ALGUMAS ANOTAÇÕES DE ALGUMAS LEITURAS DE 2016

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IDEIAS GERAIS SOBRE MUITAS LEITURAS E PENSAMENTOS

Palavra e Silencio

Ricardo Quadros Gouveia

Sobre o Livro Temor e Tremor de Sören Kiekegaard

  1. É imperativo encontrar expressão de fé que atenda em medida correta os anseios da intelectualidade e da piedade prática e funcional, tanto esteticamente quanto revestida de precisão aritmética. Que não oscile entre a frieza academicista, historicista, arqueológica nem mesmo entre grandes feitos e efeitos, muito mais psicológicos que muita mais fazem corar de vergonha por tamanha irracionalidade, beirando a esquizofrenia. Os que estão de um lado suprimem de tal monta quaisquer demonstrações da piedade prática que negam com a razão aquilo que dizem crer, que a fé remova montanhas, promova o impossível e manifeste-se revogando a ordem comum como limitadamente entendida, mas não a ordem natural porque por isto não se entenda suspensão de leis que não se suprimem. Doutro lado, esvaziam-se de tal modo da razão que aceitam, para o bem do convívio, o inaceitável. É necessário que na prova da fé o homem seja impedido de ver a luz divina, caso contrário não seria tido como ato de fé. Palavra e silencio Ricardo Quadros 148. Outro paradoxo é o da superficialidade dos relacionamentos que trabalha para olhem e para a paz, uma vez que ambientes e ocasiões que provem constantemente nossa profundidade, revelariam nossa fraqueza e tornariam qualquer relacionamento impossível.

Encenando o Drama da Doutrina – Kevin Vanhoozer

  1. O debate sobre o possível ou não possível ponto de contato entre o homem e Deus, que dá alimento ao calvinismo e ao arminianismo em seu debate intenso, ignora, por exemplo, o ato de que o homem é imagem e semelhança de Deus e, nisto, pode estar seu ponto de contato. Esta imagem, a Imago Dei, é dada por Deus e assim o ponto de contato se concretiza. A despeito da queda, se ela afetou ou não integralmente o homem, nós somos assim, de algum modo, obrigado a afirmar que a queda não foi total e alguma coisa deste passado perfeito e remoto foi conservada, mas aqui não ousamos dar um nome. Quando Paulo fala da Revelação Natural no inicio de Romanos, ele afirma que o homem pode, pela observação e consciência, chegar ao conhecimento da existência da divindade, e esta como vindicadora de justiça e retidão.
  2. Suspeitei em algum momento que ele não usaria a vasta e rica linguagem simbólica da Bíblia e nem mesmo os atos dos profetas e do povo de Deus em algum momento para respaldar suas ideias. A Ceia, o Batismo, e alguns elementos do culto são representações para memória e para a fé. Os profetas, como Ezequiel e Jeremias foram muito pródigos no sentido de ilustrar (encenar) com suas vidas, profecias, ameaças e mesmo as esperanças de Israel. Acredito que Ezequiel seja o mais expressivo. Até mesmo no Novo Testamento temos isto, como Ágabo, em Atos dos Apóstolos.

Solidariedade da Raça – Russel Shedd

  1. Em que sentido a salvação corporativa não pode tropeçar na salvação universal? A linguagem é paradoxal porque se temos eleição de nações, povos, famílias e clãs, somo forçosamente levados a conclusão de que para alguns indivíduos a salvação será compulsória. Esta salvação compulsória não soará estranha a supralapsarianos e infralapsarianos, muito identificados com correntes e vertentes calvinistas. O argumento que procura isentar esta afirmação do universalismo, tende a afirmar que os indivíduos desobedientes e inadequados não participarão ou gozarão da salvação, o que elimina o argumento da salvação corporativa porque inclui o restante ou remanescente salvo daquela corporação nos mesmos limites e normas da salvação meramente individual. 

Sonhos, memórias e reflexões – Carl Jung

  1. Jung discordava de Freud de que toda a neurose humana pudesse ser explicada pela sexualidade e julgava que toda a carga simbólica da humanidade, que inclui a religião, é também um componente importante das neuroses. Os sonhos, não eram para ele, a manifestação pura e simples das neuroses, mas a ponta do iceberg biológico das mesmas neuroses e, por sua natureza biológica, o produto mais puro delas, mas o inconsciente, por sua vez, o campo gerador destes sonhos, e que jaz no campo simbólico abaixo dos sonhos. Assim, sonhos e neuroses são produtos de produções arquetípicas, ou seja, oriundas dos campos simbólicos. 
  2. Em algum momento entre 1908 e 1911, quando ambos se analisavam oniricamente, Jung solicitou a Freud que expusesse detalhes de sua via particular a fim de penetrar e interpretar seus sonhos, mas Freud negou. Afirmou que tinha medo de perder sua autoridade. Para Jung isto foi o inicio desta perda porque, para Jung, com este pensamento Freud colocava sua autoridade acima da verdade. Na verdade, Jung nunca perdeu o respeito por Freud, mas teve coragem de contradizê-lo a ponto de perderem a amizade. Considerava-se um filho de Freud, mas daria continuidade ao seu legado, e isto sabia deste o inicio.
  3. Em um insight perigoso (meu), parece que Jung sugere que as mais diversas pessoas podem se apoderar dos mais variados símbolos para explicar suas vidas e neuroses e que Freud, ao negar a religião como um destes símbolos, negava parte da explicação do todo. Seria o caso de considerar que algumas pessoas só podem validar suas experiências por meio dos símbolos religiosos, enquanto outros podem se valer de outras categorias do saber o e conhecer humanos.
  4. A interpretação simbólica que Jung dá de seus sonhos é altamente intelectualizada e muito ligada ao domínio de seus conhecimentos filosóficos, históricos e médicos. Ao mesmo tempo, ele parece sugerir que os símbolos que surgem durante os sonhos são reminiscências da ancestralidade de cada um, ainda que não faça qualquer referência à origem destas reminiscências na psiquê humana. Nisto parece haver uma explicação e mesmo uma contradição. A explicação se dá pela possível, e até justificável, ligação orgânica da humanidade manifestada por traços não apenas da constituição física, mas mesmo das entranhas mais profundas da alma. Cientificamente parece injustificável porque não se pode medir, nem mesmo geneticamente, esta ligação intrínseca, tanto dos traços emocionais, como também das camadas mais profundas das instâncias psíquicas. A contradição de tais afirmações jaz na ligação entre a intelectualidade elaborada que aguça ainda mais a psique em suas manifestações simbólicas e na riqueza dos mesmos símbolos e a relação disto com qualquer ancestralidade. Se estes dois elementos estão de fato muito interligados, seria muito mais fácil e lógico argumentar que a profundidade e variedade das manifestações oníricas estão mais relacionadas com os níveis de conhecimento e informação que necessariamente com traços e resquícios da ancestralidade.
  5. Jung, quando descreve seus sete sermões iniciais que serão a estrutura posterior de suas teorias, afirma que Deus é uma criatura. Abraxas como Deus do pleroma. Ele também supõe, como muitos que distanciam do ensinamento cristão, Deus e o diabo como forças antagônicas proporcionais. O erro de Freud e de Jung, o primeiro em seu ateísmo e o segundo com seu misticismo, foi considerar Deus como posso projeção da psique humana. Para o primeiro, um falso cognato, para o segundo, um fator limitante. Não sabiam que na boa e equilibrada interpretação, Ele não é apenas a projeção que satisfaz pulsões e princípios, nem pode esconder – se nos limites descritivos da mentalidade ainda incapaz de dialogar com suas construções arquetípicas. Transcendente e indescritível.

Opões contemporâneas de ministério – Desafios

  1. Muitos jovens perdem a fé, mas nem todos deixam isto tão claro, havendo até mesmo aqueles que a perderam sem perceber. A manifestação desta perda se dá de muitas maneiras. Uns declaram abertamente que foram induzidos, enganados ou que tomaram decisões pela fé em um momento tenro da vida quando ainda não tinham verdadeira condição de uma decisão tão séria. Outros vivem vida dupla, mas conscientes de seu pecado, escondem-se atrás de uma fé de final de semana sem profundidade. O vazio de outros é tão grande que são incapazes de perceber que vivem uma espécie de religiosidade sem raízes e fundamentos, vivendo o paradoxo de ter diariamente a verdade diante dos seus olhos, mas uma verdade incapaz de transformá-los. Outros transformam a espiritualidade viva e experiencial com Cristo em um conjunto inócuo de sistemas e dogmas que mal alimentam o intelecto. Transitando nos calabouços, catacumbas, ossários, valas e sepulcros da fé, há os que tentam se sustentar no passado sem construir pontes com o presente, e nem podem, porque não foram ensinados. A fé não é uma festa, a igreja não é um lugar apenas para encontro dos amigos, nem tudo é necessariamente divertido, mas muitos não entendem isto. Cuidam da aparência enquanto a alma é puro desespero, mas que percebe isto?
  2. Servindo a igreja e servindo a instituição: a) A instituição é um mal necessário por causa do pecado e da condição cada vez mais fragmentada da humanidade, mas ela pode se tornar o abrigo de uma espiritualidade falsa e acovardada, e ao mesmo tempo emperrar e até mesmo impedir a ação da igreja. A instituição (organização e estruturas) deve estar subordinada a igreja (organismo, igreja, corpo, povo de Deus) e não o contrário. Deve também, e necessariamente, surgir das necessidades da igreja, e não o contrário.  b) Muita mão de obra cristã de qualidade tem sido desperdiçada na manutenção da instituição e não do corpo, deste modo, as estruturas devem ser as mais leves, dinâmicas e desburocratizadas possíveis. c) Um fenômeno observável deste desequilíbrio entre a instituição e a igreja se verifica na relação da igreja com a comunidade. Igrejas muito institucionalizadas são naturalmente pouco voltadas a comunidade. d) Igrejas muito institucionalizadas tendem também a um crescente clientelismo na relação de seus membros com a própria instituição. e) A confusão entre o serviço a Deus e o serviço à instituição deve ser amenizada para não gerar a falsa sensação de que se serve a Deus plenamente quando se serve apenas a instituição. Os apóstolos não serviram as mesas, mas continuaram pregando, mesmo os diáconos não se dedicaram exclusivamente àquilo, mas continuaram usando seus dons.
  3. Quando pensamos na relação do apóstolo Paulo com Jerusalém, muitas questões surgem.  Obviamente, como judeu e fariseu, ele conhecia e ia a Jerusalém com frequência para as festas e visita ao Templo. No entanto, pelas suas referencias mais urbanas, como expressas em suas metáforas, muito ligadas ao comercio, templo, as Olimpíadas do Mundo Antigo, cenários mais jurídicos e cenas de guerra, mostrava um distanciamento da vida diária de Jerusalém. Durante seu ministério, parece ter se desligado de Jerusalém depois de Atos 15. Existia, como podemos perceber em Gálatas, que uma animosidade muito grande entre a liderança apostólica de Tiago, e a liderança de Paulo, que por sua vez, estava muito mais ligada a igreja da cidade de Antioquia.

Igreja Emergente – DA Carson

  1. Já emergiu.
  2. Caracteriza-se pelo protesto com as igrejas tradicionais e fundamentalistas.
  3. O modernismo é afiado e, no domínio da religião, concentra-se na verdade versus erro, no dogma correto, no confessionalismo; o pós-modernismo é delicado e, no domínio da religião, concentra-se em relacionamentos, amor, tradição compartilhada, integridade em discussão. Do meu ponto de vista, é esse contraste epistemológico entre o moderno e o pós-moderno que vale a pena ser explorado, na medida em que toca muitas outras coisas. 31-32 4. O exercício pleno da vida cristã naturalmente nos coloca contra o que nos é estranho, terrível e indesejável na cultura. O batismo é o maior ato de inclusão, nele tudo o que a pessoa é ou foi é desprezado e ela aceita integralmente. Na Ceia o comunismo se transforma em uma doutrina infantil e vazia de significado, ali todos são de fato iguais. Ideias a partir da leitura.
  4. O caminho que temos pela frente, de acordo com McLaren, está muito bem explicado em uma extensa obra de David J. Bosch. Perto do final dessa obra, Bosch cita oito perspectivas que falam direta­ mente à nossa situação e nos dão alguma direção a seguir: 1) Aceite de peito aberto, e não com relutância, a coexistência com diferentes fés. Eles não têm culpa de estarem vivos. 2) O diálogo pressupõe compromisso com aquilo que se defende; portanto, não é má ideia ouvir com atenção. O diálogo deve congruente com a confiança no evangelho. 3) Pressupomos que esse diálogo aconteça na presença de Deus, a Presença invisível. Em um diálogo como esse, podemos aprender certas coisas, como aconteceu com Pedro em Atos 10—11. Da mesma forma, Jesus aprende a partir de seu diá­logo com a mulher siro-fenícia. 4)  O diálogo da missão requer humildade e vulnerabilidade. Mas isso não deve nos atemorizar, pois quando somos fracos é que somos fortes. Certamente não há nada de errado em reconhecer, por exemplo, antigas atrocidades cometidas por cristãos, ainda que tomemos cuidado para não insultar aqueles que as cometeram. 5)  Cada religião tem seu próprio universo e, portanto, requer diferentes respostas dos cristãos.
  5. 6) O testemunho cristão não exclui o diálogo. 7) as questões levantadas pelo pós-modernismo nos ajudam a crescer. 8) devemos viver com o paradoxo. 39-40 citando David Bosch.
  6. Comunicação: da escrita à transmissão cultural, História: do a-histórico à tradição, Teologia: de preposicional a narrativa, Apologética: do racionalismo ao ser , Eclesiologia: da invisível à visível, Ser igreja: do mercado à missão, Pastores: do poder ao serviço , Ministério de jovens: de festas à oração, Educadores: de informação à formação, Formação espiritual: do legalismo à liberdade, Líderes de louvor: do programa à narrativa, Artistas: da limitação à expressão, Evangelistas: dos ajuntamentos aos relacionamentos, Ativistas: da teoria à prática.
  7. A crítica dos emergentes a modernidade ignora que na modernidade aspectos da piedade e prática cristãs estavam presentes e que mesmo falando apenas confessionalmente, aspectos da leitura narrativa das escrituras estavam presentes, mas lembra que os ouvintes atinham-se mais facilmente a conceitos porque eram mais preparados biblicamente.
  8. Pós-modernidade afirma apenas que algo novo superou o antigo, mas muito do moderno permanece.
  9. Os emergentes tendem a negar tudo da modernidade, mas ela produziu coisas boas.
  10. A leitura do abolicionismo inglês pode ser feita como positiva diante do absolutismo do qual se valeram para fazer o que era bom. Logo, os absolutos não são maus por si só. Devem ser avaliados.
  11. Os emergentes criam, assim, outra forma de absolutismo, pela obrigatoriedade de se negar o que é moderno. Muitos vieram de igrejas muitos desconectadas da cultura. Há um ranso nesta atitude deles.
  12. Entre páginas 114 e 138 bons argumentos sobre vantagens e desvantagens do pós-modernismo.
  13. A ciência tem um componente social muito importante por trás de suas decisões, por isto não é neutro. Ou ele é preposicionista ou perpectivista.
  14. Não nos é possível conhecer plenamente qualquer coisa que seja. Onisciência é atributo divino.
  15. Espiral hermenêutica implica que na caminhada nos aproximamos do centro a medida que circulamos.
  16. A questão da abordagem narrativa da Bíblia naturalmente nos o compele a adotar cada fato narrado como verdade. O estudo de doutrinas ou ideia como que nos dão apenas a ideia sobre um conjunto de ideia a respeito da verdade na qual nós devemos crer, é um posicionamento aquém da verdade e não ao lado dela.
  17. Existe uma tensão clara entre pertencer e ser um cristão. Geralmente os emergentes fazem com que a pessoa primeiramente pertença e depois trabalha para que se tornem. Isto pode ser viável se a pessoa realmente entender que ainda não é mesma pertencendo.
  18. Seria inteligente simplesmente negar toda uma longa tradição que discutiu o que é ou não verdade? Ou será mais inteligente estudá-la?
  19. Os emergentes acabam relativizando a verdade quando negam as diversas categorias em que a Bíblia a utiliza: verdade dos fatos, verdade doutrinárias, etc.
  20. Fogem da realidade do pecado e do inferno. Jesus, nos Evangelhos, destaca-se pela constante referência ao inferno. Relativizar o inferno é fugir da correta interpretação das Escrituras.
  21. A leitura meramente narrativa da Bíblia, como propõe os emergentes, é falaciosa porque a Bíblia apresenta conceitos, regras, normas, leis, mandamentos, provérbios, etc.
  22. Eles propõem que há sempre uma dicotomia entre experiência e conhecimento – está dicotomia não existe na Bíblia, ambas são parentes na mesma e na vida dos cristãos.

Patrística – Volume 1

  1. Clemente de Roma – ênfase na fidelidade. Escreve carta dura aos Coríntios. Corinto, mesmo depois de 30-40 anos na morte de Paulo ainda é partidarizada. Clemente zomba dizendo que pelo menos no passado era uma disputa de quem pertencia a algum apóstolo ou a Cristo, mas agora disputam por serem de pessoas insignificantes.
  2. Inácio – ênfase na unidade. Escreve aos Romanos, aos Tralianos, a Policarpo enquanto ainda é provavelmente jovem. Da os primeiros sinais do Credo apostólico. Lances os alicerces da ênfase martírio.
  3. Policarpo foi discípulo de João e bispo de Esmirna. O primeiro fora dos apóstolos de que se tem notícia detalhada do martírio. Foi queimado vivo por uma questão de que não podiam liberar os leões. Solicitaram a ele que negassem sua fé considerando os cristãos como ateus, já que pregavam que as pessoas tinham que abandonar seus deuses e crer em um homem. Temeram que seu corpo fosse levado pelos cristãos e tratado como Jesus, e adorado. A ênfase é fidelidade em meio a perseguições e juízo dos infiéis.
  4. Pastor de Hermas é um conjunto de visões, mandamentos, parábolas e explicações. O foco é uma vida isenta de pecado e o contraste da vida perfeita com a vida dos pecadores. A expressão penitência, que é uma escolha dos tradutores católicos, fica pedida no contexto porque em Hermas não há qualquer referência sobre o que está seria, já que implicaria em algumas ações. Com certeza, originalmente diz respeito a arrependimento. Em algum trecho final isto fica mais claro. Não cita a Bíblia.
  5. Epístola de Barnabé. Com certeza não é o apóstolo. Provável ser de 134-135. Referência do templo destruído. Faz explicação dos porque não se alimentar de certos animais, fala da homossexualidade. É duro e parece contra o judaísmo e interpreta a questão dos 318 de Abraão como Jesus no madeiro. Usa referência do NT e AT.
  6. Pápias é considerado fraco, mas é o primeiro a citar e tentar um trabalho de exegese do NT. Em 130 escreveu cinco livros, mas pouco sobrou. Era fortemente milenarista é muito literal nesta interpretação. Atribui autoria a Marcos e Mateus. Ele fala da autoria de Mateus em hebraico, diz que Marcos é desordenado, mas fiel a maneira como Pedro expôs o texto, e mais Mateus mais organizado. Ele tenta uma leitura mais completa e busca a intenção dos autores bíblicos. Será que era tão fraco assim.
  7. Didaquê. Ensinos gerais e orientações. Pede rezar ou orar Pai Nosso três vezes ao dia. Entre 80-90 d.C.

Inteligência espiritual – Lee Strobel

  1. O autor era um jornalista avesso à igreja e Deus. Julgava que ter fé colocava a pessoa em condição inferior.
  2. O cristianismo pode ser investigado.
  3. Por que alguém morreria por uma mentira?
  4. Muitas profecias calham em Jesus, qual a possibilidade de ser uma farsa?
  5. Dados arqueológicos confirmam o que a Bíblia diz, e não há achados que contrariem isto.
  6. Não querer ir a igreja não significa falta de crença em Deus.
  7. Temas como masculinidade e feminilidade são importantes, ou seja, assuntos relevantes para o dia a dia.
  8. Evangelizar pessoas por meio de relacionamentos.
  9. Mirar no objetivo final que não é simplesmente estabelecer o relacionando, mas levar a pessoa a Cristo.
  10. Neemias é um modelo de liderança e reurbanização. Organizou equipes, superou os inimigos e repovoou. Trabalho em equipe, planejamentos e envolvimento.
  11. Quando planejamos algo devemos incluir aqueles que serão afetados por estes planos.
  12. Cada cristão deve estar particularmente preparado para as batalhas.

Cidade de Deus e cidade de Satanás

Parte 1 – A cidade

  1. Boa parte do mundo onde o povo de Deus viveu e o Evangelho é pregado compunha-se de grandes cidades.
  2. Ele faz um jogo de Jerusalém Yeshua-paz com cidade de Baal. Não é um jogo da filosofia zooroastrianista, mas uma realidade da habitação do bem e do mal nas cidades.
  3. Há no Antigo Testamento a clara exposição da proeminência das cidades no plano de Deus. Basta ver a linguagem que foca neste relacionamento Deus e as cidades.
  4. As cidades são o local da manifestação de Deus, mas claramente locais da prenda sistêmica do mal.
  5. No AT vemos isto no próprio Israel, sobretudo quando negaram Deus como seu rei e pediram um Rei humano. Salomão, mesmo sábio, criou condições ruins e desigualdades. Acabe apoiava Baal porque assim destituiria Deus da monarquia. Os incidentes narrados pela Bíblia, como Nabote que era rico, mostram que a propriedade privada não era respeita. Tudo isto foi previsto em Deuteronômio quando é dito que Reis oprimiriam Israel. Há um contraste entre isto e o que ensina o autor de Juízes. Interessante!
  6. Tronos, principados e potestades podem ser todos explicados em termos terrenos.
  7. Reino de Deus só aparece no AT em I Cr 28: 5.
  8. Opressão, paz e pobreza delineam as demandas no AT.
  9. Há indicações de anjos territoriais no AT. Ver a sequência da conversa de Daniel com o anjo que trouxe respostas. Moisés com a expressão deuses das cidades em Dt 32: 9-9.
  10. Necessitados, pobres e mansos são os que Deus protege. Ver página 108.
  11. Entre as páginas 113-116 ele apresenta uma quadro classificatório do total das parábolas evangélicas em 6 grupos. Vale a pena considerar.
  12. Página 125 – consolar aflitos e afligir consolados.
  13. Uma preocupação especial de Jesus com os pobres.
  14. 126-128 a crítica textual afirma que Deus ficou de pé diante de Abraão querendo que ele suplicasse por Sodoma e Gomorra, mas sua santidade exigia justiça e destruição.

 Parte 2 – A igreja e a cidade

  1. É significativo que Jesus tenha voltado a Jerusalém e entrado para ser sacrificado. Jerusalém é citada como uma preocupação dele e de Deus. A cidade representa seu povo e seu alvo.
  2. Toda a criação aguarda a renovação.
  3. João usa cosmos em 3.16-17 fazendo-nos afirmar que Deus ama tudo que criou e quer salvar.
  4. A igreja deve confrontar as potestades das cidades de frente.
  5. O exílio também significou que Deus enviou Judá para lá. Lá deveriam oram pela prosperidade da Babilônia porque isto implicaria em sua própria prosperidade.
  6. Ele fala de preocupação com o pobre, mas não esquece a tarefa de proclamação como parte fundamental do ministério.
  7. Orar pela cidade.

 Parte 3 – Disciplina espiritual poder para o ministério

  1. A igreja deve ser um lugar de transformadores sociais.
  2. Deus colocou todos os dons na igreja. O pastor deve identificar líderes e treiná-los. A igreja deve ser como um seminário capacitador. Os membros treinados refletirão suas vidas fazendo soar a trombeta fora da igreja.
  3. Ter planos que devem ser amadurecidos antes de executados, uma rede de contatos.
  4. Os relacionamentos na igreja são muito importantes.
  5. Quando Paulo pede para por na conta o cuidado de Onésimo ele dá o exemplo de que quando cuidamos uns dos outros cuidamos do que é de Deus.
  6. Jerusalém descrita em Apocalipse é perfeita. Destaque para uma cidade com 2.200 quilômetros de comprimento e largura, mas com muros baixos. Apesar de 60 metros significarem muito para nós, é pouco para povos antigos.
  7. As igrejas de Apocalipse foram elogiaras e advertidas por sua relação com as cidades.
  8. Contemplar e refletir sobre a Nova Jerusalém parece ser o foco de Apocalipse para que as igrejas superem as dificuldades como o pecado e a perseguição.

Jesus sob a ótica do oriente médio – Kenneth Bailey

  1. É Kenneth que chama a atenção para o fato de que Lucas trabalha sempre com histórias em paralelo, ou seja, conta uma história de mulher e outra de um homem. Uma de um forte outra de um fraco, e outros paralelos a serem encontrado. 
  2. No caso da cura do cego, seguida da história de Zaqueu, vemos uma situação que autor chama a atenção e que derruba, por exemplo, as teses marxistas ou leituras da Teologia da Libertação ou mesmo a versão mais esquerdista da Missão Integral. Jesus não abençoou apenas o cego, que era pobre e desprezado, mas o opressor também, que no caso era o Zaqueu. A proximidade da Páscoa também é um fator importante e ignorado no contexto porque entrando na casa de Zaqueu Jesus estaria contaminado.

Futuro de uma ilusão – Sygmunt Freud

  1. Talvez os mesmos ataques a religião sirvam a ciência. O desejo de encerrar toda a vida em seus pressupostos.
  2. Ele ataca a religião sob a alegação de que os dados religiosos não podem ser provados, mas se diz inapto para ir mais longe que isto.
  3. Assemelha crenças políticas a religiosas, mas não trabalha o assunto.
  4. Acusa os homens religiosos de violência a despeito do mandamento do amor, mas o ateísmo também mostrou suas garras. Logo o problema não é crer em Deus ou não, mas em questionar sobre quem é o homem.
  5. Como ele se autodetermina pela razão, os dados não apreendidos por isto são negados, mas Freud tem sua religiosidade como fala se Eros e Tanatos, como os princípios de prazer e dever embutidos no homem em sentido e linguagem metafísica, mas que ele não admite.
  6. Para ele, Deus gosta do pecado porque recebe ofertas e mostra sua superioridade  sobre o homem sempre que o homem arrependido buscar perdão, neste caso ele esquece que, pelo menos para os cristianismo, não há qualquer sacrifício ou oferta exigida ou esperada do homem. Freud não conhece e não entende a fé cristã, mas conhece muito bem outras religiões e distorções do cristianismo.
  7. Ele acreditava que a religião serviu a período pueril da humanidade e que seu desenvolvimento racional a levaria a cura desta neurose. Como um adulto que descobre que crianças não vêm pelas asas das cegonhas. Estivesse vivo hino precisaria rever isto, a razão anda em baixa e a religiosidade e a espiritualidade já afetam até mesmo ateus não materialistas que admitem algum tipo de alma no ser humano.
  8. Uma questão importante é que ele trata da religião de modo muito genérico, mas a religião pode ser muito abrangente. Segundo ele alguns não conseguem viver sem o falso consolo da religião, mas é fato que a religião muda a vida de muita gente para melhor. E que dizer de religiosos que são eruditos em suas áreas, trabalhadores bem sucedidos, teólogos, filósofos, etc? Até mesmo um grande número de psicanalistas cristãos? Freud hoje teria que rever tudo.
  9. Ele esquece da parte da religião, cristã pelo menos, que trabalha paradoxos, tensões dialéticas, convívio com a dúvida e finitude como verdades existenciais, ou seja, a religião admite a insegurança e a dúvida como método.
  10. É possível concordar que em geral a religião (i.e., mal entendida) é uma proteção poderosa contra os infortúnios e questionamentos mais profundos que podem apontar para o vazio da alma humana.
  11. Freud realmente adestrava que a ciência nos daria todas as respostas, mas se porventura alguma não fosse possível, tampouco encontraríamos em outro lugar.

Mal estar da civilização – Sygmunt Freud

  1. Ele questiona a necessidade humana por uma experiência oceânica que seja suprida apenas pela religião. Afirma que esta necessidade, que é real, pode ser suprida por outras coisas.
  2. A religião restringe esse jogo de escolha e adaptação, desde que impõe igualmente a todos o seu próprio caminho para a aquisição da felicidade e da proteção contra o sofrimento. Sua técnica consiste em depreciar o valor da vida e deformar o quadro do mundo real de maneira delirante – maneira que pressupõe uma intimidação da inteligência. A esse preço, por fixá-las à força num estado de infantilismo psicológico e por arrastá-las a um delírio de massa, a religião consegue poupar a muitas pessoas uma neurose individual. Dificilmente, porém, algo mais. Existem, como dissemos, muitos caminhos que podem levar à felicidade passível de ser atingida pelos homens, mas nenhum que o faça com toda segurança. Mesmo a religião não consegue manter sua promessa. Se, finalmente, o crente se vê obrigado a falar dos, desígnios inescrutáveis‟ de Deus, está admitindo que tudo que lhe sobrou, como último consolo e fonte de prazer possíveis em seu sofrimento, foi uma submissão incondicional. E, se está preparado para isso, provavelmente poderia ter-se poupado o détour que efe.
  3. Freud tem a vida sob uma ótica muito pessimista, há uma inadequação generalizada do homem e uma impossibilidade de mudar isto.
  4. Traçando sempre paralelos como cristianismo, devemos lembrar que Paulo admite que é possível viver a lei de Deus sem conhecimento de qualquer princípios religiosos porque isto está no homem. Freud fala que o primeiro princípio a permitir a civilização seu apogeu é a justiça. Este argumento dele parece ir contra as pulsões que têm, de certa forma, o mesmo princípio, senão metafísico, psíquico.
  5. Por que o sentimento religioso é tão universal? Por que o podemos encontrar em sociedades remotas e mesmo nas mais desenvolvidas? Por que ele permanece mesmo em ambientes que a manipulação não está presente e poucos ou ninguém se beneficiam desta ilusão?
  6. Freud também cita o creio porque é absurdo de maneira errada.
  7. Quando ele afirma que o homem é agressivo por natureza, concorda em algum grau com as descrições bíblicas.
  8. Como sempre há um reducionismo, a vida se explica pela luta entre o Eros e a Morte, Tanatos. O que ele chama de uma batalha de gigantes cujas babás tentam aplacar com cantigas de ninar, ou religião.
  9. Quando ele fala de culpa, como resposta interna para dificuldades externas e traça um paralelo com o pecado, que para ele é este sentimento de culpa, podemos imaginar que não há, a princípio, relação entra os prejuízos e desajustes relacionais provocados por estes sentimentos, mesmo quando eles de fato se justificam por uma falta ou falha da parte “culpada”. Este é o paralelo impreciso com o pecado, ou seja, ele não é uma manifestação de um sentimento sem fundamento, o pecador é culpado e consciente de sua situação, mas Cristo faz o que a psicanálise não consegue, perdoa e das novas condições.
  10. Como ele pode falar de religião como um problema a da coletividade depois de dizer isto: “Para um grupo de que todos os membros estejam afetados pelo mesmo distúrbio, não poderia existir esse pano de fundo; ele teria de ser buscado em outro lugar. E, quanto à aplicação terapêutica de nosso conhecimento, qual seria a utilidade da mais correta análise das neuroses sociais, se não se possui autoridade para impor essa terapia ao grupo? No entanto, e a despeito de todas essas dificuldades, podemos esperar que, um dia, alguém se aventure a se empenhar na elaboração de uma patologia das comunidades culturais“. Pois bem, bem vindo a Bíblia e a religião que tem respostas para isto.

Paulo, vida e pensamento – Udo Schnelle

  1. Por ser um livro escrito por católico ele fala de sacramentos,
  2. Ele usa um conceito anacrônico de gnosticismo que vimos que se desenvolve posteriormente,
  3. Compreendendo que justificar e a lei (presentes em Romanos e Gálatas) são assuntos da maturidade teológica de Paulo, ele trata da presença ou não destes elementos nas cartas e como se apresentam. Por isto, uma visão das cartas em ordem cronológica é importante.
  4. Cartas deuteropaulinas: Efésios, Colossenses, 2 Tessalonicenses e Cartas Pastorais. Escritas por 4 discípulos deles com Romanos e Gálatas como modelo.
  5. Paulo: romano, grego, judeu fariseu, cristão – a influência de quatro pensamentos na sua vida.
  6. Paulo sujeito em continuidade com seu tempo, mas que reinterpretou a vida de seu tempo à luz do Cristo ressurreto.
  7. Entre 34-35 e 50 os anos são obscuros. Dois eventos são importantes para datar: o edito de Claudio e a inscrição de Galio.
  8. Atos e as cartas combinam.
  9. Não há datas de nascimento e nem o fim da vida de Paulo.
  10. Quando há dúvidas, dá-se preferência a textos paulinos e não proto paulinos.
  11. Cronologia páginas 60-61.
  12. Paulo pré cristão: 5 dc nasceu, converteu-se em 33, morreu em 68. Tarso é uma centro urbano importante, cidadão romano e fariseu, não muito ligado a Jerusalém. Solteiro.
  13. Damasco é um evento central em Paulo.
  14. Boa parte da vida terrena de Jesus ele não considera. Esta focado na morte e ressurreição.
  15. Há 89 citações da Septuaginta nas cartas onde não há dúvidas de autoria, mas há livros não citados. Ver página 125.
  16. Paulo viveu em Antioquia um ano e de lá estabeleceu sua teologia.
  17. Há incongruências entre as viagens narrados em Atos e as suas descrições nas cartas, mas não são fáceis de resolver.
  18. Paulo, após o episódio de Marcos e Barnabé torna-se solitário não missão. Udo qdiz que havia divergência quanto a pureza entre Paulo e Barnabé. O grego, a situação boa de estradas, os profetas itinerantes que eram comuns, a Pax Romana, a religiosidade politeístas, o judaísmo da diáspora com as sinagogas, 16. Paulo fundou igrejas missionárias?
  19. 181-182 locais de pregação e Paulo como um cinico, trabalhava para o sustento.
  20. A pregação de Paulo causou desestruturação da relação com os judeus porque se tornaram cristãos.
  21. Os judaizantes também queria proteger das acusações feitas aos cristãos pelos judeus. Deste modo, se mantivessem alguma igualdade poderiam ficar livres, por isto Paulo era perigoso para eles.
  22. A ordem das cartas do Novo Testamento respeita o tamanho delas. Maior para menor. Não respeita a ordem que foram escritas e nem mesmo a ordem em que as comunidades foram organizadas. Uma ideia seria um quadro com as três ordens: cânon, organização e data das cartas.  http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/obra_mis.htm
  23. I Tessalonicenses é a primeira carta. Os crentes tem dúvidas sobre a morte de crentes. A teologia Paulina é primitiva. Não fala da lei da da relação do Evangelho com Torá.
  24. I Coríntios é a segunda. Cidade grande reconstruída em 47 aC. Paulo responde a questões “em relação a, no que diz respeito..”. Conceitos antigos de religiosidade ainda estavam entre eles, por isso “fortes e fracos”. Comunidade de 100 membros, alguns poucos ricos e influentes.
  25. II Coríntios é a próxima. O capítulos 10-13 são conhecidos como carta de lágrimas  e dizem ser uma interpolação de cartas do próprio Paulo. Termos poucos comuns para Paulo entre 6:14-7:1 apontam para interpolações de um judeu cristão. Página 299-300. Deste modo se questiona se é uma unidade literária.
  26. Após a terceira viagem missionária e a longa parada em Mileto, da qual não temos informações, Paulo aporta na Judeia, e mesmo debaixo de protestos, vai a Jerusalém para entregar a coleta. Ele não gozava de confiança de Jerusalém como se vê em Atos 21. A coleta foi aceita? Paulo com certeza queria paz entre judeus e gentios cristãos. Por que Lucas não contou o que deu? Pode ter querido esconder as divergências entre judeus e gentios e entre Paulo e Jerusalém.
  27. Pela melhor relação com os Filipenses, Paulo não teme receber ajuda material deles como temeria dos Coríntios.
  28. Página 486-87 relato de Tácito sobre o incêndio de Roma e como a comunidade cristã romana e virou um problema.
  29. Importante ressaltar sobre o aspecto da justiça no qual o povo de Deus tem responsabilidade com todos os extratos sociais, que Paulo confrontou vendedores de imagens, esteve diante dos magistrados. João Batista confrontou Herodias, etc. Moisés diante de Farão, profetas diante de Reis.
  30. 609-611 ele fala como o politeísmo e a mitologia gregas proporcionaram a aceitação de um homem divinizado e de um deus humanizado.
  31. De onde derivam muitos ensinamentos de Paulo que não estão na Torah? Como discernir bem e mal pela razão, como viver em comunhão? Com certeza do helenismo e de virtudes comuns no judaísmo, helenismo e romanismo.
  32. Cada criação de sentido esboça uma ordem temporal que estrutura sua compreensão do mundo1. Para apresentar contextos e relações de sentido e de efeito, é necessário articular os diferentes planos tem­porais entre si, a partir da perspectiva do tempo presente. O passado tem que estar numa relação de sentido e significado com o presente, para poder tornar-se história e para continuar a sê-lo2. Isto é óbvio em Paulo, pois com a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, um acontecimento do passado determina definitivamente o futuro e mar­ca, por isso, o presente. Sobre o sentido de história em Paulo. Página 745.
  33. Udo não é universalista ver 747.
  34. Em termos de tempo e de conteúdo, a nova existência dos crentes e batizados pode ser descrita como uma existência escatológica: eles participam abrangentemente da virada definitiva dos tempos, encaminhada por Deus em Jesus Cristo, e sabem-se já no tempo presente determinados pelo futuro. A ressurreição e a parousia de Jesus Cristo como pontos de referência objetivos e temporais da história da salvação colocam o fundamento e o compromisso cristológico da existência escatológica.  Página 750.
  35. Cada criação de sentido obriga a construções temporais, pois um horizonte de sentido pode ser esboçado somente quando se esclarece a estrutura e a qualidade do tempo vinculado ao evento gerador de sentido. 765 34. No entanto, o prin­cípio da dignidade e liberdade inalienáveis do ser humano não pode ser derivado do sujeito, apenas postulado, pois a razão não é capaz de justificar sua racionalidade. Ao contrário, uma justificativa última destes atributos pode haver só em Deus.  777 35. Termina o livro falando da pós modernidade, liberdade e amor.

Livro sobre oração da Missão Portas Abertas

  1. Na página 58 tem um paragrafo falando sobre a questão discordamos de Deus por meio da oração, se não me engano, a partir do exemplo de Jó.

 Livro espiritualidade e ciência – Deepak Chopra and Leonard Miladnow

  1. A questão da celeridade é trabalhada no terceiro parágrafo da página 90. Pode completar o trabalho de pós-modernidade com um bom exemplo neste quesito.
  2. Página 117 – a vida é pó e voltamos ao pó, mas eles afirmam isto de um ponto de vista cientifico por constatação biológica.

Sermões – Padre Antonio Vieira – Tomo I

  1. Páginas 424- 432 – o padre se mostra em meados do século XVII bastante incomodado com as dificuldades que o brasileiro tem em aprender e de como ele deve insistir e repetir os mesmo ensinos até que aprendam. Esta resistência pode não ser intelectual, mas cultural. O brasileiro pode não rejeitar um ensino porque confunde isto com a personalidade. Negar o que alguém ensina é nega-lo, mas afinal de contas, os portugueses, sobretudo um padre, são pessoas boas e legais!
  2. Ele reclama da dificuldade em lidar com 150 línguas que existiam no nosso território naquela mesma época. 

O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota – Olavo de Carvalho 

  1. As neuroses como negações do saber e da inteligência.
  2. Assumir o que se sabe e o que não se sabe.
  3. Conhecer é poder saber o que de fato é real.
  4. A verdade não é uma propriedade dos fatos, dos juízos ou das relações: ela é o domínio dentro do qual se dão fatos, juízos e relações.
  5. O Brasil padece da falta de compreensão da vocação. Em parte por sua gênese, ou seja, portugueses, negros e índios. Uns em parte pela sede do lucro e outros por terem sido usurpados de sua vida e cosmovisão. 
  6. É preciso transcender para encontrar o sentido da vida. Ele está fora de nós. Fora só natural.
  7. A língua, a religião e a alta cultura precedem uma sociedade que se sustenta. Qualquer prosperidade de uma nação sem estes elementos é passageira.
  8. O problema da pobreza é a visão destes de que tem direitos por serem pobres estabelecendo uma obrigação para outros.
  9. O Brasil ainda é um cemitério de cavalos tocando coices.
  10. Democracia não é a solução para a ditadura, mas a causa dela. 
  11. Manipulação dos dados da violência do comunismo e socialismo. 
  12. Esquerda está para a revolução e a direita é anti-revolucionária.
  13. O futuro planejado pela esquerda não é conhecido nem mesmo por ela em utopia.
  14. Mesmo um pior empresário que tendo crescido sob desonestidade é ainda melhor que um político de esquerda que chegue ao poder. Ambos gozaram de riqueza, mas o primeiro terá produzido um mínimo para isto.
  15. 357 casos de falta de machismo e dominação e violência.
  16. A ciência parte sempre do espectro limitado da razão, por isto nunca tem a palavra final em nada.
  17. Os franceses queriam conhecer os brasileiros e convidaram intelectuais que representavam o estado de coisas e não o que há de melhor na nossa cultura. Não queriam aprender nada realmente.
  18. O trabalho intelectual pode ser solitário, é preciso 4 idiomas e lidar com os clássicos da humanidade.
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