- Cui bono? A quem interessa?
- A religião pode ser estudada pela ciência? Qual área da ciência poderia estudá- lá?
- Quais seriam as ferramentas? Fenômenos psíquicos, arquitetura das igrejas, produção dos documentos, a história das religiões? Várias áreas do saber humano estariam envolvidas.
- A religião ganhou ainda mais força e, a pensar naquelas que têm previsões para o futuro, poderíamos realmente nos voltar para elas e ganhar muito lendo o mundo pelos seus olhos.
- A religião faz bem a humanidade e aos crentes especificamente? Ela manobra os fiéis e os lança na ignorância?
- As questões religiosas se espalham e se solidificam. Explicá-las pode quebrar o encanto. As descobertas sobre a vida sexual do ambiente em 1950 trouxeram ganhos, mas mostraram podres encobertos e criaram uma onda de promiscuidades.
- Lutar pela sobrevivência, defender-se, alimentar-se já foram questões mais fundamentais e instrumentais da existência onde a religião exercia papel fundamental, agora que muitos destes elementos sumiram, como fica?
- Açúcar, dinheiro, comida tem seu valor porque trazem ganhos, e valorizam- se por isto. Mas e a religião? A religião é de valor instrumental ou intrínseco?
- Existe um gene de Deus? É sabido que as provocações dos parasitas em seus hospedeiros satisfazem os próprios parasitas. Quando espirramos, expulsamos os vírus, mas eles são espalhados e assim se beneficiam. A religião não seria um parasita que se espalha, não para beneficiar os hospedeiros, mas para se preservar? Se a religião se mantém a despeito da evolução do homem, como isso se justifica ou explica?
- Como que condicionamentos culturais podem se tornar genéticos? A tolerância a lactose de humanos que não tinham cultura de gado! A religião vem como fenômeno externo e se genetiza?
- Cui bono? Quem se beneficia? Ninguém a destruiria porque gera pessoas melhores. Seus líderes se beneficiam da ignorância dos outros. A rivalidade é fonte de manutenção de grupos.
- Ele usa o caso dos pombos de Skinner para explicar a religião. Automaticamente eles procuram associar alguma ação ao evento compensatório e sempre repetem a ação no afã de receber a retribuição. Segundo ele, também, a mente humana sempre busca explicações para os eventos, chegando a inúmeras conclusões.
- Nossa mente é seletiva e compete com milênios de processos seletivos. Diferente do computador que registra automaticamente tudo que lhe é atribuído.
- Ele afirma que a religião se vale do dispositivo que leva crianças a confiarem nos seus pais que, sabendo de tudo, lhes ajudam e aliviam as dores mesmo mentindo e não contando a verdade. Mais uma vez, o critério da autonomia está presente, mas Deus e heterônomo.
- A tradição oral não garante fidelidade dos ritos. Supostamente o faz.
- Quanto ao ritualismo que perfaz uma religião e a faz transmissível, vemos que o cristianismo não se encaixa por não ter ritos tão definidos. Isto faz dele uma religião fora da curva.
- Ele afirma que a religião é um fenômeno de organização social como acontece com as arte e a música. Por que não? Várias formas de argumentar: a religiosidade está sempre presente, mesmo em povos mais primitivos, religião popular e organizada são religiões da mesma forma.
- Afirma que o cristianismo fez uma seleção de dados em descordo e ocultação de outros e, assim, formulou a religião. Ele pergunta: o que há de perigoso nas outras ideias? Mais um argumento falso. O tempo todo o cristianismo dialogou com a cultura, com a filosofia e, e sobretudo, com outras regiões. Mostrou-se superior e aberto a confrontação. Vindo de um ambiente nômade e depois agrícola e oriental, sobrevive em uma mundo sedentário, industrializado e ocidental. Foi adequado a todos os períodos por não ter origem natural, mas sobrenatural.
- Acusa a religião de possuir adeptos pela segurança que promete. Jesus disse o contrário.
- Religiões crescem muito por ter pouca regulação. O sonho de Adam Smith foi superado em muito.
- Traçando um paralelo com Da Alma de Aristóteles, vemos que até mesmo o vocabulário dos ateus se vale do vocabulário religioso e não conseguem, de fato, provar a inexistência de Deus e dá alma.
- Ele esbarra sempre na dificuldade humana de provar a existência de Deus, como motivo para descer ou apenas duvidar.
- Um questionamento do autor é importante: se realmente cremos, porque agimos com se não exististes? Como o caso do alpinista que perde socorro e alguém lhe pede para cortar a corda, mas ele clama por outro, não o faz.
- Religião melhora a saúde dos adeptos? Dá sentido à vida? É base certa para a moralidade?
- Defende a ideia de que as religiões de mesma matriz variaram por causa da adaptação cultural.
- Usa o método de Darwin para analisar a religião.