A GRAÇA COMO PONTE ENTRE DOIS MUNDOS

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(Mensagem pregada na Igreja Batista do Jardim São Salvador em 20 de janeiro de 2008 durante a semana de oração pelo ano da igreja)

Introdução

  1. A Graça é a ponte que une dois mundos completamente diferentes: o de Deus e o nosso.
  2. A graça de Deus alcança o pecador.
  3. Voltado para evangelismo e despertamento da igreja para o mesmo.
  4. A falta de entendimento prático da graça é a raiz de males tão terríveis quanto o próprio pecado, sendo esta falta de entendimento, um pecado em si.
  5. Igrejas destruídas
  6. Ministérios à míngua
  7. Casamentos nas UTIs
  8. A Força Missionária e Evangelística da Igreja anulada
  9. A Razão de uma Justiça que apenas castiga e não aplana caminhos 

DESENVOLVENDO

  1. Une toda a justiça de Deus com os pecadores – um dos grandes pecados do nosso tempo é o desejo do ser humano de ser igual a Deus (Quantos títulos!) e de manipulá-lo (manipulação do Sagrado por meio de oferendas, orações, etc)  ainda que seja por sua obediência e por meio de ritos. Nisto o homem se assemelha ao Diabo eterno falso imitador e deturpador da imagem de Deus. Dízimo, presença na Igreja, Campanhas, Palavras Mágicas. A graça neste sentido deve ser entendida apenas como aceitação.
  2. Une um Ser totalmente Onipotente, Onipresente, Onisciente, Eterno e Imutável com seres limitados, presos ao espaço, ignorantes, mortais e facilmente mutáveis. Isto se deu exatamente pelo fato de Ele se tornou como um de nós em Jesus Cristo. Desde o início o homem quis transtornar a ideia de que “Deus veio em Carne”, aliás é o grande combate do Evangelho de João e pelo menos da Primeira carta de João contra a heresia gnóstica.  Hoje o argumento é diferente: “O Homem é como Deus”. Apóstolos, Bispos, Reverendos, Pastores, Homens de Deus. A graça deixa bem claro: Deus É Deus e o Homem é o Homem. Ponto e Acabou!
  3. É também a única e incontestável forma de derrubar as divergências e distanciamentos entre Deus e os homens de modo a poderem viver juntos como uma família. Ou seja, a maneira de resolver uma dívida impagável, uma culpa inapagável. Se por um lado temos uma profusão de igrejas cujos cultos dizem se assemelhar a Visitação de Deus na Dedicação do Templo feito por Salomão, certos cultos, momentos e crentes tornam a experiência do culto e m algo apenas racionalista e pouco espiritual. Paulo fala de um culto racional em Romanos mas é uma clara referência a culto inteligente e espiritual e contraposição a um culto com elementos humanistas e mundanos. 
  4. A Graça é necessária porque supri toda nossa incapacidade de honrar compromissos, de ter fé e santidade. A passagem mais notória da Bíblia neste sentido é Hebreus 11: 39 – “não alcançaram as promessas, mas o testemunho de Deus”.  A igreja não precisa de super-heróis, mas de gente comum que ensine aos outros como viver. Alguém que tire o peso de ser, de ter e de fazer. Certa vez conversei com uma moça que queria voltar para a igreja e ela de certa forma me perguntou: “qual o preço? Qual o castigo? Qual a penitência?
  5. A Graça tem como preço a fé porque com obras não podemos comprar nada de Deus. Ainda somos muito ritualistas e vemos a Deus como um produto de prateleira. Quem leu a revista Galileu deste mês deve ter visto certo jornalista tentando viver o que segundo ele “seria o modo literal de viver a Bíblia”. Em toda a sua busca ele não se encontrou com Deus porque simplesmente não entendeu que Deus não se compra e não se pode achá-lo pelo simples cumprimento de regras. (Crescer a barba, usar roupas de tecido único, usar um cajado, etc…)
  6. A Graça é aquele entendimento que falta a muitos crentes para que consagrem definitivamente suas vidas da Deus – literalmente um crente sem entendimento da graça e um crente ”sem graça”, um fariseu um travado, como uma seringueira (raízes grandes ao redor das quais não cresce nada). A graça nos ajuda a entender a pluralidade, respeitar diferenças, conviver com desiguais, aceita que as pessoas vivam a vida crista de modo diferente.  
  7. A Graça é a riqueza da igreja que nos ajuda a não precisar de um critério de seleção para quem chega e nem ter critério de seleção sobre a quem apresentar o Evangelho.  O nosso critério é qualquer um que chegar. Estou envolto com a possibilidade de batizar uma senhora de 84 anos amputada por conta da diabete e que aceitou Jesus e que dificilmente poderá ir a Igreja.
  8. A Graça é aquilo que afirma no coração do crente todos os dias: “nem tudo ou, quase nada, está perdido”.  É um alívio constante que o Espírito de Deus nos dá. Quanto crente com peso nas costas: culpa, pecado, medo, desilusão, sonhos frustrados, dívidas, casamento malfadados. O meu fardo é leve disse Jesus. Mateus 11: 30.
  9. A Graça é o elemento necessário e suficiente para trabalhar a santidade na vida de qualquer crente. Uma vez livre de qualquer culpa eu posso buscar a santidade. A graça é o que me permite afirmar a meu próprio respeito: santo, mas pecador, pecador, mas santo.  Rir dos meus próprios erros não ter vergonha do meu passado simplesmente porque é passado e agora é um aprendizado. Ontem me lembrei de quando era líder de jovens e em uma Assembléia disse: Tratemos da questão do sexo em nossa igreja de uma forma mais sem-vergonha.
  10. A graça não é alcançada pelo acréscimo ou pela batalha, mas pela negação e anulação. Negação de si mesmo e anulação de si mesmo. É descobrir que Deus pode começar as coisas em mim do zero e que não preciso de nada e nem de ser nada para nas mãos dele me tornar alguém. “A moça disse na televisão: descobri que tinha um potencial dentro de mim…”

CONCLUSÕES

  1. A graça é a aceitação de Deus,
  2. A graça é a comunhão com Deus,
  3. A graça é a reconciliação com Deus,
  4. A graça é a tolerância de Deus,
  5. A graça é a liberdade diante de Deus,
  6. A graça é o conhecimento de Deus,
  7. A graça é a riqueza da igreja que a faz universal e plural,
  8. A graça é o alivio de Deus no coração do homem,
  9. A graça é o livre acesso ao Santo dos Santos,
  10. A graça é o poder de Deus vivendo em mim. 

 

 
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