porque tinha dificuldade de se comunicar e pode ser que ninguém o tenha ajudado a compreender o que acontecia até aquele momento. Fica evidente que a dificuldade de falar tinha relação com a surdez. São outras pessoas que rogam a cura Jesus. Até aqui vimos pessoas que rogaram por si, agora uns intercedem pelos outros. É curioso pensar nestas pessoas porque não estão identificadas com os discípulos ainda, mas demonstram ter confiança em Jesus. Naquele contexto de oposição e perseguição iniciada, fazer aquilo era sinal de muita fé e coragem.    
  3. 33 E, tirando-o à parte de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na língua. 34 E, levantando os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá, isto é, abre-te. 35 E logo se lhe abriram os ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente. – Jesus o isolou da multidão porque a forma de comunicar com este homem não era como a forma de se comunicar com outras pessoas e queria que aquele homem compreendesse bem o que ia acontecer. Aliás, toda experiência com Jesus é consciente e pode ser contada, explicada. Jesus coloca a mão em seus ouvido. Já vimos, como por exemplo no caso da mulher sírio-fenícia, que ele curou a distância se nem pronunciar uma palavra direta. Neste caso ele toca. Também não é possível afirmar que Jesus colocou saliva na boca do mudo. Ele pode ter cuspido no chão sinalizando a cura da boca do homem. Os atos de Jesus de cuspir e tocar na língua do homem revelam várias coisas. Primeiramente, que ele trata cada um individualmente mesmo que seja parte de uma multidão. Por isto que comparações entre a fé o testemunho de cada um de nós não faz sentido, mas demonstram o quanto Cristo é poderoso. Em segundo lugar, Jesus estava fazendo as coisas de um jeito que aquele homem pudesse compreender e para que ficasse consciente de que fora curado por ele. Efatá também não é uma expressão mágica. Pelo contrário, Jesus apenas disse que seus ouvidos deveriam ser abertos.
  4. 36 E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lho proibia, tanto mais o divulgavam. 37 E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos. – Muitos enfatizam a cura pela cura, mas aquela era forma de fazer com que aquele homem conhecesse a verdade, assim como fazer que muitos outros conhecessem a verdade através daquele homem. Jesus proibia o testemunho apenas naquele momento específico do seu ministério porque, segundo ele mesmo, seu tempo de se revelar ao mundo ainda não havia chegado plenamente. Vivemos o tempo que o Evangelho deve ser pregado de cima dos telhados com toda força.  

CONCLUSÕES

  1. Nós não precisamos forçar a interpretação do texto para compreender que o que Jesus deu aquele homem através de uma cura física foi uma cura espiritual. A partir de agora aquele homem podia compreender perfeitamente a Palavra de Deus e testemunhar com seus próprios lábios. Somente aqueles que foram realmente curados por Jesus na alma podem testemunhar dando muitos frutos.  
  2. Estamos cercados de pessoas com todo tipo de limitação e necessidades, mas o Evangelho é para todas elas. Não há ninguém tão limitado que não possa receber o Evangelho e compreendê-lo. 
  3. Jesus não apenas reverte os efeitos do pecado que cegam o homem para o Evangelho, mas o transforma além daquilo que é possível aos homens. O texto não fala de pecado, mas ele está lá presente porque é o responsável por toda desordem no mundo.
  4. O verdadeira cura do homem começa pelos ouvidos e lábios. Os ouvidos quando o homem dá atenção ao que vem de Cristo e os lábios quando testemunham do seu poder e Evangelho.
0 Ações
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você Também Pode Gostar