Mensagem pregada na IBVB em 15.11.2020 – Culto Noturno
INTRODUÇÃO
- Sempre é necessário voltarmos ao tema da Graça de Deus. Já adotamos aquela definição de favor imerecido, mas não verdade o tema aborda muito mais e mostra que, além de um grande presente, também carrega consigo muitas outras bênçãos e compromissos.
- Este texto é sobre uma abordagem prática da Graça que nos foi dada por Cristo Jesus. Ou seja, o imenso e único sacrifício de Cristo por nós exige algumas coisas.
- Veremos que a Graça de Deus é mais do que um simples esquecimento que nos zera na conta com Deus, mas uma bênção espiritual que nos insere numa nova vida, numa nova realidade e numa nova forma de pensar.
- Tem tanto cristão que afirma que devemos pensar fora da caixinha. Nem é preciso tanto esforço, basta olhar para a Palavra de Deus e para Cristo.
PELA GRAÇA RECONHECEMOS O GRANDE SUMO SACERDOTE, JESUS, FILHO DE DEUS, QUE PENETROU NOS CÉUS (v. 14)
- O autor de Hebreus não tem receio e apontar três nomes diferentes de Cristo no mesmo verso para chamar a atenção de seus leitores e ouvintes
- Grande Sumo Sacerdote: vinha trabalhando este tema até aqui.
- Jesus: o nome humano de Cristo
- Filho de Deus: sua filiação divina e sua eternidade
- Penetrou nos céus: Paulo fala de um terceiro céu, parte da tradição cristã chega a falas em sétimo céu. O plural pode indicar isto, mas o certo é que, independentemente de quanta camadas tenham eles estão plenos da presença de Cristo.
- O livre acesso a Deus e ao Céu é graça de Deus. Cristo é o primeiro a adentrar esta realidade e nos convida a estarmos com ele. Isto é graça.
- Isto é convide a transcendência e a um olhar espiritual da vida e de tudo. O mundo foi tomada pelo secularismo e pelas religiões seculares das quais a política é uma. O que isto significa? Que muitos estão acreditando num paraíso na terra pelas escolhas e decisões corretas. A Bíblia nos convida a um olhar exclusivo para Cristo e tudo que ele iniciou por nós.
PELA GRAÇA DE DEUS APRENDEMOS QUE CRISTO FEZ O QUE NÃO PODÍAMOS FAZER E ATRIBUI ESTA CONQUISTA A NÓS QUE AGORA TEMOS QUE VIVER DE ACORDO COM ESTA CONQUISTA (v.15)
- Inumeráveis coisas aconteceram na vida de Jesus até a Cruz e que são vitórias nossas também: venceu as tentações do Diabo, cumpriu cada detalhe de sua vida e ministério, não sucumbiu diante de perseguições e das acusações dos seus inimigos, venceu a morte, doenças, etc.
- Mas o autor de Hebreus destaca que ele foi tentado e não pecou.
- É bom lembrar que Cristo foi homem de dores, tinha necessidades físicas como nós, menos o real problema do ser humano que venceu pela obediência: o pecado.
- Compadecer-se no texto é tradução de uma palavra que conhecemos como simpatia. Cristo simpatizou-se conosco, mas neste caso tem uma conotação interessante: ele simpatizou-se porque tinha virtudes e um poder que não temos. Sendo superior baixou ao nosso nível. E, uma vez alcançando seu alvo de vencer e o mal e salvar, atribui o prêmio de suas conquistas a nós.
- O texto afirma que temos fraquezas e estas estão ligadas diretamente ao pecado. Ou seja, Cristo vence por nós e em nós as nossas fraquezas.
- Isto elimina aqueles que são auto suficientes. Quando Jesus disse: vim para os doentes e não para os sãos, não podemos entender que ele veio para o pecadores e não para os que eram perfeitos. Ali há uma clara provocação que diz: vim para os que reconhecem suas fraquezas e não para os fracos que se acham fortes.
UMA VEZ ALCANÇADOS PELA GRAÇA É NECESSÁRIO PROSSEGUIR E IR EM FRENTE (v. 16).
- Os antigos servos de Deus temiam sua presença e achavam que iam morrem quando viam sua glória. Foi assim com Moisés e com Isaías, por exemplo. Isto porque, conscientes de serem pecadores, temiam o juízo divino. Os sumo sacerdotes humanos, por exemplo, entravam amarrados por cordinhas para que seus corpos fossem puxados para fora do Santo dos Santos caso algo desse errado. Antes de entrar, passavam por uma preparação detalhada e severa, que incluía a vida, o coração e as vestimentas.
- Agora somos encorajados a entrar sem medo da presença de Deus. Isto é graça.
- O autor também fala de um trono da Graça de Deus. Nos antigos reinos, uma pessoa que abordasse um rei sem autorização, ou não tivesse o seu favor, seria morto. O autor de Hebreus parece indicar que estamos pré-aprovados por Cristo para este ato ousado.
- Ele aponta também graça como um favor prévio já concedido aos crentes para os momentos difíceis. Até os favores divinos e sua presença nas coisas mais particulares já estão previstas.
