RECEBA BEM 2017 – LUCAS 7.36-50

INTRODUÇÃO

1. A mulher já sabia de Jesus e aguardava uma oportunidade de agradecer. Ela sabia que Jesus perdoava os pecadores. Não sabemos qual o pecado desta mulher, mas muitos costumam apontá-la como uma ex prostituta. E que seria Maria Madalena, mas é mais um observação improvável. Lucas seria dito que foi ela porque cita seu nome em outros momentos e teria feito isto como historiador sério.
2. Mas ela era tida como imoral e ninguém queria sua companhia.
3. Os velhos rabinos talvez quisessem mostrar que Jesus só se preocupa com os justos e o convidaram para ensinar e também para humilhá-lo.
4. Além de mestre, Jesus se apresentava como profeta e eles buscavam ocasião para confirmar ou destacará-lo.
5. Ao chegar, o convidado deveria receber um beijo e ao sentar-se ter as mãos e pés lavado por água e azeite para urgir mãos e pés. Pense em como recebemos uma pessoa em nossa casa e como podemos recebê-la mal. Ao contrário, as honras a um mestre e profeta deviam ser ainda maiores.
6. Jesus sabia que foi mal recebido, mesmo assim continuou e se assentou. Aqui ele tem uma atitude provocativa – é o primeiro a assentar, coisa que seria do mais velho ou mais importante fazer.
7. A mulher estava aí é já observava todo o tratamento que Jesus estava recebendo e já começava uma forma de compensar. Pela lei, um pecador só podia demonstrar sua gratidão e fazer suas ofertas depois de perdoado. Logo… É muito provável até que ela já estivesse na casa quando Jesus chegou porque ela estava informada de onde ele estaria. A afirmação de que ele estava no jantar não implica na língua hebraica que o jantar já tinha começado, mas seus preparativos. Não existe o verbo estar no hebraico no sentido que aplicamos.
8. Ela trouxe apenas perfume para ungir: o famoso vaso de alabastro, uma pedra frágil é fácil de ser polida e que era quebrada para uso do perfume. Não trouxe água e nem toalha. Usou as lágrimas e o cabelo. O que ela faz quebra todos os protocolos e inclusive  pode apontar para uma conduta sensual e imprópria.  A lei dava a qualquer homem da época o direito de se divorciar de uma mulher se ela siasse de cabelos soltos e se ela falasse com um homem, quanto mais tocá-lo. Para os judeus da época o cabelo era extremamente sensual.
9. Esta atitude corajosa dela só se explica por dois motivos: o mal trato que ela testemunhou a Jesus é o fato de se sentir plenamente perdoada.
10. Naquela sala há dois todos de pecadores: além da mulher os próprios fariseus legalistas ali.
11. Simão e seus convidados são incapazes de perceber o grandeza daquele ato é muito menos a aceitação de Jesus de tudo aquilo porque ela foi a única a perceber a situação humilhante dele e a única a sentir, receber e evidenciar em sua vida a graça de Deus. Com certeza, na visão deles, uma mulher como ela jamais seria aceita por Deus, e se aceita, deveria demonstra seus atos no templo diante de um sacerdote, não em público.
12. Quando Jesus se dirige a Simão, a introdução é dura no tom original: vem cá que preciso falar sério com você!
13.  E conta uma parábola. Nesta parábola, o pecado é simbolizado por dívidas não pagas. Ou seja, há uma ampliação no sentido de pecado: erros cometidos e obrigações não cumpridas. Na verdade, o que o texto aponta é que as dívidas que temos com Deus, sendo Jesus o credor representado, são impagáveis e que a única forma de se livrar é pelo perdão do credor.
14. A pergunta de Jesus a Simão o põe contra a parede. Ele naturalmente responderia que Deus ama mais os justos porque são justos e fazem, a princípio tudo certo. Apenas a princípio!!!!!
15. Este é o momento em que o anfitrião é duramente atacado por Jesus. Jesus podia ter se desculpado, ter expulsado a mulher, ter recusado o que ela fez, mas decide defendê-la.
16. As explicações de Jesus sobre a má recepção de Simão fazem com que a raiva dos fariseus se volte da mulher para ele mesmo. Jesus diz para Simão olhar para o que ele ignorava: a mulher. Agora é Jesus quem ataca os da casa.
17. Para piorar, sabendo de seus pensamentos, Jesus se dirige a mulher, coisa que um rabino não faria e lhe perdoa. Todos estão a julgar mal Jesus e fica claro que aqueles que praticam a lei o os que não praticam são pecadores que precisam de perdão.
18. Por mais duras que tenham sido as palavras de Jesus a Simão, o que está no ar é que ele espera reconhecimento da parte dele e seus outros amigos também, mas como em muitas história, não sabemos a reação específica e nem o fim daquele jantar.

Conclusões

1. A fé cristã, no caso da mulher, não é tanto falar, mas também o que fazemos. A mulher do texto está reagindo ao amor que recebera. Algo que é esperado de nós também. Reações ao amor de Deus.
2. Todos somos pecadores ainda necessitados do perdão de Deus.
3. Enquanto nos preocupamos muito com nossa reputação, Jesus arriscou a dele várias vezes por pecadores.
4. Jesus é sempre nosso credor é nossa dívida com ele é sempre impagável, mas mediante arrependimento, ele sempre nos perdoa.
5. As ações de Jesus são tão contundentes que sempre provocam alguma decisão, de modo que até nosso silêncio e inércia é uma forma de dizer que não aceitamos seu senhorio poder.