MENOS METODOLOGIA E MAIS HUMANIDADE

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No final das contas o que realmente todos procuram é um pouco mais de humanidade no que se faz. Já temos muitas metodologias muito boas e funcionais. Com bons manuais não é muito difícil ser um bom professor, um bom mestre ou um bom pastor. Mas quando o assunto é sensibilidade, humanidade, tempo para dedicar a coisa fica complicada. Antes de tudo, o que faço a seguir não é crítica, muito pelo contrário, mas mostrar que por trás das metodologias existe um ponto em comum que faz com que todas elas acabem dando certo ou que fracassem. Tenho amigos, irmãos, colegas pastores e igrejas queridas vivendo estas visões. Algumas destas visões eu conheço bem de perto.

Nem sou cristão há tanto tempo, mas já vi muitas coisas quando se diz respeito a crescimento da igreja ou fortalecimento de um ministério.

Rede Ministerial: nada mais do que uma forma de colocar todos os crentes para trabalhar, jogando a liderança contra a parede forçando-a a perceber que os crentes e leigos, que por mais simples que sejam, tem todo o direito e condição de trabalhar, desenvolver seus dons e abençoar a vida de muitas pessoas. Aliás, o que seria das igrejas apenas com seus clérigos profissionais?

Crescimento natural da igreja: um reconhecimento de que igreja que são mais livres e onde haja mais a participação de todos, onde há mais espaço para que todos sejam ouvidos, acaba crescendo mais rápido. Para mim é só um mapeamento de onde há igrejas que deixam Deus trabalhar enquanto outras não permitem que Deus opere.

Igreja com propósitos: ensinar as pessoas que elas têm um motivo para estar vivas, para estar aqui, para estar na igreja e ajudá-las a focar e empreender todos os seus esforços na direção correta. Dá resultado. Isto serve para a igreja. Se a gente sabe aonde quer chegar acaba descobrindo por aonde ir.

MDA (Modelo de Discipulado Apostólico): cuidar de perto das pessoas e ensiná-las a reproduzir o que aprenderam. O uso das células ou pequenos grupos é fundamental na visão porque há a necessidade de um discipulado bem próximo para que a visão dê certo. Ou seja, chega junto dos crentes, anda perto de cada um deles e os resultados vem. E vem mesmo – somos lideres de multidões! É o que costumam dizer. Ganhar, discipular, confirmar e enviar!

Acho que ainda precisamos ser convencidos de que precisamos ficar juntos, não só porque a unidade nos ajuda a combater o pecado porque nos protegemos mutuamente, mas porque somos mais criativos, podemos nos tornar melhores pessoas e fazer muito mais. Este contato maior até previne doenças decorrentes do isolamento, como a depressão.

Sabemos que conversar e confessar são atitudes terapêuticas. Quantas vezes eu mesmo encontrei alivio e descanso depois de uma boa conversa com meus pastores ou amigos mais próximos? Não foram poucas. Sinceramente não sei como opera esta mecanismo, mas ele funciona, descarregamos cargas emocionais muito fortes por meio de uma conversa franca, transparente e corajosa. Sem contar que o olho no olho, o toque, poder sentir o outro é muito terapêutico mesmo. 

Acho que ler a Bíblia ainda é um bom conselho. Seus ensinamentos porque ela fala desta simplicidade do contato humano como forma de evangelizar, como forma de discipular, como forma de confortar, proteger, etc.

Acho que a velha forma de fala menos e trabalha mais ainda é uma boa solução. Tenho ainda comigo que se soubéssemos menos e fizemos mais tudo seria melhor. Para isto, basta ver o que pessoas no passado foram capazes de fazer sem nada dos recursos que temos hoje.

A gente realmente precisa de muito menos planejamento e muito mais trabalho, muito menos conhecimento e muito mais ação, muito menos metodologia e muito mais de humanidade.

¨Humani sum et nihil humani a me alienium.¨

¨Sou humano e nada do que é humano reputo alheio a mim¨.

Terêncio

Pastor José Martins Júnior.

10 de junho de 2013.

 
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