JESUS, SENHOR DE TUDO – MARCOS 2.23-28

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Mensagem pregada no culto noturno IBVB em 27 de junho de 2021

INTRODUÇÃO

  1. Uma história breve e cheia de ensinamentos.
  2. Facilmente detectamos que os religiosos estavam errados em suas regras e queriam por Jesus a prova de qualquer forma.
  3. Mais uma vez, estão observando Jesus de perto e o vendo supostamente quebrando as regras.
  4. Há quem ache que Jesus assumiu um papel de transgredir os costumes humanos por serem desprezíveis e que ser seu discípulo é colocar o mundo de cabeça para baixo. Quantas vezes já ouvi versos usados para justificar isto: fiz-me de louco para ganhar os loucos, ou a sabedoria deste mundo é loucura para Deus, para justificar atos claramente avessos à vontade Deus. Jesus estava, na verdade, tentando colocar de cabeça para cima o que os homens colocaram de cabeça para baixo.
  5. Entretanto, e como sempre, buscamos entender o ensino central de Jesus em cada situação e qual o problema que gerou aquela tensão. O que passa disto é especulação sem sentido.
  6. O centro da nossa questão gravita entre a subordinação das coisas criadas entre si (o homem e o sábado) e a subordinação de toda criação a Deus.

O TEXTO

  1. 23 E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas – Com o consentimento de Jesus? Com sua autorização? Com seu exemplo? A regra era não fazer nenhum trabalho, e colher era um trabalho. No sábado os fariseus não sacudiam o pó da roupa porque a poeira levantada lembraria o trabalho no campo, a mulheres não podiam usar espelhos, ninguém podia caminhar mais do que o caminho de um sábado que era 2.000 côvados, ou cerca de 888 metros, em que, segundo a tradição judaica, era permitido viajar no dia de sábado sem violar a lei (At 1.12; Ex 16.29; Nm 35. 5; Js 3.4). O sábado foi criado com um dia de descanso no qual adoramos a Deus nos reunindo com nossa família e seu povo, mas fariseus inverteram a lógica e fizeram do sábado um deus que governava a vida do povo.
  2. 24 E os fariseus lhe disseram: Vês? Por que fazem no sábado o que não é lícito?  – Os fariseus claramente espreitavam o que Jesus fazia. Na visão dos fariseus, Jesus seria reprovado no teste para líder religiosos na época porque já fora reprovado nos três primeiros testes: blasfemava dizendo que perdoava pecados, comia com pecadores e não jejuava. Agora seria mais um teste: a guarda do sábado!   
  3. 25Mas ele disse-lhes: Nunca lestes (leram, mas não entenderam!) o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam? 26 Como entrou na Casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam? – Jesus referiu-se a história contada em 1 Samuel 21.1-9. Aquele pão só era permitido aos sacerdotes. A maioria condenaria Davi, mas o próprio Jesus o absolveu. Davi estava numa situação de fome desesperada e manter aquele pão era mesmo importante do que saciar a fome daqueles homens. Alguns podem até supor que Davi fosse o Rei e pudesse se valer das questões sacerdotais, mas Jesus não faz este destaque e, além disto, os homens de guerra que acompanhavam Davi também comeram. Jesus com isto faz três coisas: mostra que a urgência da pregação do Evangelho se impõem e também se compara a Davi, a maior personalidade para os judeus que apontava para um Reino Eterno.      
  4. 27 E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado. 28 Assim, o Filho do Homem até do sábado é senhor. – aqui Jesus estabelece o princípio fundamental da criação do sábado que é a renovação da santidade do homem em relação a Deus que é nosso dono e Senhor de tudo. O desgaste de uma semana de trabalho pode desequilibrar o homem se ela não para descansar: o descanso não é uma paralisia, um dia de estagnação, mas implica em renovação, contato com o povo de Deus, como um dia de gratidão etc.

ALGUMAS APLICAÇÕES

  1. Primeiramente, devemos duvidar de toda regra e rigidez criada por seres humanos que não tem respaldo bíblico e que vem acompanhada de incoerência e incongruência daqueles que ensinam. Gente que prega cura e prosperidade e adoece porque esquece que é gente. Pastores muito durões com o pecado alheio e parecem impecáveis. Jesus, como Senhor de tudo, tem sua autoridade porque suas palavras e atitudes são absolutamente coerentes e sujeitas a toda prova. Por isto, ele sempre disse: Não lestes?
  2. Assim como Jesus passou por provas para comprovar seu Senhorio, seu ministério e sua missão, o grande teste da nossa vida é de sujeição e reconhecimento ao Senhorio de Cristo. Enquanto os fariseus testavam Jesus, os reprovados eram eles. Este teste de sujeição passa por obediência, sacrifício, mortificação da própria vontade, coragem de admitir erros e rendição a Cristo. Veja que as pessoas que foram transformadas, curadas, perdoadas, todas se prostraram de alguma forma diante de Jesus: Paulo foi ao chão, Tomé prostrou-se, a mulher com fluxo de sangue dobrou-se até o chão.
  3. Jesus como Senhor, é a maior autoridade de tudo que existe. É maior que Moisés, Samuel, Davi e Elias. Ele reivindicou e recebeu toda esta autoridade sobre céus e terra. Jesus é maior que qualquer autoridade religiosa terrena e qualquer autoridade política, mas isto todo crente sabe. Mas, quando aplicada na prática, realmente começamos a ouvir e nos incomodar com o que Cristo fez e faz, disse e diz causando perplexidade e reflexão. 
  4. Toda exigência espiritual e trabalho no Reino só faz sentido quando observada sob o senhorio de Cristo. Não se pode perder a perspectiva de que tudo é dele, por ele e para ele. Esta é, sem dúvida, o sentido da força, vitalidade, resistência, resiliência e satisfação de todo crente: a certeza de a quem serve!
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