CORAÇÃO, OLHOS, OUVIDOS E MENTE EM CRISTO – MARCOS 8.10-21

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Mensagem pregada no culto culto matutino da IBVB em 19 de dezembro de 2021

INTRODUÇÃO

  1. Viver para Cristo em seu reino é um desafio.
  2. Já é desafiador manter a mínima de integridade no Reino por causa da nossa própria natureza que luta contra tudo que vem de Deus: resistimos obedecer, temos dificuldades de manter uma vida de oração, leitura da Palavra e de boas obras, etc.
  3. Fora isto, há tentações que vem de fora, uma série de coisas para nos confundir, além de acontecimentos e até pessoas para criar confusão nas mentes com falsos ensinos e até perseguição.
  4. Hoje é comum encontrar lições e um monte de gente falando em como evitar problemas, pessoas e relacionamentos destruidores com ações mirabolantes. Jesus dá o exemplo. Apenas se afastou.
  5. Alguns tentam facilitar demais as coisas dizendo que não temos que olhar os outros, mas apenas para Cristo, mas não é tão simples assim porque viver no Reino é sinônimo de manter relacionamento com as pessoas. Não dá para ser cristão sem os outros.
  6. Acho que alguns dos perigos que nos afligem é o excesso de informações desencontradas e inúteis (eu não vejo programas de debates por exemplo porque sempre estão discutindo com toda força temas que não ajudam muito), muita coisa para comparar (estamos comparando tudo o tempo todo – nós mesmos com os outros, nossa igreja com outras – o problema mais sério dos Coríntios, por exemplo, é que se comparavam o tempo todo para saber quem era melhor e mais espiritual), confusão com o que é essencial (a Bíblia mesmo diz: guardo o coração porque dele procedem as fontes da vida), e confundir as coisas do Reino achando que as coisas deveriam ser de um forma que a própria Palavra de Deus não ensina (esta é uma pergunta que devíamos fazer constantemente: Isto está na Bíblia? 

O TEXTO

Um texto simples sobre manter o coração, os olhos, os ouvidos e a mente em Cristo.

  1. 10 E, entrando logo no barco com os seus discípulos, foi para as regiões de Dalmanuta. 11 E saíram os fariseus e começaram a disputar com ele, pedindo-lhe, para o tentarem, um sinal do céu. – Uma pergunta que me faço quando penso nos fariseus é: onde arrumavam tanto tenho para incomodar e perseguir Jesus? Tempo é o nosso bem mais precioso. Na verdade é até a nossa base para todos os nossos negócios: o que o mercado de trabalho compra é nosso tempo, nossa exclusividade. Jesus mostra que o caminho é manter o foco na sua fé trabalhando, servindo, estudando a Bíblia e orando. Crente tem que estar ocupado. A igreja era muito dinâmica porque quase todos, ou muitos, estavam empenhados fazendo alguma coisa com seus dons, a vida comunitária, orando e obedecendo. Temos que enfatizar algumas coisas nos nosso tempo: ser servos ao invés de líderes, sermos soldados ao invés de comandantes, alegres por dar e doar do que recebermos.     
  2. 12 E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração pede um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará sinal algum. 13 E, deixando-os, tornou a entrar no barco e foi para o outro lado.  – Jesus mostra que não podemos titubear ao nos afastar do que sabemos e que não faz parte do Reino ou que pode nos afastar dele. E se Jesus cedesse ao pedido do fariseus? Em primeiro lugar ele se tornaria no mágico encantando que diverte os bodes e não mais o pastor das ovelhas. Em segundo lugar, ele não conquistaria aqueles corações, mas aguçaria ainda mais rapidamente a inveja daqueles homens que usariam tudo aquilo contra ele da mesma forma. O próprio Jesus, enquanto homem, entraria numa crise de consciência que abate todo aquele que está fora da vontade de Deus e esmurrando o vento. Os nossos desvios da fé e da vontade de Deus cobram um preço muito alto. Em 1 João 2.19 lemos que: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos”. Agora um exercício de memória com misericórdia: lembre dos muitos que já caminharam ao seu lado, mas que não estão mais no caminho de Cristo? Eu, por exemplo, lamento pessoas que pareciam chamadas para o ministério, mestres que poderiam estar servindo a igreja, etc. Uma coisa devemos ter em mente: não podemos culpar os outros pelas nossas escolhas e por não termos suportado certas coisas.  
  3. 14 E eles se esqueceram de levar pão e no barco não tinham consigo senão um pão. 15 E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes. 16 E arrazoavam entre si, dizendo: É porque não temos pão. –  Um grande desafio é permanecer fiel quando a nossa volta está um completa confusão (discípulos sem comida). Qualquer dom, qualquer virtude, qualquer fruto o Espírito, qualquer ato de obediência do cristão só faz sentido em ambientes de muita oposição, divergência, apatia e desinteresse. Jesus estava começando a ensinar os discípulos que nada seria fácil. Olha que interessante: usar os dons de modo abnegado e desinteressado era o desafio dos coríntios, o fruto do espírito era o desafio para os gálatas num ambiente carnal e legalista. Eu acredito que o desafios de hoje sejam uma fé simples, ter fidelidade aos outros e a uma igreja, evangelizar, ficar afastado de tanta informação e excessos, etc.       
  4. 17 E Jesus, conhecendo isso, disse-lhes: Para que arrazoais, que não tendes pão? Não considerastes, nem compreendestes ainda? Tendes ainda o vosso coração endurecido? 18 Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? – Jesus ensina que devemos manter a pureza e simplicidade num mundo cheio de maldade, hipocrisia e incredulidade olhando para o que ele é e faz. O que Jesus está pedindo aqui é que seus discípulos façam conexões na mente sobre o que ele faz (é o que fazemos, por exemplo, quando lembramos da forma que fomos salvos e como ele tem cuidado até agora de nós), avaliar nosso coração reconhecendo o quanto ele é mal e titubeante (não podemos confiar no nosso coração), usar todos os nossos sentidos para a glória de Deus (aqui vale o exemplo do evangelista que fica buscando em qualquer lugar que está um oportunidade para falar o plano de salvação, do pastor que fica atento ao que as pessoas estão passando, do administrador que fica atento a como as coisas estão caminhando). Mas sobretudo para as coisas espirituais: separando o que é do Reino ou não, etc. Podemos, diante de coisas que aparecem e acontecem, algumas perguntas: a Bíblia ensina isso? Isto contribui para o Reino e para a igreja? Alguma pessoa pode ser prejudicada ou edificada com isto? Isto atende a alguma necessidade real ou é apenas uma coisa da minha cabeça?     
  5. E não vos lembrais 19 quando parti os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? Disseram-lhe: Doze. 20 E, quando parti os sete entre os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? E disseram-lhe: Sete. 21 E ele lhes disse: Como não entendeis ainda? – Jesus nos ensina a continuar buscando compreender os mistérios do Reino mesmo quando ninguém mais está interessado nisto. Um problema muito sério que vivemos hoje é que, com tanta gente dizendo que vive o Evangelho não há uma exaltação daquilo que realmente interessa, mas uma pressão no sentido contrário com coisas que nada edificam. Jesus estava forçando seu discípulos e não se deixarem levar pelas maldades e desvios dos fariseus: aparência, lucro, ter prominência diante dos romanos, serem porta-vozes e intérpretes da vontade de Deus, etc. Na verdade, a proposta do Evangelho contraria tudo que o homem dominado pelo pecado deseja: sem pompas e circunstâncias, sem glória, com muito trabalho, etc. É assim!

CONCLUSÕES

  1. Ocupe seu tempo com Cristo e seu reino
  2. Saiba que desvios da verdade podem custar caro para sua fé
  3. Cuidado para não ser absorvido pela confusão ao redor
  4. Use tudo para a glória de Deus
  5. Os valores do Evangelho são diferentes do que nosso coração quer
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