CURADOR FERIDO – HENRI NOUWEN

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NOUWEN, Henry. O curador ferido: Ministério na sociedade contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes, 2020. 128 p. 

Cap 1 – O ministério em um mundo deslocado

  1. A condição fluida do homem contemporânea escapa ao seu controle. Ou seja, não é ele que domina e determina sua fluidez, mas também é vítima desta constante mudança. Os novos e constantes estilos de vida são também destrutivos. P. 15-20.
  2. Condição do homem contemporâneo: deslocamento histórico, ideologia fragmentada e busca por imortalidade p. 21.
  3. As soluções podem ser o caminho místico de encontro com o transcendental e consigo mesmo, o caminho revolucionário em busca de algo totalmente novo migrando de um fatalismo passivo para um ativismo radical, ou o caminho cristão que une os dois porque tem a radical mudança de si do caminho místico, mas também a necessidade de uma mudança externa pela ação

Cap 2 – Ministérios para gerações desenraizadas

  1. Interiorização: pode gerar isolamento, privatismo, hipocrisia e encontro com o próprio e profundo vazio (é um monasticismo contemporâneo)
  2. Ausência de pai: negação da autoridade, autonomia, negar que possam ser ajudados, quebra da tradição, gera um cuidado entre si perigoso porque são inexperientes cuidando de inexperientes tiranizando-se
  3. Estado convulsivo: depressão, falta de propósito, algo de muito errado no mundo, irritação, descontentamento, a postura revoltosa da juventude pode ser fruto de uma busca pelo que vale ou não a pena
  4. Liderança deve ser articuladora de eventos internos que põe as pessoas em contato com o transcendental e seus medos, compassivos vivendo no meio do povo sem a distância da Piedade e nem a exclusividade da simpatia, e crítico contemplativo que não se alia a nenhum radicalismo, mas busca mudanças de forma empenhada

Cap. 3 – Ministério para um homem sem esperança

  1. Liderança é o encontro de duas pessoas na qual: há uma leitura da visão do outro, sem manipulação, lidando com os medos fã morte e da vida, dando respostas pessoais em ambientes impessoais, com real companheirismo, levando as pessoas a terem alguém que as espere em vida e na morte,
  2. Princípios de liderança: preocupação pessoal que leva o que ajuda a correr os riscos do que é ajudado (não dá para tirar alguém do deserto sem ir ao deserto), fé no valor e no sentido da vida (e da morte – felizes aqueles que têm a quem entregar confiadamente sua vida) e esperança

Cap. 4 – Ministério de um ministro solitário

  1. São feridos e prontos a curar os feridos
  2. É o exemplo de Jesus
  3. A solidão é uma ferida grande de hoje, mas ela é positiva porque exige um encontro pessoal e as pessoas sofrem hoje porque não sabem lidar com ela e temem encontrar consigo mesmas
  4. Fogem da solidão buscando suprir suas necessidades fora e se frustram cada vez mais
  5. A solidão também é profissional porque o ministro nunca participa das decisões da vida, mas está presente e é tolerado quando nada mais é possível
  6. O curador ferido não ajuda quando simplesmente se compara aos outros dizendo sofrer o mesmo, mas quando faz emergir significados da sua própria dor
  7. Curar é ser hospitaleiro, permitir que os errantes encontrem espaço dando atenção ao convidado, mas deixando livre para ir e vir
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