1. Tinham zelo sem entendimento – vv 2: excesso de rigor nos rituais, mas o coração distante. A pratica de detalhes sobre o sábado, por exemplo, mas sem nenhuma misericórdia com o próximo. Zelo tão grande pelo nome de Deus, mas não reconheceram Jesus quando veio. Ainda hoje há os que guardam o sábado, o que sobem montes, os que buscam dons desesperadamente, se preocupam com a roupa como forma de se salvar, tem uma religião como sendo algo bom, que frequentam uma igreja mas não vivem o Evangelho diariamente. Zelo sem entendimento. Queriam com isto não errar, mas não para não desagradar a Deus, mas para se sentirem superiores. Assim fazemos quando erramos, justificamos, fugimos, negamos. Se o zelo for verdadeiro levará a humildade, quebrantamento, vontade de se corrigir. Há uma diferença muito grande quando um crente com entendimento falha e quando outro sem entendimento falha também.
2. Confiavam na justiça própria – vv 4-8: eles acreditavam ser capazes de ser impecáveis, mas não há quem não peque. Em Mateus 23, que trata dos fariseus, fala de suas orações, esmolas, dízimos, limpavam os copos, mas o coração sujo. Jesus chega a dizer que não entrarão no Reino e impedirão outros de entrar também. Jesus elogiou o publicano que batia no peito e se achava indigno: disse que aquele saíra do culto justificado. A postura mais sadia é saber que somos capazes de errar tanto quanto outro o que também não significa aceitar os erros.
3. Não compreenderam que a salvação é pela confissão de Cristo somente – vv 9-11: em Mateus 12.36 Jesus demonstra a importância daquilo que falamos: sermos julgados e absolvidos pelas nossas palavras. Palavras humanas não tem poder, mas revelam o coração e a mente. Paulo associa as duas coisas: boca e coração. Basta crer e confessar, o que não faz com que as coisas sejam fáceis. Podemos crer e não confessar o que nos faz covardes: quem me confessar diante dos homens o confessarei diante do Pai, quem me negar diante dos homens o negarei diante do Pai (Lucas 12.8-9). Podemos confessar e não crer, o que nos faz hipócritas. Crer com o coração e confessar com os lábios.
4. Não compreenderam que o Evangelho é para alcançar todos – vv 12-15: os judeus compreenderam errado o fato de serem especiais e terem recebido primeiramente a mensagem do Evangelho: era para ser pregada a todos. A sequência descrita por Paulo é interessante. Começa dizendo que: aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. A Bíblia diz em Gênesis 4:26 – ver nota de rodapé da Shedd.
– Invoca quem crê
– Crê quem ouviu e compreendeu,
– Ouve porque alguém pregou,
– Prega porque alguém enviou.
5. Ignoraram o quanto Deus está próximo e pronto a se revelar – vv 18-21: Israel é, sem dúvida, o povo que mais provou da presença de Deus é mais testemunhou milagres desde o tempo de Moisés até o tempo dos apóstolos. Paulo parece lamentar com Moisés e Isaías no texto o fato de que ignoram algo tão é tão próximo. Faz lembrar estes filmes de sessão da tarde sobre a vida de pessoas presas ao trabalho, a busca de sucesso e que ignoram a família, a própria saúde, a brevidade da vida e acabam descobrindo tudo muito tarde. Deus está próximo de nós. Aqui mesmo hoje, agora. Talvez muito lamentem depois de tudo o saber que tudo estava tão próximo, tão a mão.
1. Se nossa religião nos torna orgulhosos há algo errado.
2. Se não pegamos a Cristo como nosso assunto principal há algo errado.
3. Se as pessoas não estão no centro das nossas preocupações há algo errado.
4. Se as bênçãos da nossa vida não abençoam outros há algo errado.
5. Se não desejamos com coração a salvação de todos que conhecemos há errado.
6. Se não temos consciência e conhecimento da obra de Cristo e da presença de Deus há algo errado.
