PARA DE ACREDITAR NO GOVERNO – BRUNO GARSCHAGEN

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Bom dia galera! Vamos aos nossos comentários das leituras. Ano passado eu tentei montar um grupo com jovens da igreja para discutir livros e filmes, mas as muitas atividades da igreja e o pouco número de interessados não permitiu continuar, mas ainda vou tentar mais vezes principalmente quando saírem os Blockbusters. Reproduzir conhecimento é viver. Meu interesses são pela ordem: Teologia, História, Filosofia e Literatura em geral. Já tenho decidido por pelo menos 50 das leituras que farei neste ano, a maioria de clássicos da humanidade. Não dá para viver e aprender de verdade sem eles. Ao mesmo tempo vamos combinando com atualidades. Não dá para viver desconectado do seu tempo. O primeiro é este: ¨PARA DE ACREDITAR NO GOVERNO: por que os brasileiros não confiam no políticos e amam o Estado¨. O autor é Bruno Garschagen, a Editora é a Record. Tem 265 páginas.
Existe uma incoerência aparentemente insolúvel na mentalidade e na prática brasileira: o brasileiro não confia nos políticos, mas ama o Estado. Para cada problema atual, o brasileiro culpa a incompetência e corrupção dos políticos e para isto exige mais leis e mais intervenção do Estado. Ou seja, propõe para o roubo e sumiço das galinhas, os cuidados do lobo. O total das leis brasileiras atuais são capazes de preencher um livro de 41.000 páginas! Para cada problema uma lei.
O país não cresce. A inflação e o desemprego voltaram a nos assustar e esperamos que o governo resolva o problema. Fica a velha pergunta: me diga qual órgão do governo que realmente funciona.
A educação está nas mãos do governo e não podemos educar nossos filhos em casa sob a pena de prisão por descumprir o ECA. Eca!
Ele escreve e reescreve a história do Brasil sob a ótica da relação do povo com o Estado. Brasil Colônia, Brasil Império, Brasil sob regência, Brasil República, Brasil regido ou dirigido por militares, Brasil Militar, Reabertura democrática e o Brasil atual, têm, em todas as suas fases, um intenso conflito entre a necessidade de crescimento e liberdade e o tamanho do Estado.
O Brasil sempre teve liberais econômicos e pessoas que queriam abertura para negócios e para o enriquecimento do Brasil, mas sempre forma podados pelo Estado. Um que destaco é o Marquês de Mauá, que tendo enriquecido a partir da muita pobreza, trazendo variáveis para o mercado, até o momento preso ao café e à escravidão, que já dava pintas de seu fim, o que também lhe erá desejável, foi duramente jogado em plena pobreza e já em avançada idade.
O que impressiona foi que em cinco anos, já velho, retomou sua riqueza. Ele propunha maior comércio exterior, sobretudo com a Inglaterra, uma das pioneiras da a industrialização, tendo viajado e passado bom tempo lá para negócios e pesquisa, mas foi desprezado em sua própria terra, mesmo sendo próximo de Imperadores, no caso de Dom Pedro II, primeiro imperador nascido no Brasil e amante das letras e conhecimento, mas igualmente intervencionista.
Outro grupo que merece atenção na leitura são os maçons. Logo solto uma resenha sobre a história do protestantismo no Brasil de Emilie Leonard, leitura obrigatória para todos protestante brasileiro, ainda que a obra contemple apenas até o anos de 1961 quando foi editada, que a presença dos maçons no Brasil sempre foram problemáticas e suspeitas.
Mais recentemente, assistimos o início de um processo de privatização no Brasil pelo ex-presidente FHC. Um processo liberal, de direita? Não, um ¨golpe de Estado da esquerda¨, já que junto a privatização, tivemos o surgimento e fortalecimento das Agências Reguladoras, que regulam preço, regras, etc. E elas são controladas por que? Adivinha! As privatizações no Brasil, como tem sido feitas, aprofundam ainda mais a promiscuidade das relações entre o Estado e estas empresas. A onipresença do Estado é quase um fato no Brasil.
A linguagem de Bruno Garschagen é muito divertida e cheia de provocações. A tese é simples, mas precisamos dele para compreendê-la.
Bom, mais do que isto é spoiler e tem gente no grupo que pode ficar brava.
Pr Júnior.
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