AJUDA-ME A VENCER A MINHA INCREDULIDADE – MARCOS 9.14-29

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Mensagem pregada no culto noturno IBVB em 06 de março de 2022

INTRODUÇÃO

  1. A questão do texto é o contraste entre a falta de fé dos discípulos e a fé titubeante de um pai confuso e desesperado.
  2. A palavra incredulidade é uma palavra pesada.
  3. Vivemos um tempo de incredulidade? Si, mas também de credulidade cega onde alguns parecem acreditar em tudo.
  4. Para muitos, é mais inteligente se colocar como um cético, descrente, o pessoa da ciência do que como um crente. Neste caso, a incredulidade é uma decisão de não aceitar aquilo que a mente e os olhos humanos são capazes de alcançar.
  5. Para vivermos com Cristo somos convidados a ir além do que a nossa mente concebe e além do que os nossos olhos podem ver. A obediência a Cristo, pode até ser vista como algo racional e lógico, mas para o homem natural é loucura porque exige um comportamento totalmente diferente daquele que o mundo aceita ou dita.  
  6. Tire a capacidade de um crente de ver além dos olhos e saber além da própria mente e você não terá mais um crente de verdade.
  7. Crer significa saber que Deus é quem tudo guia e orienta e que el pode fazer coisas que nem nossa mente e nem as nossas mais fantásticas imaginações são capazes de conceber. A verdade é que estamos cercados de milagres e das ações de Deus e não percebemos isto.

TEXTO

  1. Jesus estava com os discípulos no Monte da Transfiguração quando isto aconteceu. Enquanto três discípulos viam a glória de Cristo, o restante estava com o povo e o os escribas e, por falta de fé, não estavam vendo a glória de Deus. O povo trazendo desafios à fé dos discípulos e os escribas os confrontando diretamente era a condição em que deviam crer. Devemos esperar e buscar a manifestação da glória de Deus em tudo.   
  2. Nove discípulos são acuados por um grupo que vê sua fragilidade e os ataca sem piedade. Na primeira falha dos discípulos os inimigos e críticos atacaram sem nenhuma piedade. Uma lição importante daquele dia é que Deus não remove nossa fragilidade, mas o seu poder é exercido em nós como se fôssemos vasos de barro. O servo de Deus não é aquele que sabe mais ou pode mais, mas aquele que se deixa usar mais por Deus. Por isto lamentamos pessoas que tem muita capacidade, mas que não são instrumentos nas mãos de Deus.     
  3. Jesus desce o Monte e logo é identificado e também percebe que há uma confusão acontecendo e que há discussão e logo quer saber o que está acontecendo. É curioso que nem no ministério de Jesus houve sossego e paz completa, mas o contrário. Naquela ocasião foi a chance de mostrar o poder de Deus e mostrar que os seus discípulos ainda tinham muito que aprender e crer. O Apóstolo Paulo percebeu isto no dia a dia das igrejas que fundou e pastoreou. Quando há divergências, há também uma oportunidade para que os sinceros e verdadeiros se manifestem.
  4. O pai do menino é que toma a frente, explica o fato e mostra que os discípulos não ajudaram. Este homem ainda não foi confrontado com sua fé, mas está disposto a colocar diante de Cristo a sua situação. Isto é um exemplo notável. O homem tem clareza do que quer, mas ainda deve aprender que é Cristo o único que pode ajudar. Por isto as nossas orações devem ser claras a respeito do que precisamos e queremos, mas deixar que Deus decida como, quando, onde, etc.  
  5. Jesus repreende os que que estão ali. Sua repreensão ecoa Número 14.27 e Isaías 65.2.

Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim. Dize-lhes: Assim como eu vivo, diz o SENHOR, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros. Neste deserto cairá o vosso cadáver, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

Estendi as mãos todo o dia a um povo rebelde, que caminha por caminho que não é bom, após os seus pensamentos.

  • Jesus também se refere a sua ida para Jerusalém que se aproxima e vê que os discípulos não estão prontos. Esta repreensão foi dirigida a quem? Aos escribas, à multidão, aos discípulos, ao pai do menino? Todos demonstram incredulidade. Mas foi direcionada aos discípulos porque destes se exige que tenham fé. Se esperava que os discípulos tivessem resolvido o problema. A fé verdadeira é que nos permite isto. Tiago, por exemplo, chama a atenção para isto: “e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e comei até satisfazer-vos, porém sem lhe dar alguma ajuda concreta, de que adianta isso? (2.16).  
  • Jesus podia ter simplesmente curado o menino, mas percebe que precisa trabalhar algo no coração do próprio pai: sua fé. E começa uma conversa com o pai sobre a vida do menino.
  • Tudo é possível ao que crê é uma demonstração de que quem confia em Deus sabe que não há limites para o seu poder. Não é uma expressão de força pessoal e nem de grande conhecimento, mas de pura confiança na qual não há uma mínima sombra de dúvida.
  • O pai demonstra sua luta interior para crer. Não teme demonstrar isto e pede ajuda. Uma pessoa de fé começa sempre reconhecendo as suas fraquezas.
  • A ordem de Jesus não deixa espaço para o demônio demorar-se mais, mas mesmo assim ainda tenta ferir o menino com as convulsões. É curioso este fato. Ou seja, mesmo sendo derrotado, o demônio ainda tentou humilhar mais um pouco. Com a gente, nem sempre ele realmente consegue nos derrubar, mas tenta sempre dar uma arranhada mínima para nos atrasar, machucar e desanimar. E o próprio pai é provado ainda mais uma vez: seu filho parecia estar morto.
  • A fé do pai salvou o filho. É possível que nossa fé ajude pessoas a nossa volta. A nossa fé também é como um dom a serviço dos outros. Todos se beneficiam. Aquele homem levou seu filho para ser curado mesmo não sabendo que sua fé era fraca. Conversou com Jesus sobre seu caso. Quando percebeu que seu fé era fraca, pediu ajuda. Seu filho foi curado, os escribas foram calados e a multidão mais uma vez testemunhou o poder de Deus.   
  • Quando voltam para casa acontece algo interessante: os discípulos sabem que falharam, mas querem aprender onde foi que erraram.
  • E a resposta de Jesus é oração e jejum. Por que? Porque é assim que os crentes aprendem a confiar ainda mais em Deus e entregar tudo a ele. Não são exercícios para produzir poder espiritual, mas para gerar relacionamento com Deus e confiança.

APLICAÇÕES E CONCLUSÕES

  1. A nossa incredulidade é vencida quando as confusões e perseguições a nossa volta não nos abalam e permanecemos olhando para Cristo.
  2. A incredulidade é vencida quando sabemos que somos frágeis e que Deus pode operar, mesmo assim, através de nós. 
  3. A incredulidade é vencida quando temos clareza do que queremos, mas confiamos tudo nas mãos de Deus.
  4. A incredulidade é vencida quando reconhecemos que ainda não estamos prontos, mas Deus continua realizando uma obra na nosso vida e na nossa fé.
  5. A incredulidade também é vencida quando aprendemos que nossa fé deve ser usada pelo bem de todos a nossa volta. Um incrédulo é egoísta, um crente ama. 
  6. A incredulidade é vencida quando sabemos que devemos continuar crescendo e aprendendo sempre.
  7. A incredulidade é vencida quando não medimos esforços pra conhecer Jesus ainda mais.
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